"SER ANGOLANO É MEU FADO E MEU CASTIGO": ARTE DE CARLOS PAES E HOMENAGEM A NEVES E SOUSA EM EXPOSIÇÃO NA GALERIA ARTISTAS DE ANGOLA
Se ainda não tem planos para sexta feira ao fim da tarde, marque na sua agenda a inauguração da Exposição de Pintura de Carlos Paes, com a homenagem ao pintor e poeta Albano Neves e Sousa, com curadoria do fotógrafo António Silva: “Ser angolano é meu fado e meu castigo”. Nesta mostra que inaugura a dia 25 de novembro, pelas 17h e decorre até 31 de dezembro na Galeria Artistas de Angola, Carlos Paes vai apresentar um conjunto de trabalhos, entre óleos e acrílicos sobre tela, papel e madeira. A homenagem a Albano Neves e Sousa completa esta iniciativa, com a exibição de uma seleção de obras do consagrado pintor angolano. A Galeria Artistas de Angola é em lisboa, na rua Sousa Lopes, N.º 12 A.
Nas palavras de Carlos Paes “esta é uma mostra composta por pintura e escultura em diferentes materiais. Óleos e acrílicos sobre tela ou papel, madeira e técnicas mistas, são encontrados nas quarenta obras selecionadas. As vivências em Angola deixam uma noção de cor e forma que sobressaem no trabalho exposto, bem como a geometrização do representativo que atinge, por vezes, o abstrato.”
Carlos Paes Neves e Sousa
Todas as peças em exibição testemunham um grande amor e dedicação às terras e gentes de Angola e África. Neves e Sousa, retratou o povo e a beleza de angola como ninguém, pela sua mestria e arte foi apelidado de: o “Pintor de Angola”. Pintou as mais diversas etnias angolanas, com destaque na diversidade da figura da mulher angolana.
Há várias linhas condutoras que ligam os trabalhos de ambos os pintores, que são as telas, as tintas, a exploração da plasticidade da cor e do ritmo da forma, a representação da figura humana, predominantemente feminina, África e Angola, e uma equilibrada inspiração cubista, que toca todas as telas, na sua forma e na composição. Entre telas e pinceladas é possível mergulhar neste movimento artístico sem nos afundarmos ou deixarmo-nos envolver completamente.
Sobre Neves e Sousa, Jorge Amado escreveu “(…) Pintor de Angola, de sua paisagem poderosa, de sua poderosa gente, dos costumes, da magia e da realidade – ele tocou com seu lápis ou com seu pincel cada momento e cada detalhe do país e do povo. O sol de Angola imprimiu a cor definitiva de sua palheta (…).”
FIM