Nobel da Literatura, Mia Couto, Ricardo Araújo Pereira, Frederico Lourenço, Kátia Guerreiro e Dino D'Santiago na 3ª edição do Festival Literário Utopia

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Símbolos da produção artística que consciencializa para os assuntos da liberdade sexual e para as questões que afetam a comunidade LGBTQIA+, João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira procuram explorar o imaginário local para criar novas abordagens para peças novas ou pré-existentes.
"Vale Ferreira: Braga - Nova Iorque" inaugura sexta feira, 31 de outubro, às 18 horas, na ZET em Braga. Estará patente até 10 de janeiro de 2026.
Entre Braga e Nova Iorque cabe toda a Liberdade
da obra de João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira

A inspiração para o nome da exposição, "Vale Ferreira: Braga - Nova Iorque", está na persona e obra de António Variações, amarense que cedo se mudou para Lisboa e se constituiu como um símbolo de liberdade para uma geração que estava a sair de mais de 40 anos de ditadura.
Ao longo de 10 obras em que recorrem a diferentes técnicas e materiais, nomeadamente, instalação sonora, escultura ou pintura, João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira (JPV + NAF) exploram assuntos como a sexualidade, as identidades ou a liberdade.
Na ZET, os artistas partem da obra de António Variação, que esteve na origem do nome da exposição, para mostrarem o seu trabalho sem limites ou barreiras. Para Helena Mendes Pereira, diretora geral e curadora da ZET Galeria de Arte, que descreve os artistas como dos mais influentes e importantes da sua geração, é importante esta ligação das obras a Braga. “No início da década de 1980, durante a gravação do álbum “Anjo da Guarda” nos estúdios da Valentim de Carvalho, o produtor Nuno Rodrigues perguntou-lhe: “António, queres que isto soe como?” António Variações respondeu: “Quero que a minha música seja qualquer coisa entre Nova Iorque e a Sé de Braga", pretendendo descrever a fusão de estilos que procurava na sua música, combinando a sofisticação e a modernidade de Nova Iorque com as raízes e a tradição de Braga. O que o JPV + NAF nos apresentam tem essa caraterística, de partir daqui, de Braga, mas que transporta uma mensagem universal de resistência, de liberdade, de orgulho, que subscrevemos. Os espaços culturais não podem ficar em ‘em cima do muro’, devem ter uma posição política e expressá-la”, defende. Para a curadora, “é uma reflexão sobre os tempos escuros que vivemos e sobre as reminiscências de tudo isto no passado e na construção das inquestionáveis identidades. Aquilo que sabemos hoje é que, também eles, também esta exposição, está algures entre Braga e Nova Iorque e também eles, como António Variações, estão entre as vozes mais ruidosas e pertinentes de uma geração”, comenta.
JPV + NAF destacam o carácter político da sua obra, uma caraterística que os acompanha desde o início da sua obra. “Eu gosto de pensar que somos uma espécie de maratonistas, desde que começámos. Não somos sprinters, nem panfletários, independentemente dos contextos sociais e políticos que atravessámos ou que estamos a viver agora. Tudo o que fazemos é um ato político e, se escolhermos nada ter que ver com a política, isso é também um ato político”, defendem.
A exposição "Vale Ferreira: Braga - Nova Iorque" inaugura dia 31 de outubro, às 18 horas, e estará patente até 10 de janeiro de 2026.

Cenários 2025 é a 4.ª edição do programa de pensamento Cenários, do Teatro Nacional D. Maria II. O evento, de entrada gratuita, terá lugar em Braga, a 27 e 28 de novembro, e é uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II em parceria com a Braga 25 – Capital Portuguesa da Cultura.
A 4.ª edição do programa Cenários, do Teatro Nacional D. Maria II, acontece em Braga, a 27 e 28 de novembro, numa parceria com a Braga 25 – Capital Portuguesa da Cultura. Com entrada gratuita, o Cenários 2025 reúne artistas, pensadores e público em geral, para refletir sobre questões fundamentais para o futuro da arte e da cultura em Portugal, partindo das experiências e aprendizagens proporcionadas pelos projetos Odisseia Nacional (realizado pelo D. Maria II em 2023 e 2024) e Braga 25 – Capital Portuguesa da Cultura.
Em 2023 e 2024, com a Odisseia Nacional, o D. Maria II levou programação artística a mais de 90 municípios do país, num movimento de descentralização cultural que envolveu comunidades, artistas e autarquias através de espetáculos, projetos participativos e dedicados ao público escolar, formação, eventos de pensamento e uma exposição. Por seu turno, ao longo deste ano de 2025, o programa Braga 25 tem promovido o encontro entre a criação artística nacional e as múltiplas possibilidades de ligação com a Europa, valorizando o papel dos artistas e agentes culturais locais na sua construção. A partir do cruzamento das experiências locais e nacionais proporcionadas por ambos os projetos, a edição de 2025 do Cenários propõe refletir sobre os caminhos da cultura em Portugal e o papel da democracia cultural na construção de um futuro mais plural, participado e descentralizado.
O programa do Cenários 2025 inicia-se no dia 27 de novembro, às 10h30, no Pequeno Auditório do Theatro Circo, com uma sessão de abertura que contará com intervenções de Alberto Santos (Secretário de Estado da Cultura), João Rodrigues (Presidente da Câmara Municipal de Braga), Rui Catarino (Presidente do Conselho de Administração do Teatro Nacional D. Maria II) e Joana Fernandes (Conselho de Administração da Faz Cultura). Segue-se o debate Braga Capital Portuguesa, sobre o que fica após uma capital da cultura, com a presença de Cristina Farinha (especialista em políticas culturais), Daniel Pereira e Fernando Ferreira (arquitetos, da Space Transcribers).
Na parte da tarde, o programa continua na BlackBox do gneration, com um debate sobre a Odisseia Nacional, as aprendizagens, transformações, impacto e legado deste projeto, com Cátia Terrinca (diretora artística do UMCOLETIVO), Fátima Alçada (diretora geral e artística das Comédias do Minho), Luís Sousa Ferreira (Adjunto da Direção Artística do Teatro Nacional D. Maria II) e Patrícia Silva Santos (Avaliação e Monitorização, no Teatro Nacional D. Maria II). E ainda um debate sobre o estado da Cultura Nacional, com o objetivo de explorar os desafios, as práticas em vigor, os apoios, o envolvimento dos públicos e as estratégias para fortalecer e dinamizar a criação cultural em Portugal, e intervenções de Ana Feijó da Cunha (Diretora da Fundação ”la Caixa”), Mónica Guerreiro (Diretora Artística do Ponto C) e Sara Barros Leitão (atriz, encenadora e Diretora Artística da Cassandra). O dia terminará no Mercado Municipal de Braga, com uma tertúlia sobre Processos Participativos, com a participação de Catarina Carvalho Gomes (artista), Marta Moreira (Diretora Artística da Plataforma do Pandemónio), Lara Soares e Sandra Barros (artistas e responsáveis pelo Coletivo Burilar).
No dia 28 de novembro, às 9h30, a 4IS - Associação para a inovação social promove um Fórum Jovem, no espaço Multiusos do gneration, onde dezenas de jovens se reunirão em várias mesas redondas, para refletirem sobre a cultura no município de Braga e o futuro da cidade. Também durante a manhã, no Salão Nobre do Theatro Circo, a Associação Social e Cultural PELE ativa um encontro informal entre artistas da Região Norte e agentes culturais nacionais, dedicado à apresentação de ideias e projetos num formato dinâmico e colaborativo, intitulado Criar, Programar, Mediar – Encontro para pensar o fazer cultural.
A parte da tarde será marcada por dois debates, na BlackBox do gneration: Equidade do Território, com Samuel Guimarães (mediador cultural) e Rafaela Santos (cofundadora da Companhia Amarelo Silvestre); e Arte e Tecnologia, com Carincur e João Pedro Fonseca (artistas e Diretores Artísticos da ZABRA - Centro de Investigação de Arte Pós-Humana), Manuel Bogalheiro (investigador e professor universitário) e Tatiana Macedo (artista). Às 18h30, será exibido o documentário Cartografia do Encontro, com realização de Grazie Pacheco e João Afonso Vaz, que acompanhou o projeto Odisseia Nacional, do D. Maria II, durante todo o ano de 2023. A encerrar a programação do Cenários, o Theatro Circo apresenta, no Grande Auditório, o espetáculo A vida secreta dos velhos, de Mohamed El Khatib, às 21h30.
O Cenários 2025 tem entrada gratuita (à exceção do espetáculo A vida secreta dos velhos) e as inscrições já estão abertas, aqui. O evento contará com interpretação em Língua Gestual Portuguesa em todos os debates, na sessão de abertura, na tertúlia e na apresentação que antecede a exibição do documentário.
> Mais informações e programa completo do Cenários 2025 aqui.

IV Congresso da Misericórdia de Braga: Misericórdias e Migrações
3 e 4 de outubro 2025
Hotel Vila Galé Braga
*Entrada livre sujeita a inscrição prévia

INSCRIÇÕES ABERTAS*:
*ATÉ 30 DE SETEMBO
SINOPSE:No ano em que o Palácio do Raio assinala 10 anos de atividade como Centro Interpretativo das Memórias da Misericórdia de Braga, a Santa Casa da Misericórdia organiza o seu quarto congresso, subordinado ao tema Misericórdias e Migrações, um encontro que pretende reunir especialistas e investigadores de renome nesta área do conhecimento, para discutir, partilhar e refletir sobre a importância das Misericórdias nos fluxos migratórios desde que foram fundadas, de que forma os emigrantes contribuíram para o financiamento da atividade social destas instituições e ainda qual o seu papel no apoio aos viajantes e peregrinos desde finais do século XV.
Se, por um lado, davam corpo à obra de misericórdia “Dar pousada aos peregrinos”, revelando-se, desde a sua fundação, um local seguro e de confiança onde o viajante e o peregrino podiam encontrar repouso, cuidando do corpo e da alma, por outro lado, os legados dos emigrantes (quer do Oriente, quer mais tarde do Brasil) foram muito importantes para apoiar a atividade social das Santas Casas, sobretudo ao longo da Idade Moderna. Normalmente quando tinham programas de obras em curso ou pretendiam efetuar compras de grande valor, ou mesmo quando as despesas superavam as receitas, principalmente nos hospitais, recorriam aos emigrantes que as conheciam para realizar peditórios. Numa altura em que as comunicações eram morosas, em que a maioria da população era iletrada e em que as notícias de familiares emigrantes tardavam ou nunca chegavam, a função assumida pelas Misericórdias como interlocutoras destas pessoas era fundamental e entendida também como atos de caridade.
A conferência inaugural vai ser proferida por António Vitorino, Presidente do Conselho Nacional para as Migrações e Asilo, e a Mesa Redonda do último painel vai-nos permitir olhar para o fenómeno migratório na atualidade, refletindo sobre as suas implicações na sociedade hodierna.
Organização:
Santa Casa da Misericórdia de Braga
Laboratório de Paisagens, Património e Território (Universidade do Minho)
IN2PAST - Centro em Rede de Investigação em Antropologia
Fundação para a Ciência e a Tecnologia - FCT
Apoio:
Departamento de História da Universidade do Minho

Até 24 de agosto, a “Bragalândia” está de regresso ao Braga Parque e decorre pela primeira vez na Escadaria Central. A feira, que já se tornou uma tradição de verão, regressa com os jogos habituais e estreia este ano um carrossel mágico.
Esta dinâmica conta com cabines de jogos tradicionais (Quatro em Linha, Atira o Saco, Batak, Labirinto Elétrico e “Duck Hunt”) e, como novidade deste verão, tem ainda disponível um carrossel colorido, para adultos e crianças (com idade superior a 3 anos), que promete ser um excelente programa de férias entre amigos e família.
Com entrada livre e horário diário das 12h às 22h, a “Bragalândia” reforça a aposta do Braga Parque em criar experiências diferentes para quem visita o shopping.
Este fim de semana, o Nova Arcada abre portas a 90 músicos entre os 12 e os 15 anos que vão apresentar um repertório vibrante e diversificado.

O Nova Arcada recebe este sábado, 5 de julho, às 17h30, na Praça Central, a apresentação da Orquestra Sinfónica do 3.º Ciclo da Escola Artística Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga. Composta por 90 jovens músicos, com idades entre os 12 e os 15 anos, este momento oferece uma oportunidade única para apreciar o talento emergente local.
Com duração de uma hora, o concerto promete envolver o público numa viagem musical rica e diversificada. O repertório inclui temas cativantes como “A Pirate's Legend”, “Bacchanale”, “Four Scottish Dances”, além de uma versão orquestrada do emblemático tema do filme Jurassic Park, entre outras peças.
Esta iniciativa, com entrada livre, reflete o compromisso do Nova Arcada em apoiar e promover a cultura e os artistas locais, oferecendo momentos especiais de música ao vivo para todos.
Agenda
Data: 5 de julho
Hora: 17h30
Local: Braga, Nova Arcada, Praça Central
Entrada: gratuita
No Braga Parque, de 27 de maio a 26 de junho

O Braga Parque prepara-se para receber a instalação artística Rainlight, da artista holandesa Irma de Vries (Studio Irma), que estará pela primeira vez no norte de Portugal e poderá ser visitada entre 27 de maio e 26 de junho. A entrada é livre para os utilizadores da aplicação gratuita do shoppinge estará acessível no piso 1, na Praça Central, de segunda a sexta-feira, das 15h às 22h, e aos fins de semana e feriados, das 12h às 22h.
Esta é uma instalação de arte que transporta o público para um universo sensorial onde luz, cor e ciência se unem para despertar felicidade e bem-estar. Inspirada no fenómeno natural da chuva e nos seus efeitos positivos sobre a mente humana, Rainlight proporciona uma impactante experiência visual e sonora.
Esta criação, composta por milhares de luzes suspensas que simulam gotas de chuva brilhantes, envolve o público numa dança de cores e reflexos. Cada passo dentro do espaço é uma imersão numa paisagem etérea, onde o brilho da chuva ganha vida em padrões dinâmicos e vibrantes.
Os visitantes do Braga Parque podem agora viver esta experiência imersiva altamente instagramável, que alia tecnologia, arte e emoção, oferecendo um refúgio sensorial perfeito para quem procura um programa diferente.

Para assinalar o Dia da Criança, o Braga Parque preparou um fim de semana inteiramente dedicado às famílias, com dois dias de espetáculos infantis gratuitos. A 31 de maio e 1 de junho, a Escadaria Central do shopping será palco de atuações muito especiais com duas das personagens mais acarinhadas pelos mais pequenos: Bluey e CoComelon.
No sábado, a animação fica a cargo de Bluey, a cadelinha australiana de seis anos, Blue Heeler, que adora transformar a vida quotidiana em grandes aventuras. Ao lado da irmã Bingo, Bluey mostra como o brincar é essencial no crescimento emocional, físico e social das crianças. As sessões realizam-se às 11h30 e às 15h.
No Dia da Criança, no domingo, é a vez de CoComelon subir ao palco. O popular programa educativo que acompanha o bebé J.J. e os seus irmãos em aprendizagens diárias promete encantar o público infantil com duas apresentações, também às 11h30 e 15h.
Em ambos os dias, cada sessão dos espetáculos será de cerca de 30 minutos.
Com um programa pensado especialmente para o público infantil, o Braga Parque convida todas as famílias a celebrar esta ocasião de forma divertida e memorável, num fim de semana cheio de animação.

Com a inauguração da exposição “Amor, Cor, Tradição”, o Tesouro-Museu da Sé de Braga, pretende homenagear e recordar a vida e a obra da artista plástica Margarida Costa, natural de Braga, nascida a 1 de julho de 1954, e falecida a 10 de maio de 2024.
Licenciada em Pintura pela Escola Superior de Belas-Artes do Porto, Margarida Costa distinguiu-se por um percurso artístico singular, explorando com mestria diversas técnicas: escultura, vitral, azulejaria, tapeçaria, pintura, fotografia e cerâmica.
Dotada de um talento invulgar, dedicou grande parte da sua vida à promoção e divulgação das tradições e da cultura bracarense, contribuindo de forma marcante para o património artístico da cidade.
Na abertura da exposição o Cón. José Paulo Abreu, Director do Tesouro-Museu da Sé de Braga, referiu que com esta iniciativa “quisemos fazer memória, significando isso, trazer para o presente quanto não aceitamos fique enterrado no passado. Pelo talento, pelo contributo que deu à cultura, à arte, à beleza, ao nosso país e a Braga, a Margarida Costa está viva, merece a nossa gratidão e a memória que lhe fazemos”.
O Cónego José Paulo ainda acrescentou que “pela via da beleza chegamos ao belo. Ficou o desejo de que a artista, tendo entapetado a via da beleza, contempla agora, em eternidade, o infinitamente belo”.
A obra da Margarida Costa reflete um profundo amor por Braga — a sua terra natal — cujas cores, formas e símbolos reencontrou e reinventou em cada peça que criou, deixando um legado de criatividade, dedicação e serviço à comunidade.
Na exposição temporária, patente no Tesouro-Museu da Sé de Braga de 9 de maio a 31 de agosto, estão reunidas esculturas que refletem o universo criativo da artista plástica, com especial destaque para a representação de animais — uma temática recorrente e particularmente apreciada no seu percurso artístico —, figuras históricas e motivos ligados às tradições de Braga. O elemento que mais se destaca no conjunto das obras é, sem dúvida, o uso expressivo e vibrante da cor.
A exposição poderá ser visitada de Segunda-feira a Domingo, entre as 09h30-13h00 e as 14h30-18h00. O acesso é feito pela Rua D. Diogo de Sousa, nº 114-120.