Sound Bullet lança disco de estreia “Terreno” via Sagitta Records
Sound Bullet lança disco de estreia “Terreno” via Sagitta Records
Álbum teve produção de Patrick Laplan
O papel de cada um na busca de uma sociedade melhor, empatia, as responsabilidades da vida adulta e as relações interpessoais e fraternais na vida urbana. É mirando em temas tão complexos que a Sound Bullet apresenta “Terreno”, seu álbum de estreia. O disco está disponível nas principais plataformas de música digital via Sagitta Records.
Ouça “Terreno”: http://bit.ly/TerrenoSBSpotify
Após o bem sucedido EP "Ninguém está sozinho" (2013), a banda formada por Guilherme Gonzalez (guitarra e voz), Fred Mattos (contrabaixo e voz), Henrique Wuensch (guitarra) e Pedro Mesquita (bateria) ganhou destaque com o single “When It Goes Wrong”. Gravada no Converse Rubber Tracks, a música foi escolhida como representante mundial do projeto, alavancando a banda para centenas de milhares de plays no Spotify. Foi uma época em que a Sound Bullet redefiniu sua identidade e tudo isso está visível em “Terreno”.
“Nesses últimos anos vivemos uma nova fase, de maior liberdade dentro da nossa proposta musical, e fomos ousando cada vez mais pra fazer um disco que nos satisfizesse. ‘Terreno’ é o resultado disso. E dentro desse caminho, ele conta uma história sobre humanidade, falibilidade, medo, coragem e alegria”, conta Fred Mattos.
Veja o clipe de “Amanheci”: https://youtu.be/9hUbMaHGE6A
E a banda fez isso misturando o indie rock com levadas de math rock e caminhos que culminam em levadas de metais inspiradas em música latina. “Terreno” começa já colocando o ouvinte no meio de uma explosão rítmica em “Incorporar” até chegar no em “Amanheci”, primeira música do disco a ganhar clipe. “Em um mundo de milhões de busca” e “O Vazio que Habitamos (está dentro de nós)” são exemplos de experimentação rítmica em prol da melodia. O disco traz a participação da cantora Aline Lessa nas faixas “O Que Me Prende?” e “Atlas” e teve produção de Patrick Laplan (Eskimo, Rodox). A mixagem do álbum foi feita por Pedro Garcia e a masterização foi feita no Hanzsek Audio, em Seattle (EUA).
“O Patrick entendeu muito bem a proposta, deu suas percepções, ampliou as nossas, puxou nossas orelhas, nos ajudou a escolher o que seria melhor pra nossa obra. Sem ele, o disco não seria da forma como é. Somos muito gratos por esse trabalho”, conta Fred.
A inspiração das letras veio da ficção científica, e seu modo como reflete a humanidade sob um olhar externo. A dualidade que o nome do disco sugere aponta isso: uma banda voando alto sem perder o contato com o chão.
“Em todo o processo de criação do álbum, nós queríamos falar sobre temas mais complexos, de um ponto de vista que às vezes não é abordado. Essa parte do processo de criação foi muito interessante para nós, por nos colocar em situações diferentes e tentar dialogar com cada vez mais pessoas. No fundo, estamos falando de empatia. Nos colocamos em lugares diferentes para entender não só os outros, mas também a nós mesmos”, conclui o vocalista Guilherme Gonzalez.
Ouça Terreno:
http://bit.ly/SoundBulletTerreno
Spotify: http://bit.ly/TerrenoSBSpotify
Deezer: http://bit.ly/TerrenoSBDeezer
iTunes: http://bit.ly/TerrenoSBApple
YouTube: http://bit.ly/TerrenoSBYT
Google Play: http://bit.ly/TerrenoSBGoogle
Soundcloud: http://bit.ly/TerrenoSBSC
BandCamp: http://bit.ly/TerrenoSBBC
Faixa-a-faixa por Guilherme Gonzalez:
Incorporar
Essa é uma canção muito divertida de tocar, mas foi bem difícil de acertar por conta dos compassos diferentes dela. Teoricamente, é a nossa canção que não possui 4/4, mas é a forma que escrevemos apenas. As pessoas podem enxergar de forma diferente.
Amanheci
O segundo single do CD, primeiro clipe, é também a primeira música composta integralmente com o Henrique na banda. Um fato curioso é que ela surgiu de um estudo de harmonia que fiz usando um livro, sobre harmonia no jazz, do Fred.
Em um mundo de milhões de buscas
Uma das primeiras ideias pro disco, mas demorou a ganhar forma. É nosso elo entre o que fizemos em When It Goes Wrong e o momento que estamos agora. Talvez seja uma das letras mais alegres que nós temos. Espero que consigamos passar esse sentimento para as pessoas com ela. Como diria um review que tivemos do nosso EP e que se encaixa nessa faixa, é uma música "para escuchar optimismo".
Atlas
Se a anterior tem essa aura de otimismo e felicidade, Atlas trata de uma questão diferente. É bem óbvia, pra falar a verdade, então, quem ouvir vai saber. Nossa, e como tem reverb. Nunca usamos tanto um space echo.
Esquece
Esquece tem partes integralmente tocadas em um iPad. Além disso, foi a primeira música que escrevemos juntos em ensaios e me parece uma evolução de Ninguém Está Sozinho.
O que me Prende?
O que me prende? é a pioneira do CD em muitos quesitos: foi provavelmente a primeira ideia composta que acabou no CD, além de ser nosso primeiro single do álbum e também a primeira música do CD que a gente tocou ao vivo. Apresentamos essa faixa constantemente. A letra dela foi inspirada pelos casos de pessoas sofrendo ataques nas ruas, pessoas sendo apedrejadas por homofobia, por exemplo.
Doxa
Doxa talvez seja a canção mais pesada do disco em termos de instrumentação, já que a afinação é Drop D, usamos guitarra barítona e a linha de baixo é quase toda na quinta corda. A letra fala sobre como um senso comum de uma sociedade é pertencente somente a ela e naquele espaço de tempo específico. O Henrique diz que se trata sobre a efemeridade de um discurso.
Terreno Pt. 1: Extemporânea e Terreno Pt. 2: Quando você voltar
Duas canções que, na verdade, são uma só. Terreno pt: 1 e 2 são uma obra só com dois momentos distintos. Uma curiosidade é que a voz e a guitarra do Henrique nessa música foram gravadas ao mesmo tempo sem metrônomo.
Humano
Essa canção parece que foi escrita para se tocar com guitarra barítona, fuzz e oitavador. Ela foi uma das ideias iniciais pro CD que foram sendo postergadas. Inicialmente, era em 5/4, mas foi sendo adaptada para uma melodia com uma métrica mais padronizada.
O Vazio que Habitamos (está dentro de nós)
Se O que me Prende é meio pioneira, O Vazio é retardatária: última letra, último instrumental e última a ficar pronta. É uma música que gostamos muito e é a canção de maior duração do nosso catálogo (não que ele seja muito grande). Curtimos muito nela o fato de ser composta por dois momentos distintos, sendo que o segundo tem um quê de eterno retorno no ciclo.