Roca Lisboa Gallery recebe masterclass sobre fotografia de arquitetura com Fernando Guerra
Reafirmando a arquitetura como um dos valores da marca Roca, o Roca Lisboa Gallery acolheu no passado sábado, 16 de novembro, uma masterclass sobre fotografia de arquitetura com Fernando Guerra, nome de referência desta especialidade a nível mundial. Organizada pela Roca, marca com a qual Fernando Guerra mantém uma ligação estreita, a sessão decorreu no âmbito da exposição que o Roca Lisboa Gallery dedica atualmente ao percurso do fotógrafo e arquiteto, “Dupla Exposição: A Fotografia e o Fotógrafo”, patente até 18 de janeiro de 2020.
Em registo informal e perante uma sala repleta, não estivesse o evento esgotado há semanas, Fernando Guerra traçou a evolução de uma carreira que celebra este ano duas décadas e que o próprio definiu como “improvável”. “Aprendi a fotografar arquitetura muito antes de fotografar arquitetura”, explicou, recordando o seu percurso inicial como arquiteto na Macau dos anos 90.
Regressado a Portugal, Fernando Guerra cria em conjunto com o irmão o estúdio FG+SG em 1999 e fotografa, desde então, para as mais importantes publicações internacionais, o trabalho de arquitetos como Manuel Mateus, Manuel Graça Dias, Gonçalo Byrne, Carlos Castanheira, Carrilho da Graça e, no Brasil, Isay Weinfeld, Arthur Casas e Marcio Kogan. Fernando Guerra sublinhou a importância da sua colaboração com Álvaro Siza Vieira, a quem é dedicada uma parte desta exposição e a quem associa algumas das melhores memórias e fotografias da sua carreira.
Ao longo da masterclass, Fernando Guerra destacou os pressupostos que desde sempre regem a sua atividade: o respeito pela obra e a vontade de integrar a presença humana na fotografia. Falou ainda da importância da partilha e de uma nova forma de comunicar a arquitetura, através do website ultimasreportagens.com,uma referência na difusão da arquitetura contemporânea, com mais de 1200 reportagens publicadas.
Com curadoria de Andreia Garcia, “Dupla Exposição: A Fotografia e o Fotógrafo” divide-se em quatro caixas de viagem que pretendem ser princípios de conversa sobre os vários momentos do trajeto profissional de Fernando Guerra, que incita os visitantes a fazer as suas próprias leituras da exposição.
“Fotografia de arquitetura é muito mais do que técnica, até porque só existe uma regra: manter as verticais direitas. Tudo o resto é sobre fotografia”, rematou.