Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

Sakiru Adebayo vence Prémio Amílcar Cabral

descarregar (3).jfif

Amílcar Cabral 2022 foi atribuído ao especialista em literatura africana Sakiru Adebayo, na segunda edição do galardão promovido pelo Instituto de História Contemporânea e pelo Padrão dos Descobrimentos / EGEAC.
 
Seleccionado de entre dez candidaturas, o trabalho de Adebayo, “The black soul is (still) a white man’s artefact? Postcoloniality, post-Fanonism and the tenacity of race(ism) in A. Igoni Barrett’s Blackass”, foi publicado na revista African Studies (TF).

O júri do concurso, constituído por Manuela Ribeiro Sanches, Victor Barros e Rui Gomes Coelho, considerou que o artigo destaca “as sombras persistentes da dominação cultural imperial europeia na Nigéria, as suas heranças e o seus efeitos no imaginário pós-colonial nigeriano; e insiste nas interconexões globais que a ideia de raça e o racismo contemporâneo tecem enquanto parte da estrutura global de dominação política, económico-capitalista, social e cultural que vai para além da simples questão de nacionalidade e da geografia.”
 
Sakiru Adebayo nasceu na Nigéria, tendo-se formado na University of Ibadan antes de se mudar para a África do Sul, onde completou o doutoramento na Universidade de Witwatersrand, em Joanesburgo, em Literatura Africana. Atualmente, é Professor Auxiliar na Faculdade de Estudos Criativos e Críticos da Universidade de British Columbia, no Canadá.
 
O júri atribuiu ainda duas menções honrosas: a Merve Fejzula, da Universidade do Missouri, com o artigo “Gendered Labour, Negritude and the Black Public Sphere,” publicado na revista Historical Research (OUP); e a Burak Sayim, da Universidade de Nova Iorque - Abu-Dhabi, com o artigo “Transregional by design: The early communist press in the middle east and global revolutionary networks”, publicado no Journal of Global History (CUP).
 
O Prémio Amílcar Cabral foi criado em 2021, visando “promover a investigação científica e o debate público sobre as resistências anti-coloniais e os processos coloniais que marcam a história do mundo, do século XV até à atualidade”.
O vencedor da primeira edição foi  Esmat Elhalaby, da Universidade de Toronto, com um trabalho sobre Wadi’ Al-Bustani.