A Casa da Dança realiza em Almada a 3ª edição da TRANSBORDA - Mostra Internacional de Artes Performativas de Almadacom performances, oficinas e conversas no Teatro Municipal Joaquim Benite, no Fórum Municipal Romeu Correia e na Casa da Dança – Ponto de Encontro, de 29 de Abril a 14 de Maio em Almada.
*29 ABR | SÁBADO | 21H | AI, AI, AI, de MARCELO EVELIN (BR/NL) Fórum Municipal Romeu Correia - Auditório Fernando Lopes-Graça
Trabalho inaugural da vasta obra de Marcelo Evelin, uma viagem poética às raízes afetivas de um coreógrafo brasileiro há muito tempo longe de seu país. A peça recebeu o Prêmio de Prata das Artes na Holanda quando estreou, em 1995. Em 2021, Evelin reencena aos sessenta anos este solo fundador e confronta seu passado mais uma vez. + informações:https://www.casadadanca.pt/2023/03/13/marcelotransborda1/
*5 MAI | SEXTA | 21H | THRESHOLD, de MARIANA TENGNER BARROS (PT) Casa da Dança - Ponto de Encontro
Threshold de Mariana Tengner Barros convida ao limiar, entre o visível e o invisível. Ao explorar o enigma do Cromeleque de Almendres inventa uma coreografia de emoções em constante mutação, onde os corpos dos intérpretes revelam mistérios há muito adormecidos. + informações:https://www.casadadanca.pt/2023/03/15/mariana-tengner-barros/
*6 MAI | SÁBADO | 21H | TAMBÉM SE MATAM CAVALOS, de FRANCISCO THIAGO CAVALCANTI E UM CAVALO DISSE MAMÃE (BR/PT) Fórum Municipal Romeu Correia - Auditório Fernando Lopes-Graça
*12 MAI | SEXTA | 21H | O SUSTO É UM MUNDO, de VERA MANTERO (PT) Teatro Municipal Joaquim Benite – Sala Principal
Vera Mantero apresenta O Susto é um Mundo, uma peça que nos coloca perante o inconsciente, uma quase entrada no mundo dos sonhos, através de uma linguagem simbólica e simultaneamente quotidiana, ensaiando uma reconexão com a natureza e um combate a todos os sustos do mundo. + informações: https://www.casadadanca.pt/2023/03/27/vera-mantero/
*13 MAI | SÁBADO | 21H |NÉBULA, de VANIA VANEAU (BR/FR) Fórum Municipal Romeu Correia - Auditório Fernando Lopes-Graça
O mais recente trabalho da artista brasileira radicada na França Vania Vaneau, Nébula aborda o corpo humano em relação à natureza como o encontro de campos de forças em um contexto pós-apocalíptico, é uma travessia para o desconhecido, um momento de eclipse para vislumbrar outros mundos possíveis. + informações: https://www.casadadanca.pt/2023/03/27/vania-vaneau-3/
*14 MAI | DOMINGO | 19H |QUANDO EU MORRER ME ENTERREM NA FLORESTA, de FRANCISCO THIAGO CAVALCANTI, FRANCISCA PINTO E UM CAVALO DISSE MAMÃE (BR/PT) Casa da Dança - Ponto de Encontro
A TRANSBORDA tem um formato voltado à investigação, à partilha e à qualificação artística. Na BATUCADA será realizado um trabalho intensivo durante uma semana de laboratórios conduzidos por Marcelo Evelin com 40 performers de diversas nacionalidades que vivem em Portugal. A Vania Vaneau partilhará suas práticas e investigações no laboratório imersivo HEALLING RITUALS – RITUAIS DE CURA. E ainda o crítico Ruy Filho mediará conversas com artistas e realizará também uma reportagem crítica na revista de artes Antro Positivo.
Artes performativas, música, teatro e muita animação vão invadir diferentes espaços públicos do concelho da Moita, nos meses de julho e agosto, numa parceria entre a Câmara Municipal da Moita e as Juntas de Freguesia. Momentos de partilha e fruição cultural vão proporcionar o acesso de todos, desde os mais pequenos aos graúdos, à cultura neste período estival.
Cultura à Solta é um projeto de dinamização de espaços públicos - largos, jardins, pracetas, ruas e parques – que vai passar por todas as freguesias do concelho da Moita.
Programa:
Dia 2 de julho
18:30H
Concerto “Uma Volta ao Mundo” por Mundos da Música
Parque das Canoas, Gaio-Rosário
Dia 10 de julho
21:30H
Concerto OMIRI – Um músico, dois bailarinos e uma mão cheia de velhinhas
Praça da República, Moita
Dia 16 de julho
18:30H
Teatro – “Era uma vez que era uma vez” por GATEM – Espelho Mágico
Praceta Almada Negreiros, Alhos Vedros
Dia 23 de julho
21:30H
The Jukeboxers – Banda de tributo aos anos 50, 60 & 70
Jardim das Laranjeiras, Baixa da Banheira
Dia 30 de julho
21:30H
Concerto com Tony da Costa, Rui Curto, Octávio Rodrigues e Djon Santos
Largo 5 de Outubro, Sarilhos Pequenos
Dia 6 de agosto
18:30H
Teatro – “Era uma vez que era uma vez” por GATEM – Espelho Mágico
Praceta Maria Vieira Helena da Silva, Vale da Amoreira
A iniciativa decorre de 17 a 20 de março e leva às salas e ruas da vila espetáculos de música, teatro, performance, marionetas, uma feira do livro, exposições e muito mais
O Festival de Artes Performativas Periferias, iniciativa do Chão de Oliva – Centro de Difusão Cultural, regressa em 2022 para levar a Sintra vários espetáculos e atividades culturais e, mais uma vez, aproximar criadores, criações e espectadores. Esta edição, que continua a reunir artistas de várias partes do mundo, decorrerá entre os dias 17 e 20 de março e convida os espectadores a terem contacto com diversas artes performativas: desde música ao teatro, passando pela performance, literatura ou marionetas.
Para celebrar a sua 11ª edição, o Periferias conta com uma programação diversificada para pessoas de todas idades e com diferentes interesses, sendo composta por espetáculos que se apresentarão nas várias salas culturais da vila de Sintra, como é exemplo a Casa de Teatro de Sintra, Centro Cultural Olga Cadaval, ou espaços recreativos, bem como nas próprias ruas, numa visão de descentralização cultural dentro deste microterritório. Além das várias artes performativas, o festival pretende celebrar diferentes culturas, bem como continuar a valorizar e apresentar a criação performática de regiões conotadas como “periféricas” e, ainda, colocar em diálogo diferentes linguagens artísticas.
“Estes dois últimos anos revelaram-se desafiantes, mas mostraram-nos que a cultura é uma parte importante da vida de todos, que não pode ficar para trás nem presa apenas a um ecrã. É o reflexo da nossa história e origens, do local onde vivemos e crescemos, mas tem também o propósito de nos aproximar, promovendo a partilha de diferentes experiências e visões. É precisamente por acreditarmos nesta perspetiva que consideramos que o Periferias é feito, desde a sua criação, de pessoas para as pessoas, ao levar a cultura de artistas emergentes de várias áreas geográficas à população sintrense e não só. Nesse sentido, vemos Sintra como uma vila que, por natureza, está aberta à diversidade, interculturalidade, e pluralidade de comunidades, sendo por isso o local ideal para promover mais um Periferias, que se desafia a essa representatividade”, afirma Nuno Correia Pinto, diretor artístico da associação cultural Chão de Oliva.
Composto por quatro dias de vários espetáculos e iniciativas, o evento tem início dia 17, às 21h00, no Centro Cultural Olga Cadaval, com o espetáculo musical da premiada cantora, compositora e ativista Karyna Gomes, filha de pai guineense e mãe cabo-verdiana. O festival segue, no mesmo dia, na rua pedonal da Estefânia, em Sintra, às 11h00 e 16h00, com o espetáculo ao ar livre de teatro lambe-lambe, “Memórias” da Cia Teatro da Recusa, do Brasil, que promete um regresso à época das máquinas fotográficas antigas e que volta à mesma rua no dia seguinte. Este momento cultural mais intimista dá ao espectador a possibilidade de conhecer o teatro de miniaturas, entrando num pequeno universo e desfrutando da possibilidade de espreitar para dentro de uma caixa-teatro.
Já na sexta-feira, dia 18, às 16h00, no Auditório da Aldeia Stª Isabel, Albarraque, o festival recebe a peça “A Visita”, do Teatro Invisível. Este espetáculo surge como uma reflexão a solo de Pedro Giestas que apresenta o imaginário da vida do campo, através de uma viagem às aldeias que ficam cada vez mais isoladas do mundo, através de um diálogo entre o tempo passado e o presente. A este, junta-se, no mesmo dia, a produção de teatro de marionetas “Alfredo – o colecionador de borboletas”, pensada para adultos e graúdos e que se apresenta às 14h00, na Sociedade Recreativa São João das Lampas. Ainda no dia 18 de março, Rogério Nuno Costa traz uma reflexão sobre a condição humana e onde a arte se encontra, às 21h00, na Casa de Teatro de Sintra.
Para o terceiro dia de festival, sábado, chega do norte do país, de Viseu, a peça “Aleksei ou a fé”, da companhia de teatro Ritual de Domingo, e que é inspirada no romance “Os irmãos Karamázov”, de Dostoiévski. Esta é uma produção que aborda memórias, emoções e as relações com a fé, e que sobe ao palco do Centro Cultural Olga Cadaval – Auditório Acácio Barreiros, às 18h00. No mesmo dia, às 12h00 e às 16h00, estreia-se uma outra produção de teatro lambe-lambe, na rua pedonal da Estefânia, desta vez da autoria da companhia Telba Carantoña, “Madame Cledá”, e que será possível assistir também no dia seguinte, às 11h00, no centro histórico e às 14h00, na Rua Veiga da Cunha. Ainda no sábado, diretamente de Cabo Verde, a peça “Chiquinho”, coprodução da Companhia Fladu Fla com a Companhia de Teatro de Sintra, sobe ao palco da Casa de Teatro de Sintra, às 21h30. Esta é baseada numa das obras do arquipélago do autor, Baltasar Lopes, e retrata a sua infância e juventude, transmitindo o seu apego à terra e a ligação ao divino.
Como não podia faltar, junta-se ainda à programação do Periferias o grupo Cendrev - Marionetas, de Évora, com o espetáculo “Bonecos de Santo Aleixo – Auto da Criação do Mundo”, que pretende retomar uma tradição para todas as gerações, e que se apresenta, dia 20, às 16h00, na Casa de Teatro de Sintra. Além de todos estes momentos, o festival contará ainda com uma performance de clown de Tânia Safaneta, que estará pelas carruagens da linha de comboio de Sintra a animar os passageiros ao longo dos quatro dias de festival. A esta, junta-se ainda uma feira do livro e também uma exposição que celebra o público que acompanhou o Periferias ao longo dos últimos 10 anos de existência.
A entrada nos vários espetáculos desta edição tem um custo de 5€, à exceção das sessões que ocorrem ao ar livre, nas ruas de Sintra, que são de entrada gratuita. Toda a informação está disponível no site e redes sociais do Chão de Oliva e as reservas podem ser feitas através do contacto 219233719. O Festival Periferias conta com o apoio da Direção-Geral das Artes, da Câmara Municipal de Sintra e de outras entidades públicas e privadas.
Periferias 10ª edição: Festival de Artes Performativas regressa a Sintra para edição de Inverno
A iniciativa decorre entre os dias 17 e 21 de dezembro e levará a palco e às ruas de Sintra dança, teatro e marionetas
A data de início da edição de Inverno do Periferias está marcada para o dia 17 de dezembro e vem encerrar a celebração da 10ª edição do Festival, naquela que será uma homenagem a todas as artes que marcaram o festival desde 2012, ano da primeira edição, dando palco a artistas emergentes de vários locais do país. Esta edição estende-se até dia 21 de dezembro, com espetáculos na Casa de Teatro de Sintra, exposições, e muitos outros momentos culturais, que passam também pelas ruas da vila.
Totalmente adaptado ao contexto atual, a edição de celebração dividiu-se pelas quatro estações do ano, de forma a continuar a celebrar com o público e a proporcionar momentos de alegria e convívio a que o Periferias tem habituado os espectadores na última década. Se na Primavera o festival abriu com poesia, teatro, música e espetáculos para crianças, no Verão trouxe música às ruas de Sintra e no Outono ficou marcado por espetáculos de dança e marionetas. No Inverno, estão agora reunidas as várias artes, desde teatro, performance, dança, marionetas, música e certamente a alegria e boa disposição. Conta também com o lançamento do livro sobre os 10 anos do Periferias e as Conversas Periféricas, onde diferentes convidados irão falar com o público sobre temas relacionados com o mundo das artes.
Esta edição marca ainda o regresso à Casa de Teatro de Sintra, onde decorrerá a maior parte da programação. Destaca-se, entre os vários espetáculos, a coprodução com Lukanu Mpasy, artista emergente, bailarino, performer e videografo, num espetáculo repleto de poesia, movimento e dança. No dia 17, pelas 21h30, terá lugar a performance do grupo Art’Imagem, natural do Porto, com o espetáculo “Desastre Nu”, repleto de humor e que permite uma reflexão sobre a condição do ser. No dia 18, às 16h00, a rua pedonal da Estefânia anima-se com a performance do grupo sintrense Valdevinos, com o espetáculo de marionetas “Teatro Dom Roberto”. Ainda no mesmo dia, desta vez às 21h30, na Casa de Teatro de Sintra, o grupo A Bruxa Teatro, natural de Évora, apresenta a peça “E que fazer com o violoncelo?”, que cai no absurdo da condição humana e analisa-a no seu próprio quotidiano.
No dia 19, por volta das 11h00, os Valdevinos voltam a animar a rua da Estefânia, juntamente com a companhia lisbonense Truta no Buraco, que às 16h30 apresenta o espetáculo “Eles passarão, Tu passarinho”, uma história política das aves, na Casa de Teatro de Sintra. No dia 20, às 21h30, entrará em palco o artista Lukanu e, por fim, a 21 de dezembro, o festival encerra às 21h30 com o lançamento do livro sobre os 10 anos do Periferias e com as Conversas Periféricas.
Além das produções, o festival convida ainda e inclui na programação a visita à exposição “Linha Imaginária”, uma iniciativa conjunta da Câmara Municipal de Sintra e da Fundação Aga Khan, patente no principal museu das Artes de Sintra (Mu.Sa) até dia 4 janeiro.
“O Periferias é feito de pessoas e para as pessoas e desde sempre que temos a missão de levar a cultura de artistas emergentes à população de Sintra, e não só, a todos os públicos. Para isso, este ano tivemos de nos adaptar ao contexto atual e, como forma de continuar a chegar às pessoas, dividimos o festival em quatro momentos. Agora, que estamos a entrar no último momento da edição deste ano, podemos concluir que a adesão tem sido bastante positiva nas várias estações e o público tem reforçado a sua segurança com o decorrer dos vários momentos.” afirma Nuno Correia Pinto, diretor artístico do Chão de Oliva.
“No que respeita à edição de Inverno, estamos com as expectativas bastante altas, já que vamos voltar à nossa casa, à Casa de Teatro de Sintra, onde decorrerá a maioria da programação e não podíamos estar mais animados por receber o público naquela que será a celebração final de 10 edições de alegria e sucesso. Para os próximos 10 anos, temos como objetivo continuar a dar palco a cada vez mais artistas emergentes, aproximando-os do público e sendo um apoio ao seu desenvolvimento e reconhecimento da sua arte” reforça o diretor artístico.
A entrada nos vários espetáculos desta edição do Periferias tem um custo de 5€, à exceção das sessões que ocorrem ao ar livre, nas ruas de Sintra, que são de entrada gratuita. O Festival Periferias foi criado em 2012 pelo centro de difusão cultural Chão de Oliva, contando com o apoio da Direção Geral das Artes, da Câmara Municipal de Sintra e outras entidades públicas e privadas. Toda a informação está disponível no site e redes sociais do Chão de Oliva e as reservas podem ser feitas através do contacto 219233719.
Programação Completa: DIA 17 | CASA DE TEATRO DE SINTRA | M/12 21h30- Desastre Nu, por teatro Art’Imagem (Porto)
DIA 18 | VALDEVINOS | RUA PEDONAL (ESTEFANIA) | M/3 16h00- Teatro Dom Roberto, por Valdevinos (Sintra)
DIA 18 | CASA DE TEATRO DE SINTRA | M/12 21h30- E o que fazer com o violoncelo?, por A Bruxa Teatro (Évora)
DIA 19 | VALDEVINOS | RUA PEDONAL (ESTEFANIA) | M/3 | (Marionetas) 11h00- Teatro Dom Roberto, por Valdevinos (Sintra)
DIA 19 | CASA DE TEATRO DE SINTRA | M/12 | Performance / Teatro 16h30- Eles passarão, tu passarinho – Uma história política das aves, por Companhia Truta no Buraco (Lisboa)
DIA 20 | CASA DE TEATRO DE SINTRA | M/12 | Performance / Dança 21h30- Influência, por Lukanu Mpasi (Cascais)
DIA 21 | CASA DE TEATRO DE SINTRA| Para Todos 21h30- Lançamento do livro “Periferias – 10 Anos” e Conversas Periféricas “A Arte Periférica?”
Sobre o Chão de Oliva Fundado em 1987, o Chão de Oliva - Centro de Difusão Cultural (CO) é uma associação que tem o teatro como atividade-âncora, promovendo também todo o tipo de artes nas suas diversas expressões, através da criação de espetáculos, festivais e formação. Em 1990 fundou a Companhia de Teatro de Sintra, a primeira companhia profissional do concelho e hoje a mais antiga, e em 2002, o Fio d’Azeite, um grupo profissional de marionetas. Em 2018 ressurgiu o grupo amador, que na década de 80 foi o berço da criação teatral do CO - o Teatro da Meia-Lua - grupo este que suspendeu a sua atividade na década de 90. Por outro lado, na vertente da formação, criou a Mostra de Teatro das Escolas de Sintra, uma iniciativa pioneira e a mais antiga que se realiza em Portugal. Ao longo dos anos foi responsável pela organização de alguns dos maiores eventos culturais no concelho de Sintra e é continuamente reconhecida pelo Ministério da Cultura desde 1994. Em 30 anos, o Chão de Oliva já promoveu 270 Espetáculos / eventos e já passaram mais de 1.100 artistas / grupos pela associação.
Reafirmando Setúbal como Cidade de Criação Artística, chega a 3ª edição da MAPS – Mostra de Artes Performativas em Setúbal com 27 apresentações, entre os dias 8 e 17 de julho.
Depois de, em 2020, a MAPS – Mostra de Artes Performativas em Setúbal se ter afirmado no panorama nacional como um dos primeiros eventos performativos a acreditar fortemente na importância da cultura ao ponto de manter a programação ao vivo, no espaço público e em espaços interiores, em plena fase de grandes constrangimentos em iniciativas desta natureza (com predominância de cancelamentos de espetáculos ao vivo), ressurge este ano reforçando a sua presença no território, convicta da importância de promover o encontro entre criação artística e público, trazendo ao debate temas fundamentais da nossa contemporaneidade, e implicando a comunidade no fazer artístico, mais não seja desafiando-a ao debate e a encontrar outros mundos e imaginários artísticos mais transgressivos. Novamente neste MAPS, destaca-se a ocupação do espaço A Gráfica – Centro de Criação Artística.
O programa da MAPSreforça o compromisso com a criação contemporânea em diálogo com a comunidade. Ou seja, cruza as linguagens artísticas performativas mais contemporâneas com o encontro com a comunidade e o território, fomentando a participação e colaboração ativa do público com o artista e/ou a obra artística. Viagem Sentimental, de Francisco Camacho, é exemplo disso mesmo. Esta performance emblemática do coreógrafo, nome de referência da dança portuguesa, tem uma apresentação pública (dia 8, 21h00 n’A Gráfica) mas resultante de um trabalho prolongado no tempo: a residência artística de Francisco Camacho na cidade de Setúbal estendeu-se ao longo de 3 meses, envolvendo artistas setubalenses e a comunidade local.
A condição do humano e a sua relação com a vida selvagem é problematizada na instalação de Samir Noorali (artista audiovisual), intitulada de Blackest Dogs(inaugura dia 8, também n’A Gráfica), inspirada em literatura fundamental de Desmond Morris, como "O Zoo Humano" ou "Macaco Nú", assim como em experiências com equipamento de vida selvagem adaptado a cães de "abrigo/canil" e ao seu comportamento quando não existe presença humana.
Também n’A Gráfica, é apresentada uma pérola da criação performativa contemporânea portuguesa, onde se cruza a biografia pessoal e a relação com a História do país, neste caso em particular o contexto da fé religiosa e toda a cerimónia que acompanha o culto de Nossa Senhora de Fátima: Arranjo Floral de Filipe Pereira é uma conferência- performance sobre um artista nascido em Fátima, entre procissões gigantescas, arranjos de flores e lojas de souvenirs religiosos (dia 9, 21h00 n’A Gráfica).
Para além do edifício cultural A Gráfica, a programação instala-se na cidade, ocupando diferentes espaços públicos, nomeadamente, o Jardim Eng.º Luís da Fonseca (Beira-mar, frente ao Sado) com a performance/Instalação Passagem dos PIA – Projectos de Intervenção Artística com duas apresentações (a 10 de julho às 11h00 e 17h00). Esta performance conta a história de quatro velhos viajantes que caminham por entre um universo de objetos suspensos.
No domingo, dia 11, a programação é dedicada aos mais novos, naquele que é o dia MINI-MAPS. Entre as 15h00 e as 18h00, no jardim do Bonfim, pode encontrar e interagir com a Instalação A estranha Viagem do Senhor Tonet, da Tombs Creatius, uma companhia Catalã que cria jogos interativos a partir de velhas mobílias e material obsoleto, transformando-os em brincadeiras fascinantes para todas as idades, com luz, som e movimento. Neste jardim, acontece também o apaixonante espetáculo de clown ROJO, de Mireia Miracle Company, que é apresentado em 2 momentos (15h00 & 18h00).ROJO é um espetáculo de novas abordagens à figura do palhaço, que chega ao MAPS com a distinção do Prémio Zirkólika de Artista Emergente e do Prémio Circaire del Festival de Circo Circada. Ainda neste MINI-MAPS, a atriz e encenadora Cláudia Gaiolas apresenta-nos Carolina Beatriz Ângelo (16h00 & 17h30). O espetáculo conta a história desta corajosa mulher, médica e feminista portuguesa, inserido no Ciclo AntiPrincesas, que a criadora tem vindo a desenvolver em torno de figuras históricas femininas.
Dia 13 de julho, a artista setubalense Inês Oliveira leva On the Road: Das Subtilezas ao Jardim do Éden até à Gráfica, pelas 21h00, uma produção da Monstro Colectivo. Segue-se o concerto Huesos del Nino & Carlota Oliveira, sob a curadoria da Associação FOmE. No dia seguinte, no mesmo local, realiza-se o concerto de Museum Museum & Tiago Hesp. Ambos os concertos integram a candidatura Mural 18 (Programação Cultural em Rede).
No campo do experimentalismo artístico, num momento de partilha com o público de uma peça que ainda está em processo criativo, Diego Bragà traz-nos Geografia do Amor (dia 15, 21h00 n’A Gráfica). Oportunidade para conhecer o universo irreverente e desafiante de Diego Bragà que, a partir da sua história pessoal e familiar, se aventura numa ode crua e performática à geografia como espaço de diversidade sentimental, espaço do amor filial e erótico.
Dia 16, ainda n’A Gráfica, o espetáculo Urna– CeAtchim! Ne Pàs! Un Sssspe Taque!Ie é apresentado às 21h00. A direção artística, coreografia e interpretação é de Camilla Morello. Urna é a unidade primária, mais pequena e indivisível da qual se compõe a nossa sociedade. É a realidade atomizada em loop, ou uma forma de se ver a realidade, filtrada pelas questões do biopoder, da biotecnologia, do pós humano e da tecno-solidão.
No dia 17 o MAPS ocupa as ruas da Baixa da Cidade ancorado ao projeto “Bairro das Ideias”, utilizando como “palco”: montras de lojas, janelas, portas e varandas de casas particulares que serão “ocupadas” por 12 performances em simultâneo, a decorrerem entre as 16h30 e as 18h00. No percurso entre a Praça de Bocage e A Gráfica, passando pela Rua Arronches Junqueiro, o público é desafiado a ser um espectador/participante.
Dos artistas já confirmados constam: Ana Quintino, André Moniz, Carlota Oliveira, Gruppo di Due, Helena Reis, Joana Bom, Joana Chandelier, Maria Inês Costa, Márcio Pereira, Pedro Luzindro, Tatiana Gomes e o projeto Branco & Cante Alentejano. Ao chegar à Gráfica pode participar no projeto artístico 5 Minutos para te conhecer, com o ilustrador Manu Romeiro.
Ainda na lógica dos projetos participativos, no último dia, encerramos esta edição com o GLUM – Grupo de Limpeza Urbana Musical do Largo Residências, que ao longo de vários meses desafiou os funcionários da Higiene Urbana da Câmara Municipal de Setúbal e comunidade local, a transformar utensílios de limpeza em instrumentos musicais, revelando os mais improváveis artistas e valorizando os trabalhadores de higiene urbana que realizam, no dia-a-dia, um trabalho tão duro e fundamental para cuidar do bairro de cada um de nós.
No decorrer da MAPS, apresentam-se 2 instalações artísticas na Rua Arronches Junqueiro: A.braço.te da Paula Moita e Patrõa e o tempo sob a curadoria da Ghost Creative Productions.
Há ainda lugar a três encontros com a curadoria da FOmE, assentes na importância da programação cultural nos territórios, artivismo, projetos artísticos colaborativos e residências.
Todos os eventos são de entrada livre mediante reserva para maps@mun-setubal.pt
O festival TRANSBORDA - 1ª Mostra Internacional de Artes Performativas de Almada realizar-se-á de 18 a 27 de Junho.
Para a 1ª edição foram convidados oito criadores para apresentar cinco obras: João Fiadeiro e Carolina Campos (Portugal/Brasil), Sofia Dias e Vítor Roriz (Portugal), Eduardo Fukushima (Brasil), Michelle Moura (Brasil/Alemanha) e Jonas & Lander (Portugal).
CALENDÁRIO | APRESENTAÇÕES:
18 JUN | SEXTA | 19H00 | M/6 | 70 MIN
Fórum Municipal Romeu Correia / Auditório Fernando Lopes-Graça
O QUE NÃO ACONTECE | SOFIA DIAS & VÍTOR RORIZ (PT)
18 JUN | SEXTA | 21H00 | M/6 |50 MIN
Casa Municipal da Juventude de Cacilhas / Ponto de Encontro
ÇAVA EXPLOSER | CAROLINA CAMPOS E JOÃO FIADEIRO (BR/PT)
25 JUN | SEXTA | 21H00 | M/6 | 45 MIN
Casa Municipal da Juventude de Cacilhas / Ponto de Encontro
OVERTONGUE | MICHELLE MOURA (BR/DE)
26 JUN | SÁBADO | 16H00/18H00 | M/6 | 35MIN
Fórum Municipal Romeu Correia / Sala Pablo Neruda
COIN OPERATED | JONAS & LANDER (PT)
PROGRAMAÇÃO DIGITAL:
19 A 22 JUN | SÁBADO 21H00 A TERÇA 24H00 | M/6 | 35 MIN
Iniciativa decorre entre 26 e 29 de maio, em formato presencial e online
Está de regresso mais uma edição do Festival Ofélia de Teatro e Artes Performativas da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (ESAD.CR) do Politécnico de Leiria, organizado anualmente pelos estudantes do 2.º ano do curso de Teatro. A edição deste ano é a 10.5, dado não ter sido possível concretizar a 10.ª edição em 2020, devido ao confinamento provocado pela pandemia. O evento arranca na próxima quarta-feira, 26 de maio, e prolonga-se até sábado, dia 29.
O objetivo do Festival Ofélia de Teatro e Artes Performativas é promover o trabalho dos estudantes, assim como fomentar a criação artística intra e inter escolas de artes. Além disso, procura também inovar em conteúdo e forma, explorar toda e qualquer maneira de fazer teatro, atrair um público fiel e colaborar com todos os campos artísticos adjacentes às artes do espetáculo, como luz, som, cenografia, figurino, design, multimédia, gestão e produção cultural, entre outros.
Foram as intercorrências causadas pela pandemia de COVID-19 que suscitaram a temática da edição 10.5: FRAGMENTOS, cada um de nós como partes de um todo. Através das artes performativas, o festival deseja despertar a comunidade para conectar os fragmentos, ora próximos ora distantes, a fim de gerar arte e lembrar o seu valor constante na vida humana. A equipa da organização da edição 10.5 é composta por Ana Teresa Correia, Catarina Brito, Hanne Oliveira, Isabel Santos, Mariana Guerra e Marta Guimarães.
As atividades integradas na programação do evento são gratuitas, abertas ao público e têm lugar tanto nos espaços da ESAD.CR, como em locais da cidade das Caldas da Rainha, nomeadamente o Parque D. Carlos, Céus de Vidro, o Museu Leopoldo de Almeida, o Museu de Cerâmica e o Museu do Hospital Termal. A programação oficial do evento será disponibilizada através das redes sociais do Instagram (@festivalofelia10.5) e Facebook (Festival Ofélia).
Para além dos espetáculos teatrais, performances e a participação das escolas convidadas, como a Universidade do Minho, Universidade de Évora e Escola Superior de Teatro e Cinema, o evento contará com exposições dos estudantes dos outros cursos da ESAD.CR, com trabalhos de desenho, fotografia e pintura, como por exemplo: uma mesa-redonda intitulada "Cenografia Online", via webinar, moderada pelo cenógrafo Henrique Ralheta, com os convidados João Brites, Fernando Ribeiro e Júnior Rodrigues; os workshops presenciais “Ilumina-te”, de som e luz com o técnico superior Daniel Coimbra, e “Improvisação no movimento”, coordenado pelo ator/coreógrafo Miguel Moreira.
O festival prevê ainda a realização de um workshop via webinar, através da plataforma Zoom, intitulado “Interpretando a Canção”, com a cantora e dubladora Kika Tristão e a atriz Karlla Guimarães, numa parceria do Festival Ofélia com a Escola de Artes Faz Assim, escola brasileira especializada em teatro musical.
Tendo em conta o estado atual da cultura, a edição 10.5 decidiu apostar num reforço online, através da transmissão em direto de alguns espetáculos do Festival nas plataformas Youtube e Facebook.
A realização desta edição do Festival Ofélia conta com a colaboração do coletivo artístico LuscoFusco e com o apoio da Junta de Freguesia N. Senhora do Pópulo, Coto e São Gregório, e da Câmara Municipal de Caldas da Rainha.
A TRANSBORDA, Mostra Internacional de Artes Performativas de Almada, inicia a sua primeira edição em Janeiro de 2021. De 23 de Janeiro a 6 de Fevereiro na cidade de Almada.
Num contexto dedicado à criação de ponta contemporânea, à partilha artística e à difusão de obras performativas movidas pelo desejo de experimentação e de exceder fronteiras. A mostra traz à cidade artistas provenientes do Brasil, Portugal e França que experimentam práticas urgentes e inovadoras em dança e noutras artes performativas.
Para a 1ª edição são convidados oito criadores para apresentar cinco obras: João Fiadeiro e Carolina Campos (Portugal/Brasil), Eduardo Fukushima (Brasil), Sofia Dias e Vítor Roriz (Portugal), Vania Vaneau (Brasil/França) e Jonas Lopes e Lander Patrick (Portugal).
Além das ações presenciais, a TRANSBORDA apresenta o projeto “Brasil Sequestrado” com performances concebidas para o formato digital por Eduardo Bonito e Isabel Ferreira, curadores residentes em Madrid. As apresentações foram criadas especialmente para a mostra e contam com a participação de diversos artistas do Brasil. “Brasil Sequestrado” gera contextos de debate e visibilidade em torno à situação de crise cultural, social e política no Brasil, e apoia a produção e a circulação internacional de obras de artistas brasileiros.
A TRANSBORDA propõe também aproximações aos processos criativos dos artistas convidados, em 2021 viabiliza oficinas de criação com os coreógrafos João Fiadeiro e Eduardo Fukushima e conversas mediadas por Ruy Filho, crítico de artes, diretor da revista Antro Positivo (www.antropositivo.com.br).
Temos consciência que esta pandemia afetou (infetou) também o modo como vivemos o Teatro, a Dança, a Música, o Cinema, mas queremos relevar o gesto de insistir em organizar um festival de artes performativas durante duas semanas, com propostas artísticas tão distintas apresentadas em espaços dispersos por boa parte do território sintrense, como um ato de resistência e de amor. Não vamos parar de criar e não vamos deixar de querer marcar encontro regular com os nossos públicos, e, cada vez mais, o MUSCARIUM assinala apenas o início de uma longa temporada do teatromosca e do espaço que, tão afetuosamente, chamamos AMAS.
O Multiplicidades - Festival Internacional de Artes Performativas decorre de 26 de julho a 2 de agosto, na plataforma adjacente à escadaria Júlio Vieira, em Santa Cruz. O evento junta jovens artistas que estudam e desenvolvem as suas criações no curso de intérprete em dança contemporânea Performact.
Este acontecimento escolhe mais uma vez, para a sua segunda edição, a localidade de Santa Cruz, que, para além de servir de palco e inspiração primordial para o evento, oferece a possibilidade de realizar espetáculos ao ar livre, proporcionando uma experiência única e segura.
Com mais de 20 atuações, o Multiplicidades - Festival Internacional de Artes Performativas vai contar com conjuntos de peças com um a três performers em palco, reunindo um conjunto de solos, duetos e trios, bem como materiais de vídeo.