Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

Próximos concertos no Museu Nacional da Música | Juan Almada (2 de Novembro) e José Carlos Araújo no Cravo Antunes (4 de Novembro)

Quinta, 2 de NOVEMBRO | 19H

 

​Organização: Associação dos Amigos do Museu Nacional da Música

 

Juan Almada | Viola (guitarra clássica)

interpreta 

Silvius Leopold Weiss e Agustín Barrios 

 

 

juan almada.jpg

 

 

 

O argentino Juan Almada é graduado em guitarra clássica na Faculdade de Belas Artes (UNLP Argentina) onde obteve distinções da UNLP e do Governo Municipal. Assistiu a seminários com Fábio Zanon, Pablo Márquez, Eduardo Fernández, João Luiz, Jordi Mora. Realizou estudos de pós-graduaçao com o Maestro Eduardo Isaac, tendo obtido as mais altas classificações na Especializaçao em Música Latino americana em violão (Conservatório Luis Gianneo, Mar Del Plata). 
Foi premiado em concursos instrumentais e convocatórias académicas em Espanha (Concurso Internacional de Música de Benidorm 2015), Uruguay (Concurso César Cortinas 2005) e Argentina (Mozarteum Santa Fe 2010, Escala Docente AUGM). 
Participou nos Festivais Guitarras del Mundo 2007, Bienal Arte y Cultura UNLP, La Plata Baila Tango, Seminario Entre Diagonales, 3º Festival Puntah, Festival Internacional de Guitarra Arpeggiato, 1º Seminário Internacional do Violao do IGRS e 1º Seminário Internacional do Violao do Pampa (Brasil). Foi bolseiro nos Festivais Campos do Jordão e FEMUSC (Brasil). 
Participa frequentemente como guitarrista e mandolinista em óperas do Teatro Colón Buenos Aires (Falstaff -Verdi-, Beatrix Cenci -Ginastera-, Don Giovanni -Mozart-, Die Soldaten -Zimmermann-). 
Tocou como solista com Orquesta (Eduardo Sívori, La Trama, Municipal de La Plata), realizou concertos e ministrou masterclasses na Argentina, Brasil, Uruguay, Portugal e Espanha. 
Actua como concertista do violão e músico de cámara (Trío Uzal-Meza-Almada) com uma ampla actividade de concertos, complementada com a sua actividade de Professor da Cátedra de Guitarra na Facultad de Bellas Artes (UNLP). 
Actualmente é bolseiro do Fondo Nacional de las Artes (Argentina).



Bilhetes: €5 | sócios: €3

 

 _______________________________________________________________________

 

 

Sábado, 4 DE NOVEMBRO | 18H | Entrada Livre

5º CICLO UM MÚSICO, UM MECENAS

Temporada de concertos com instrumentos históricos | José Carlos Araújo no Cravo Antunes de 1758

 interpreta 

Música Portuguesa do século XVIII

 

 

 

 

ciclo novo.jpg

 

Apontado como «um dos mais importantes intérpretes portugueses da actualidade» (Jornal de Letras), José Carlos Araújo tem desenvolvido o seu trabalho sobretudo em torno da música para tecla de autores ibéricos do período barroco e, muito particularmente, da obra de Carlos Seixas.

Em Lisboa, estudou instrumentos históricos de tecla e interpretação de música antiga. Desde cedo influenciado pelas perspectivas interpretativas reveladas por Cremilde Rosado Fernandes e José Luis González Uriol, a oportunidade de trabalhar, mais tarde, com ambos estes mestres viria a informar de forma muito acentuada a sua concepção e abordagem aos repertórios para instrumentos de tecla do Sul da Europa.

A parte mais importante da actividade artística de José Carlos Araújo consiste em recitais a solo, quer em órgãos históricos, quer em cravo, clavicórdio e pianoforte, dedicando-se frequentemente a repertórios raramente explorados dos séculos XVII e XVIII e a instrumentos históricos particularmente significativos, alguns dos quais veio a gravar em CD.

Colaborou com o Teatro da Cornucópia para a produção de A Tempestade de Shakespeare assinada por Luís Miguel Cintra e Cristina Reis, em 2009. Apresentou-se com numerosos solistas vocais e instrumentais, orquestras e agrupamentos modernos, como Alma Mater, o Coro Gulbenkian, a Orquestra Sinfónica Portuguesa e a Orquestra Metropolitana de Lisboa, sendo, todavia, com a orquestra barroca Divino Sospiro que tem vindo a trabalhar mais intensamente. Com este agrupamento, sob a direcção de Massimo Mazzeo, gravou as Siete Palabras de Cristo en la Cruz de García Fajer e o Stabat Mater de José Joaquim dos Santos para a editora Glossa.

José Carlos Araújo dedicou-se ainda ocasionalmente à música para órgão e cravo de autores do séc. XX, em particular Luiz de Freitas Branco, Armando José Fernandes e Clotilde Rosa, que tocou com o Grupo de Música Contemporânea de Lisboa e o Ensemble MPMP.

Gravou para a RTP e para a Antena 2. Em 2004, foram-lhe atribuídos o Primeiro Prémio e o Prémio do Público no concurso Carlos Seixas, pela Sociedade Histórica da Independência de Portugal. Inaugurou o selo discográfico Melographia Portugueza (MPMP) em 2012, com os primeiros CDs da primeira gravação integral da obra para tecla de Carlos Seixas. Deste projecto estão já disponíveis 7 CDs, gravados em instrumentos históricos, alguns dos quais em estreia discográfica.

Licenciou-se pela Faculdade de Letras de Lisboa, onde estudou Filologia Clássica. É actualmente investigador do Centro de Estudos Clássicos da Universidade de Lisboa, onde tem vindo a trabalhar na primeira tradução em português das Epistulae de Plínio e, em parceria, dos Facta et Dicta Memorabilia de Valério Máximo e das Vitae Philosophorum de Diógenes Laércio. Publicou estudos sobre Filologia Clássica e apresentou comunicações a congressos de Estudos Clássicos e Comparatistas. Colabora regularmente em Euphrosyne – Revista de Filologia Clássica.

 

IMG_5693_JCA_Antunes.JPG

 

             PRÓXIMOS EVENTOS NO MUSEU NACIONAL DA MÚSICA:

https://www.facebook.com/pg/museunacionaldamusica/events/?ref=page_internal

 

Sobre o cravo Antunes: na exposição permanente do Museu da Música, encontra-se um exemplar único de um cravo construído por Joaquim José Antunes em 1758. É uma das peças mais valiosas da colecção, deixando reconhecer uma forte e bem estabelecida tradição de artesanato musical com orientações próprias. As suas características históricas e organológicas fazem dele um exemplar único no conjunto patrimonial do país e importante no âmbito internacional.

Sendo um dos poucos exemplares sobreviventes da escola portuguesa de construção de cravos, de meados de setecentos, é de extrema importância para a reconstituição da autêntica sonoridade da música cravística pré-barroca e barroca, produzida em Portugal por compositores como Domenico Scarlatti ou Carlos Seixas. Por todos estes motivos, mas também porque se encontra em óptimas condições, tem atraído a atenção de músicos e organólogos de todo o mundo. Assim sendo, as ocasiões em que é tocado publicamente são sempre oportunidades a não perder para quem gosta de música.

Joaquim José Antunes, oriundo de uma família de construtores de instrumentos de tecla, que se manteve activa em Lisboa durante três gerações, foi um dos mais importantes construtores portugueses de cravos do século XVIII. A julgar pelos instrumentos sobreviventes, Joaquim José foi provavelmente o membro mais notável da sua família, não se sabendo muito mais sobre a sua vida.

Deste construtor, assinado com o seu nome completo, é conhecido apenas mais um cravo, datado de 1785, que integrou a colecção de instrumentos musicais Finchcocks em Kent (Inglaterra) e que, em 2016, foi vendido a um privado. 

 

 

 

*Encontra-se ainda em curso o processo de restauro do cravo Antunes de 1789, razão pela qual o concerto será realizado com o cravo Antunes de 1758. Em breve anunciaremos a data do recital com o instrumento de 1789!