PRÓXIMO CONCERTO NO MUSEU NACIONAL DA MÚSICA: UM MÚSICO, UM MECENAS | Élisabeth Joyé e Cândida Matos interpretam Obras da família Bach nos 2 cravos da família Antunes | Sábado, dia 14/9/19, 18h | Entrada Livre
18H00 | Entrada Livre*
*sujeita à lotação da sala
7ª Temporada
UM MÚSICO, UM MECENAS
Élisabeth Joyé e Cândida Matos interpretam
Obras para 2 cravos da família Bach, executadas nos 2 cravos da família Antunes do Museu Nacional da Música. Sábado, dia 14/9/19, 18h
Obras para 2 cravos da família Bach, executadas nos 2 cravos da família Antunes do Museu Nacional da Música. Sábado, dia 14/9/19, 18h
PROGRAMA
I
Sonata Concertante a 2 cravos
I
Sonata Concertante a 2 cravos
Johann Christian Bach (1735-1782)
Op. 15 nº5 em Sol M
Allegro - Tempo di Minuetto
Op. 15 nº5 em Sol M
Allegro - Tempo di Minuetto
4 Pequenos Duetos, Wotq 115
Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788)
1- Allegro 2- Poco Adagio
4 - Allegro 3 - Poco Adagio
Sonata para 2 cravos em Fá M, F 10
1- Allegro 2- Poco Adagio
4 - Allegro 3 - Poco Adagio
Sonata para 2 cravos em Fá M, F 10
Wilhelm Friedemann Bach (1710-1784)
Allegro moderato – Andante - Presto
II
Contrapunctus 12 e 13,
Allegro moderato – Andante - Presto
II
Contrapunctus 12 e 13,
Johann Sebastian Bach (1685-1750)
Arte da Fuga BWV 1080
Arte da Fuga BWV 1080
Concerto para 2 cravos em Dó M, BWV 1061a
Allegro – Adagio o vero Largo – Fuga. Vivace
Obras para 2 cravos da família Bach, executadas nos 2 cravos da família Antunes
Allegro – Adagio o vero Largo – Fuga. Vivace
Obras para 2 cravos da família Bach, executadas nos 2 cravos da família Antunes
O próximo concerto do ciclo "Um Músico, Um Mecenas" apresentará dois cravos construídos em Lisboa por dois membros da Família Antunes. No contexto da organologia portuguesa, esta é uma família muito importante, conhecida pelos exímios construtores de cravos e pianofortes que trabalharam em Lisboa durante o século XVIII.
Os dois exemplares, que poderá ouvir no dia 14 de Setembro, têm um valor inestimável: são os únicos cravos originais portugueses em todo o país e dos poucos que sobreviveram em todo o mundo. Desta família conhece-se ainda um pianoforte que faz parte da colecção do National Music Museum (NMM) nos Estados Unidos da América e um cravo de um coleccionador privado no mesmo país, até há pouco tempo pertencente à Finchcocks Collection, em Inglaterra.
Os instrumentos do concerto
O cravo de 1758, de Joaquim José Antunes, é Tesouro Nacional e uma das peças mais conhecidas da colecção do Museu Nacional da Música. Já o cravo de 1789, de João Batista Antunes, era praticamente desconhecido, tendo sido restaurado no ano de 2018.
Segundo Ana Paula Tudela, investigadora e autora do livro sobre a Família Antunes*, “(…) o instrumento construído em 1789 por João Batista Antunes (1737-1822) e agora restaurado por Geert Karman, já não se ouvia há seguramente 74 anos ou talvez mais, uma vez que foi adquirido para a colecção antiga do museu em 1944 e desde então não voltou ser tocado. Será apresentado ao público lado a lado com o cravo construído em 1758 por Joaquim José Antunes (1733-1801), classificado como tesouro nacional, também ele uma das jóias da Colecção de Lisboa. Ao estudar os percursos e caligrafias dos diversos mestres desta família consegui demonstrar que estes dois instrumentos foram construídos por dois irmãos, filhos de Manuel Antunes (1703-1766), fundador da emblemática oficina portuguesa “Antunes”, cuja excelência é internacionalmente reconhecida."
* "Os Antunes - Mestres Portugueses de Fazer Cravos, Pianofortes e Pianos (Séculos XVIII e XIX)" à venda na loja do museu (edição DGPC - Museu Nacional da Música/ Imprensa Nacional - Casa da Moeda)
Currículos
ÉLISABETH JOYÉ estudou cravo no Conservatório de Aix-en-Provence com André Raynaud e Huguette Dreyfus em França. Após esse período, continuou os seus estudos na Holanda com Gustav Leonhardt no Conservatório Sweelinck em Amesterdão, com Bob van Asperen no Conservatório de Haia, e depois com Jos van Immerseel1 na Bélgica, no Conservatório de Antuérpia, onde obteve um primeiro prémio "com distinção" .
Elisabeth Joye participou em inúmeros concertos e gravações com ensembles, tais como Les Musiciens du Louvre de Marc Minkowski, Le Concert Français de Pierre Hantaï, La Simphonie du Marais de Hugo Reyne, Le Concert Spirituel de Hervé Niquet ou ainda A Pequena Banda de Sigiswald Kuijken.
Joyé tocou também em prestigiados festivais internacionais como La Grange de Meslay, Sable-sur-Sarthe, , Académies musicales de Saintes, Printemps des Arts em Nantes, Saint-Michel em Thiérache e tocou em diferentes países por todo o mundo, como Bélgica , Brasil, Canadá, Espanha, Estônia, Itália e México.
Élisabeth Joyé é também professora e lecciona a disciplina de Instrumentos Antigos no Conservatório do 7e arrondissement em Paris (Conservatoire Érik Satie). Faz também cursos de interpretação e masterclasses. Ensinou no Conservatório Nacional de Música (CNSM) de 2000 a 2001.
Élisabeth Joyé gravou vários álbuns solo e um programa de François Couperin com François Fernandez, Alfredo Bernardini e Emmanuel Balssa.
Vai ser Professora de Cravo na Escola Superior de Música de Lisboa a partir de Setembro
CÂNDIDA MATOS iniciou os estudos musicais com o piano, tendo estudado com Mário de Sousa Santos, Joel Canhão, Campos Coelho, Tereza Vieira e Olga Pratts.
Posteriormente dedicou-se ao cravo, no Conservatório Nacional, com Cremilde Rosado Fernandes. Seguidamente estudou com Ton Koopman no Sweelinck Conservatorium Amsterdam, Holanda, e com Ketil Haugsand na Academia de Música Antiga de Lisboa. Realizou classes de aperfeiçoamento com os cravistas Robert Wooley, Jacques Ogg, Hans Knut e Kenneth Weiss.
Fundou, juntamente com o flautista Olavo Tengner Barros, o grupo Contraverso e integra o Ensemble D. João V, com a soprano Sandra Medeiros e a violinista Tera Shimizu. Foi cravista assistente dos Cursos Internacionais da Academia de Música Antiga de Lisboa. Colaborou com a Orquestra do Norte, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orchestra Utópica, Segréis de Lisboa, Orquestra de Câmara de Aveiro, Orquestra Sinfonia B de Lisboa, Portugalante Ensemble e com os Solistas e Orquestra Gulbenkian.
Participou, entre outros, nos Festivais de Música da Costa do Estoril, Festival Ibérico de Badajoz, Festival de Órgão de Mafra, Festival de Música da Póvoa do Varzim, Temporada de Música Antiga de Oeiras, Festival de Música Antiga de Ponta Delgada – Açores, Encontros de Música Antiga de Loulé, Concertos Comentados do Foyer no Teatro Nacional de S. Carlos, Festival Cistermúsica de Alcobaça, Concertos no Museu Calouste Gulbenkian e Temporada de Música da Fundação Calouste Gulbenkian 2018 e 2019.
Realizou um trabalho pioneiro no ensino do cravo no nosso país, tendo criado as Classes de Cravo nos Conservatórios de Música de Aveiro e de Coimbra. Desde 2000 é Professora de Cravo na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa.
Realizou o Mestrado em Cravo na Escola Superior de Música de Lisboa, projecto artístico sobre as Peças de Carácter de Carl Philipp Emanuel Bach.
SETEMBRO NO MUSEU NACIONAL DA MÚSICA