Gérald Bloncourt: o fotógrafo da emigração portuguesa homenageado no Porto
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Realiza-se a 9 de novembro, no Auditório do Convento do Espírito Santo, a Conferência Municipal “Cultura Loulé 2024”, evento que faz parte das ações previstas na elaboração do Plano Estratégico Municipal de Cultura que a Autarquia de Loulé está a desenvolver, com a colaboração da Universidade do Minho.
Pretende-se que este seja um espaço aberto, democrático e paritário, proporcionando uma ampla participação social no processo de diagnóstico da conjuntura cultural do território, o que permitirá a produção de um documento colaborativo que será tido em conta na elaboração do Plano.
A conferência desenvolve-se ao longo de todo o dia: de manhã e de tarde serão dinamizados quatro grupos de trabalho que irão debater quatro temáticas: “Cultura Loulé 2034”, “Cidadania Cultural”, “Dinâmicas culturais municipais na última década” e “Transectorialidade da Cultura”.
Ao final da tarde, haverá uma sessão plenária, com todos os participantes nos grupos de trabalho e aberta a todos os interessados, onde será realizada a apresentação, discussão e comentários ao trabalho desenvolvido.
As conclusões do trabalho desenvolvido neste evento serão compiladas no documento online “Contributos da Conferência Municipal Cultura Loulé 2024 para o Plano Estratégico Cultura Loulé 2034”, que servirá de base na elaboração do documento final.
Este evento pretende, assim, convocar a comunidade para participar ativamente neste do projeto. Por outro lado, o objetivo é auscultar a população e todos os agentes envolvidos sobre as dinâmicas culturais municipais, e recolher dados no âmbito da produção do diagnóstico que servirá de base do Plano.
O Município de Loulé quer, deste modo, empoderar os participantes para um envolvimento qualificado no processo participativo de elaboração do Plano, sensibilizando a comunidade para a importância do mesmo.
Quem quiser participar nos grupos de trabalho desta conferência deverá fazer a sua inscrição através do link https://bit.ly/CMCultura_Loulé2024
Os interessados em enviar ideias e sugestões poderão fazê-lo na caixa de sugestões online https://tinyurl.com/44pf4nra ou através dos postais que irão começar a estar disponíveis na próxima semana nos equipamentos culturais do Município, Juntas de Freguesia e sede da Autarquia.
Recorde-se que, desde agosto de 2024, uma equipa multidisciplinar do Observatório de Políticas de Ciência, Comunicação e Cultura do Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade da Universidade do Minho está a implementar, em colaboração com o Município de Loulé, o projeto “Dinâmicas Culturais de Loulé em 2024: Envolvimento das comunidades no processo de elaboração participada do Plano Estratégico Municipal Cultura Loulé 2034”. O momento de arranque aconteceu a 12 de setembro, numa sessão também aberta à comunidade.
O programa “Abril para Já!”, comemorativo dos 50 Anos do 25 de Abril no Concelho de Palmela, terá um dos seus momentos altos com a realização da Conferência “As Portas que Abril Abriu” nos dias 23 e 24 de outubro, no Cine-Teatro S. João e Escola Secundária , em Palmela.
O evento, representa o culminar de uma reflexão sobre os ideais de Abril, presentes e debatidos ao longo das comemorações. Constituída por quatro painéis – “Resistir”, “As Portas que Abril Abriu”, “Valeu a pena!” e “Utopia” – esta conferência abordará, entre outras questões, a vida em Portugal e no concelho, durante a ditadura e a memória de um tempo de profunda transformação e participação, com o relato de protagonistas e de quem viveu esse período.
Esta iniciativa, de entrada livre, possibilitará, também, uma reflexão profunda sobre liberdade, democracia e princípios constitucionais e dará voz às/aos jovens, com um painel que lhes será totalmente dedicado.
Paralelamente, no dia 23 de outubro, às 18h00, o Cine-Teatro S. João receberá a Mesa Redonda “A Comunicação Social na Defesa da Democracia e da Liberdade”, que permitirá uma reflexão alargada sobre o papel da comunicação social na resistência, na formação da democracia, a comunicação social local e os novos desafios.
Só com memória se pode compreender e viver o presente. A preocupação com esta mesma memória, a necessidade de debater o presente e o futuro foram generalizadamente expressas pelos membros da Comissão de Honra das comemorações do 25 de Abril. Esta Conferência pretende responder a esse desafio, dando a conhecer mais sobre a vida no país e, em particular, no concelho, antes de Abril; (re)conhecer as grandes mudanças que decorreram da Revolução e do combate ao fascismo; identificar práticas de participação e mobilização da sociedade civil, na implementação do Estado Democrático; estimular e fazer o debate sobre as grandes conquistas constitucionais, fundadoras do estado democrático, no contexto atual.
Saiba mais sobre o programa da Conferência “As Portas que Abril Abriu” brevemente, em www.cm-palmela.pt
O programa das comemorações - que prossegue até dezembro, com Música, Teatro, Cinema, Exposições, Encontros e Literatura - é promovido pelo Município de Palmela com os parceiros locais e enquadra-se no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 16 - Paz, Justiça e Instituições Eficazes.
Consulte a programação completa no site Palmela Município.
O programa “Abril para Já!”, comemorativo dos 50 Anos do 25 de Abril no Concelho de Palmela, terá um dos seus momentos altos com a realização da Conferência “Portas que Abril Abriu” nos dias 23 e 24 de outubro, no Cine-Teatro S. João e Escola Secundária , em Palmela.
O evento representa o culminar de uma reflexão sobre os ideais de Abril, presentes e debatidos ao longo das comemorações. Constituída por quatro painéis – “Resistir”, “ Portas que Abril Abriu – Como se construiu a democracia”, “Valeu a Pena? Valeu a pena!” e “Utopia – Que Utopia?” – esta conferência abordará, entre outras questões, a vida em Portugale no concelho, durante a ditadura e a memória de um tempo de profunda transformação e participação, com o relato de protagonistas e de quem viveu esse período.
Esta iniciativa, de entrada livre, possibilitará, também, uma reflexão profunda sobre liberdade, democracia e princípios constitucionais e dará voz às/aos jovens, com um painel que lhes será totalmente dedicado.
Paralelamente, no dia 23 de outubro, às 18h00, o Cine-Teatro S. João receberá a Mesa Redonda “A Comunicação Social na Defesa da Democracia e da Liberdade”, que permitirá uma reflexão alargada sobre o papel da comunicação social na resistência, na formação da democracia, a comunicação social local e os novos desafios.
A Conferência “Portas que Abril Abriu” encerra, dia 24 de outubro, às 21h30, no Cine-Teatro S. João, em Palmela, com o espetáculo musical “Anónimos de Abril”, com Rogério Charraz, Joana Alegre, José Fialho Gouveia e João Afonso.
Só com memória se pode compreender e viver o presente. A preocupação com esta mesma memória, a necessidade de debater o presente e o futuro foram generalizadamente expressas pelos membros da Comissão de Honra das comemorações do 25 de Abril. Esta Conferência pretende responder a esse desafio, dando a conhecer mais sobre a vida no país e, em particular, no concelho, antes de Abril; (re)conhecer as grandes mudanças que decorreram da Revolução e do combate ao fascismo; identificar práticas de participação e mobilização da sociedade civil, na implementação do Estado Democrático; estimular e fazer o debate sobre as grandes conquistas constitucionais, fundadoras do estado democrático, no contexto atual.
O programa das comemorações - que prossegue até dezembro, com Música, Teatro, Cinema, Exposições, Encontros e Literatura - é promovido pelo Município de Palmela com os parceiros locais e enquadra-se no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 16 - Paz, Justiça e Instituições Eficazes.
Saiba mais sobre o programa da Conferência “Portas que Abril Abriu” aqui. Consulte a programação completa no site Palmela Município.
Programa:
Dia 23 de outubro
Cine-teatro S. João, Palmela
9h00
Receção
9h40
Abertura
Álvaro Balseiro Amaro
Presidente da Câmara Municipal de Palmela
10h00
Painel 1 - Resistir
Como se vivia e resistia antes do 25 de Abril?
Como era a vida no campo, no trabalho, na ferrovia, em casa? Como viviam as/os jovens
sem liberdade e com o espetro da guerra?
Como se “fazia” cultura, como se comunicava?
Como se resistia? Este painel pretende lembrar como se vivia em Portugal e no concelho durante a ditadura, a partir dos testemunhos de quem viveu na época ou conviveu e estudou esse período.
Moderação
Advogado, Autarca e Preso Político
Investigador em História Local
Participação
Operária, Autarca e Dirigente Sindical
Professor e Ex-Padre
Cantor
Sociólogo e Professor
Ferroviário e Sindicalista
11h15
Pausa
11h30
Debate
12h30
Almoço livre
14h30
Painel 2 - Portas que Abril Abriu
Como se construiu a democracia?
Como foi a experiência da implementação da democracia?
A reforma agrária, o imperativo de alfabetizar, o serviço cívico,
as ocupações, o poder popular, a “dinamização cultural” e a
mudança institucional do poder. O Painel 2 procura partilhar
a memória de um tempo de profunda transformação,
participação e emoção.
Moderação
Ex-autarca e Professora
Militar de Abril
Participação
1.º Presidente da Câmara Municipal de Palmela (em democracia)
Diretor Artístico do Teatro O Bando e Exilado Político
Fundador Coopinhal
Dirigente Associativo e Dinamizador da Alfabetização de Adultos
Ex-autarca e Dirigente Associativo
Ex-autarca e membro da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género
Dirigente Associativo e de Comissão de Moradores
16h30
Pausa
16h45
Debate
18h00
Mesa Redonda - A Comunicação Social na Defesa
da Democracia e da Liberdade
O papel da comunicação social na resistência e na formação da democracia, a questão específica da comunicação social local [o fenómeno das rádios locais, imprensa local - o que tivemos e (não) temos], os novos desafios da comunicação social: informação versus espetáculo, verdade e manipulação, comunicação social/redes sociais. A comunicação social teve, e continua a ter, um papel preponderante na leitura, interpretação e partilha de informação sobre o mundo.
Neste painel, procura-se, a partir do relato e debate das/os participantes, falar desse papel ao longo do tempo. Como foi comunicar em contexto de censura, como foi o advento da liberdade e o que fazemos hoje com essa liberdade quando
o mundo inteiro está ao alcance de qualquer um/a (aparentemente).
Moderação
Jornalista e Diretor de Informação Rádio do grupo RTP
Participação
Jornalista e Investigador
Jornalista
Jornalista da New In Setúbal (New In Town)
Jornalista, Diretor do jornal O Setubalense e da Popular FM e Diretor da Associação Portuguesa da Imprensa
Dia 24 de outubro
Cine-Teatro S. João, Palmela
9h30
Painel 3 - Valeu a Pena?
Valeu a Pena!
A possibilidade de fazer este evento responde a essa pergunta. Mas como é agora a nossa liberdade? E a democracia? O exercício da democracia e as novas formas de participação, o papel dos partidos hoje, o trabalho, as novas formas de exploração e o papel dos sindicatos, a liberdade de expressão, o desenvolvimento económico, a paz e a guerra. 50 anos depois do 25 de Abril o mundo mudou. Mas, na mudança, o que foi e é efetivo progresso? Como estamos hoje em relação aos nossos princípios constitucionais?
Moderação
Autarca e Socióloga
Ex-autarca e Secretária Geral da Associação de Municípios da Região de Setúbal
Participação
Vice-Presidente do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa
Jornalista
Advogada
11h00
Pausa
11h15
Debate
12h30
Almoço livre
Escola Secundária de Palmela
14h30
Painel 4 - Utopia
Que Utopia?
O 25 de Abril é uma lição de entrega generosa do poder às pessoas. É um exemplo de confiança na capacidade de cada geração sonhar, discutir e construir esses sonhos.
De fazer tudo de novo. De questionar. De ter as suas referências e as suas utopias. O 25 de Abril de 74 é, por definição, juvenil, no sentido em que foi irreverência, resistência ao status quo, criação.
Com este painel, pretende-se dar a voz às/aos jovens.
Sem paternalismos. Com atenção.
Moderação e participação
Associação All Aboard
Associação Inspira Atitude
Ex-Presidente da Associação de Estudantes da Escola Secundária de Pinhal Novo
16h30
Encerramento
Cine-Teatro S. João, Palmela
21h30
Anónimos de Abril
Espetáculo musical com Rogério Charraz, Joana Alegre, José Fialho Gouveia e João Afonso
Entrada gratuita mediante levantamento de bilhete.
As referências profissionais e institucionais de cada participante referem-se a ocupações passadas e presentes, relevantes para a conferência. Não aludem à rica biografia de cada um/a.
O programa “Abril para Já!”, comemorativo dos 50 Anos do 25 de Abril no Concelho de Palmela, terá um dos seus momentos altos com a realização da Conferência “ Portas que Abril Abriu” nos dias 23 e 24 de outubro, no Cine-Teatro S. João e Escola Secundária , em Palmela.
O evento representa o culminar de uma reflexão sobre os ideais de Abril, presentes e debatidos ao longo das comemorações. Constituída por quatro painéis – “Resistir”, “As Portas que Abril Abriu”, “Valeu a pena!” e “Utopia” – esta conferência abordará, entre outras questões, a vida em Portugale no concelho, durante a ditadura e a memória de um tempo de profunda transformação e participação, com o relato de protagonistas e de quem viveu esse período.
Esta iniciativa, de entrada livre, possibilitará, também, uma reflexão profunda sobre liberdade, democracia e princípios constitucionais e dará voz às/aos jovens, com um painel que lhes será totalmente dedicado.
Paralelamente, no dia 23 de outubro, às 18h00, o Cine-Teatro S. João receberá a Mesa Redonda “A Comunicação Social na Defesa da Democracia e da Liberdade”, que permitirá uma reflexão alargada sobre o papel da comunicação social na resistência, na formação da democracia, a comunicação social local e os novos desafios.
Só com memória se pode compreender e viver o presente. A preocupação com esta mesma memória, a necessidade de debater o presente e o futuro foram generalizadamente expressas pelos membros da Comissão de Honra das comemorações do 25 de Abril. Esta Conferência pretende responder a esse desafio, dando a conhecer mais sobre a vida no país e, em particular, no concelho, antes de Abril; (re)conhecer as grandes mudanças que decorreram da Revolução e do combate ao fascismo; identificar práticas de participação e mobilização da sociedade civil, na implementação do Estado Democrático; estimular e fazer o debate sobre as grandes conquistas constitucionais, fundadoras do estado democrático, no contexto atual.
Saiba mais sobre o programa da Conferência “ Portas que Abril Abriu” brevemente, em www.cm-palmela.pt
O programa das comemorações - que prossegue até dezembro, com Música, Teatro, Cinema, Exposições, Encontros e Literatura - é promovido pelo Município de Palmela com os parceiros locais e enquadra-se no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 16 - Paz, Justiça e Instituições Eficazes.
Consulte a programação completa no site Palmela Município
Vai ter lugar no dia 19 de outubro, pelas 15h00, no Arquivo Municipal de Loulé Professor Joaquim Romero Magalhães, mais uma conferência “LOULÉ na linha do tempo”. "Traços da vida em Loulé no século XX: geografia, atividades e património" é o tema apresentado por Paulo Batista
Esta apresentação propõe uma viagem pelo século XX, com o objetivo de compreender a evolução do município nesse período, no que respeita à sua geografia e património cultural (imaterial, móvel e imóvel), que urge preservar e valorizar.
Da variedade das paisagens, da costa ao barrocal, da serra às falésias, das zonas agrícolas ao mar, assim como dos seus habitantes e atividades económicas, onde - a par da pesca artesanal e da agricultura de pequena dimensão - o turismo assume amplo destaque, mas também das tradições e expressões artísticas, da arquitetura, monumentos e sítios.
Paulo Batista é investigador integrado do CIDEHUS.UÉ, onde coordena o Grupo de Investigação Património(s) e Literacias. É professor da Universidade Autónoma de Lisboa, onde coordena as pós-graduações em Arquivos de Arquitetura e em Promoção e Dinamização Cultural e Educativa em Arquivos e Bibliotecas. É técnico superior no Arquivo Municipal de Lisboa. É ainda Académico Correspondente da Academia Portuguesa da História.
Âmbito Cultural
Ricardo Belo de Morais, escritor e investigador literário, regressa após o ciclo “Fernando Pessoa e os Centenaristas” (Eugénio de Andrade, Natália Correia, Eduardo Lorenço, António Quadros e Mário Cesariny) às iniciativas do âmbito cultural do El Corte Inglés de Lisboa e Gaia, com a Conferência “Vasco da Gama em Pessoa”, no dia 16 de outubro pelas 18h30 (piso 6).
No âmbito dos 500 anos da morte de Vasco da Gama e no 90º aniversário da publicação da primeira edição de Mensagem, o investigador pessoano faz uma abordagem original e análise do único livro em português que Fernando Pessoa editou em vida.
Mais informações em anexo:
Conferência “Vasco da Gama em Pessoa”, por Ricardo Belo de Morais - 16 de outubro pelas 18h30, na Sala de Âmbito Cultural do El Corte Inglés de Lisboa.
A entrada é gratuita e sujeita a pré-inscrição (lotação esgotada): https://ambito-cultural.elcorteingles.pt/agendas/conferencia-vasco-da-gama-em-pessoa-por-ricardo-belo-de-morais/
Notas ao editor:
Ricardo Belo de Morais, escritor e investigador literário, formou-se em Direito na Universidade de Lisboa e em Ciências da Comunicação na Universidade Nova. É membro da equipa da Casa Fernando Pessoa desde 2012. Publicou ensaios literários e livros sobre Fernando Pessoa, estreou uma peça teatral baseada no Livro do Desassossego e assinou a curadoria do festival Desassossego em Pessoa. É autor e intérprete da performance Fernando Quase em Pessoa. Realiza e apresenta, há sete anos, o único programa pessoano semanal do mundo, “Fernando Pessoa Para Todas as Pessoas”, na Rádio Movimento.
No âmbito do V Encontro Científico Anual do Observatório para as Condições de Trabalho e Vida, que irá decorrer pelo quinto ano consecutivo em Loulé, a Casa do Meio Dia recebe, no dia 5 de setembro, pelas 19h00, uma conferência proferida por um dos elementos que constituem a direção deste Observatório. Duarte Rolo irá falar sobre a atualidade dos “Aspetos do novo radicalismo de direita”, obra do filósofo Theodor Adorno.
“Nos últimos anos, temos assistido com perplexidade e consternação à ascensão de líderes e movimentos políticos autoritários em diversos países. O sucesso destes movimentos - por vezes descritos como de extrema-direita, fascistas, neofascistas ou populistas, consoante os autores - recorda-nos episódios negros da nossa história que julgávamos ultrapassados. Em vez da indignação estéril face à ascensão destas forças reacionárias, importa procurarmos entender a sua emergência e o seu poder de sedução. Nos nossos esforços para compreender o funcionamento destes movimentos políticos, podemos inspirar-nos nos nossos antecessores. Foi precisamente isso que escolhi fazer para esta conferência, resgatando para a posteridade um texto tão curto quanto incisivo do filósofo alemão Theodor Adorno, cuja publicação passou relativamente desapercebida em Portugal. Proponho-me, durante o tempo desta palestra, revisitar este texto, destacando os elementos-chave da análise de Adorno. Elementos que, parece-me, constituem outros tantos recursos para podermos pensar o que está a acontecer no nosso próprio contexto político.», explica Duarte Rolo.
Duarte Rolo é psicólogo clínico e do trabalho, doutorado em psicodinâmica do trabalho pelo Conservatoire National des Arts et Métiers (paris, França). Foi Professor Associado na Université Paris Cité e é atualmente investigador integrado no ISCTE e Professor convidado no Instituto Piaget de Almada. É membro da direção do Observatório das Condições de Vida e de Trabalho.
O Observatório para as Condições de Vida e Trabalho é um projeto transdisciplinar que agrega investigadores de diferentes áreas do conhecimento e instituições, com o objetivo de estudar o trabalho, a saúde, a educação, a habitação, o estado social, a segurança social e a dinâmica de populações. É uma parceria de investigação entre as Universidades Nova de Lisboa, Instituto Superior Técnico e Université de Paris.
CONFERÊNCIA | 16 jul. '24 | 10h30-12h30 | Auditório | Entrada livre
Resumo
Pilar da alimentação em inúmeras sociedades não europeias e ingrediente central de pratos regionais como o risoto no norte de Itália, o arroz tem significados culturais e históricos diversos. O momento exato da sua introdução em Itália permanece, todavia, em aberto.
A análise deste período oferece-nos uma perspetiva sobre o processo de integração de novas culturas, tanto nas dietas quanto na imaginação cultural.
Esta palestra aborda as respostas socioeconómicas, culturais, tecnocientíficas e médicas à expansão dos cultivos de arroz no norte de Itália entre os séculos XVI e final do XVIII. Conjugando a história dos saberes científicos e a história ambiental, refletirá sobre a forma como o arroz foi apropriado por vários atores e sobre como essas apropriações se entrelaçaram com construções diversas da paisagem e do ambiente material.
Reunindo narrativas sobre o cultivo de arroz e as novas paisagens formadas pelo arroz, juntamente com os debates sobre o desenvolvimento de infraestruturas e de sistemas de conhecimento, delinear-se-á uma atenção cronológica à interação entre humanos e os seus ambientes, centrada na evolução de práticas hidráulicas, avanços científicos, entendimentos médicos e ideologias político-económicas em momentos históricos sucessivos.
A palestra destacará ainda os modos como os recursos naturais foram pensados no período moderno, estabelecendo conexões com os debates contemporâneos sobre o Antropoceno e as agências não-humanas.
Sobre a autora
Lavinia Maddaluno é investigadora em História Moderna no Departamento de Humanidades da Universidade Ca' Foscari de Veneza.
Historiadora da ciência interessada nos nexos entre humanos, natureza e economia na Europa do período moderno, tem publicado sobre práticas hidráulicas em Marselha durante o mercantilismo de Colbert, a produção de azeite em Roma no século XVIII, e a saúde pública na Milão renascentista.
Lavinia acaba de concluir a sua primeira monografia, intitulada Science and Political Economy in Enlightened Milan (1760-1805), que será publicada pela Voltaire Foundation no outono de 2024. Recebeu várias bolsas após o doutoramento (realizado em Cambridge, Reino Unido, 2018): foi Rome Fellow na British School at Rome, Max Weber Fellow no Instituto Universitário Europeu e Warburg/I Tatti Fellow em História da Ciência.
Recentemente, Lavinia ganhou uma bolsa Atlas, financiada conjuntamente pela Fondation Maison des Sciences de l'Homme e pela Fondazione Einaudi, para trabalhar num novo projeto sobre redes de conhecimento relativas ao arroz entre a França e a Itália no Iluminismo.
Organizador: Miguel Carmo
O IHC é financiado por fundos nacionais através da FCT — Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I.P., no âmbito dos projetos UIDB/04209/2020, UIDP/04209/2020 e LA/P/0132/2020 (DOI 10.54499/LA/P/0132/2020)
As margens da liberdade
22 de junho / 15h
CCB
(Praça do Império, Lisboa)
Gratuito
Em momentos de cerceamento da liberdade, o ser humano foi reagindo aos limites que lhe eram impostos. Dessa forma, criaram-se momentos e espaços em que a experiência individual e coletiva soube alargar as imposições que cada instante histórico e os seus lugares iam condicionando.
Mais informações aqui.