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Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

«Quando o tacto se faz contacto« a partir de 6 de Julho na Galeria SALA 117

Inaugura no próximo dia 6 de julho, pelas 18h00

 

Galeria SALA 117 apresenta a exposição

“Quando o tacto se faz contacto”

 

sem título, 2018- Francisco Venâncio.jpg

 

“Quando o tacto se faz contacto”, é a nova exposição colectiva patente na Galeria SALA 117, com a participação dos artistas Fernando Daza, Francisco Venâncio, Inês Teles, Luísa Abreu e Rui Soares Costa. A exposição, que tem curadoria de Hugo Dinis, inaugura no dia 6 de Julho, pelas 18h00, e estará patente até dia 22 de Setembro.

 

Tendo como ponto de partida a JustLX – Contemporary Art Fair, que decorreu entre 17 e 20 de Maio, no Museu da Carris em Lisboa, a exposição “Quando o tacto se faz contacto” nasce da vontade de alargar esta experiência comercial para um contexto curatorial na Galeria SALA 117, no Porto. Desde logo, esta deslocação espacial carrega consigo diversas indagações: Qual o papel das feiras? Que contactos de estabelecem? Qual a acção do curador? E, mais importante que tudo isso, que questões trazem a arte e os artistas para este contexto? Sem querer responder dogmática e permanentemente a nenhuma destas questões, a exposição perpetua as questões que ecoam das experiências vividas através da disciplina privilegiada do desenho.

 

Desde o primeiro momento que o projecto pressupunha apresentar os artistas da galeria que estiveram presentes na feira, conjuntamente com outros artistas que pudessem interagir, questionar e relacionar-se da forma como a disciplina de desenho pode influenciar o modo como vemos e tacteamos as diversas realidades sociais, políticas, culturais e históricas que rodeiam as sociedades.

 

Deste modo, as esculturas de Luísa Abreu (Galeria SALA 117) desenham linhas, superfícies e espaços que contaminam a sua envolvência activando, assim, os seus intervenientes. Os desenhos minuciosos de Rui Costa Soares (Galeria das Salgadeiras) relacionam-se com um processo intrínseco e privado de percepção psicológica dos indivíduos. O processo de construção de Fernando Daza (Galeria Trema) pressupõe uma acção directa sobre o papel rasgado que desenham referências artísticas de grande sensibilidade. Os desenhos coloridos e transparentes de Inês Teles (Galeria Espacio Líquido) contêm em si memórias de outras pinturas e ou de acções passadas que pontuam as superfícies inquietantes do papel. Os desenhos de Francisco Venâncio (Galeria SALA 117) emanam a experimentação e o ensaio de como são construídos em linhas e formas delirantes e irónicas.

 

Em última instância, a exposição “Quando o tacto se faz contacto” tem como objectivo estreitar laços e parcerias entre todos os seus intervenientes: galerias, curador e artistas. Mais que um projecto curatorial fechado e conceptual, trata-se de um conjunto de obras e artistas que permitem traçar um espírito de diferentes sensibilidades. Neste sentido, é possível promover uma discussão frutífera sobre como o tacto do desenho (saber/fazer) pode transformar-se em contacto pessoal, permitindo, deste modo, privilegiar os encontros e os desencontros existentes num mundo frívolo, mas ansioso de algo por vir.

 

Sobre os artistas

 

Fernando Daza (Sevilha, 1979) vive e trabalha em Sevilha. Estudou na Faculdat de Bellas Artes da Universidad de Sevilla. Actualmente é membro do grupo de investigação GIACEC (Grupo Interdisciplinar en Artes Colectivas y Espacios Culturales), pertencente ao Departamento de Pintyra da Facultad de Bellas Arte de Sevilla. Foi vencedor de diversos prémios artísticos e de bolsas de investigação. A sua obra encontra-se presente em diversas colecções privadas e públicas em Portugal, Espanha, Sérvia, Kosovo e Grécia. É representado pela Galeria Trema, em Lisboa.

 

Francisco Venâncio (Lisboa, 1990) vive e trabalha entre Lisboa e Porto. Estudou nas Caldas da Rainha onde completou a licenciatura e mestrado na Escola Superior de Artes e Design. Das exposições colectivas destacam-se “Espacios Políticos”, Museo Pablo Serrano, Zaragoza, “Caleidoscópio”, Maus Hábitos e Galeria do Sol, Porto ou “Não é o Sol, é a tocha”, Galeria da Livraria Sá da Costa, Lisboa.. Das exposições individuais, destacam-se: NADD II, Electricidade Estética, Hotel Madrid, Caldas da Rainha; Uma Viagem ao Sol, Rua do Sol 172, Porto. É representado pela Galeria SALA 117, Porto.

 

Inês Teles (Évora, 1986) vive e trabalha em Lisboa. Entre 2004-2008, estudou Pintura na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Continua os seus estudos em Londres, primeiro na Byam Sham School of Arte e, posteriormente, termina o Mestrado na Slade School of Fine Art, em Londres. Expõe o seu trabalho com regularidade em Portugal, Londres e Paris. É membro do colectivo artístico Tempos de Vista.

 

Luísa Abreu (Amarante, 1988) vive e trabalha na cidade do Porto. Licenciada em 2011 pela FBAUP em Artes Plásticas Multimédia, terminou o último ano ao abrigo do programa Erasmus na Hochschule für Bildende Künste Dresden, na Alemanha, tendo concluído o Mestrado em Artes Plásticas pela ESAD. Integra actualmente o colectivo Rua do Sol. Das exposições individuais que realizou destacam-se “Foge-se em grupo porque assim se foge melhor”, na Galeria SALA 117, “Aquilo que se dá a ver e poderá ser visto”, Rua do Sol 172, e “Estado crítico”, Lugar do Desenho / Fundação Júlio Resende. Destacam-se as exposições colectivas “Variations Portugaises”, Abbaye Saint Andre, Centre d’Art Contemporain, Meymac. Em 2016 foi seleccionada para o Jovens Criadores. É representada pela Galeria SALA 117.  

 

Rui Soares Costa (1981) vive e trabalha em Lisboa. Entre 2000 e 2003 Estudou Pintura no Ar.Co, Lisboa. Em 2005, fez a licenciatura em Psicologia Social, no ISPA. Em 2009 realizou o doutoramento em Psicologia Social no ISCTE, em Lisboa e na University of California, Davis, E.U.A. Entre 2009 e 2012 teve uma bolsa de pós-douturamento em Neurociência Social entre a Universidade de Lisboa e a Princeton University, E.U.A. Realizou em 2016 a sua primeira exposição a solo, Sweet Series, no Museu Nacional de História Natural e da Ciência. É representado pela Galeria das Salgadeiras, em Lisboa.