“Os sinais dos expostos de Loulé: do século XIX ao início do século XX” é o nome da conferência “LOULÉ na linha do tempo”, apresentada por Maria José Reis, no próximo sábado, 27 de maio, pelas 15h00, no Arquivo Municipal de Loulé “Professor Joaquim Romero Magalhães”.
Ao longo da história sempre se abandonaram crianças. Face ao abandono nas ruas, à porta de particulares e das igrejas onde as crianças ficavam sujeitas ao tempo, ao ataque de animais, por exemplo, Pina Manique determinou a criação das Rodas em todos os municípios do país. Isto é, transferia-se a responsabilidade da criação dessas crianças para o Estado e procurava-se que a sua sobrevivência fosse um fator de desenvolvimento do país.
Algumas destas crianças, no momento do abandono, eram portadoras de um sinal cujo objetivo era individualizá-las das restantes e servir de prova num futuro resgate.
Como Loulé vivenciou esta realidade? É a resposta a esta questão que Maria José Reis irá dar nesta conferência.
Maria José Reis é licenciada em História, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, e mestre em História dos séculos XIX e XX, pela Faculdade de Ciências Socias e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É doutorada em História na área do Poder e Sociedade do PIUDH - Programa Interuniversitário de Doutoramento.
Professora do Ensino Secundário durante 42 anos, é autora de vários artigos de história local ou relacionados com os expostos.
Organização: Garagem Sul/Centro de Arquitetura, em parceria com DINÂMIA’CET-ISCTE
Abertura:
FILIPA ROSETA,Vereadora da Habitação, Desenvolvimento e Obras Municipais,
Câmara Municipal de Lisboa
Participantes:
MARCO ALLEGRA,Investigador, ICS-ULisboa
GONÇALO ANTUNES,Geógrafo, NOVA FCSH
NUNO VALENTIM,Arquiteto
PAULO TORMENTA PINTO,Arquiteto
Moderação:
MARTA SEQUEIRA,Curadora da exposiçãoHabitar Lisboa
CCB . 10 maio . quarta-feira . 18h00 . Foyer do Grande Auditório . entrada livre
Celebra-se em 2023 o trigésimo aniversário do programa de habitação pública de maior envergadura realizado em Portugal depois do 25 de Abril de 1974: o Programa Especial de Realojamento (PER). Desenhado com o objetivo de erradicar as barracas nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e de realojar os seus moradores em habitações municipais, teve um forte impacto na geografia humana dos dois maiores centros metropolitanos do país. Este programa tem vindo a realojar, desde 1993, cerca de 45 000 famílias.
Se por um lado, o programa não está concluído, tendo-se detetado que estão ainda por realojar cerca de 7000 famílias, importa agora debater a situação presente dos bairros edificados ao abrigo do PER mas, sobretudo, o seu futuro.
Desde 2014, o preço das casas em Portugal tem vindo a subir mais de 6% por ano. Lisboa foi o município mais afetado do país, contagiando os concelhos em redor e empurrando os seus habitantes para fora do centro.
A partir do caso concreto de Lisboa, esta exposição de arquitetura—com curadoria de Marta Sequeira, que será apresentada entre Outubro de 2023 e Fevereiro de 2024 na Garagem Sul/ Centro de Arquitetura—constitui-se como um espaço de reflexão, contribuindo para a discussão sobre o modo como poderão ser concretizadas as propostas de arquitetura que poderão vir a colmatar o problema.
Nesta exposição procura-se apresentar o estado da arte da arquitetura produzida através de políticas públicas de habitação em Lisboa ao longo de 50 anos de democracia, bem como tornar visível a situação atual da habitação na cidade e apresentar desígnios para o futuro, conjugando ideias e propostas de profissionais de várias áreas—da Economia, da Sociologia, da Geografia, da Paisagem e, sobretudo, da Arquitetura.
Esta exposição é uma plataforma de pensamento, sendo precedida e acompanhada por um programa de conferências e debates organizado pela Garagem Sul do CCB, em parceria com o DINÂMIA’CET–ISCTE, que alimentará a discussão.
As duas primeiras sessões antecedem a exposição, sendo que a primeira teve lugar no dia 19 de Abril e a segunda irá ter lugar no dia 10 de maio, no CCB.
Cumprem-se neste ano letivo 25 anos sobre o lançamento em Portugal da primeira licenciatura em Tradução e Interpretação de Língua Gestual Portuguesa (TILGP), pela Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal (ESE/IPS), iniciativa pioneira que será comemorada através de uma conferência, agendada para dia 21 de abril, em torno do tema “Arte e Cultura Surda".
O evento, que decorre no auditório da ESE/IPS ao longo de todo o dia, conta com a participação de vários artistas da comunidade surda portuguesa que têm ganho destaque nas áreas do teatro, artes plásticas, poesia e música e que dinamizarão vários momentos de partilha de testemunhos e de debate.
Sendo um evento de celebração, mas também de balanço do trabalho feito, o programa abre com o painel “O impacto da criação do curso TILGP”, numa reflexão em que participam Pedro Costa, presidente da Federação Portuguesa das Associações de Surdos, Pedro Mourão, presidente da Associação Portuguesa de Surdos, e Adriana Campos, vice-presidente da Associação Nacional e Profissional da Interpretação – Língua Gestual.
O encerramento dos trabalhos estará a cargo da presidente do IPS, Ângela Lemos, seguindo-se um excerto da peça “A Alegoria da Caverna”, um espetáculo original, com encenação de Sofia Portugal, que fala das especificidades da cultura surda e que pretende ser também uma janela entre este universo e o mundo ouvinte.
A conferência, com entrada gratuita mediante inscrição emformulário próprio, dirige-se a estudantes e docentes de TILGP, comunidade surda e todos os interessados no tema “Arte e Cultura Surda”, contemplando igualmente uma exposição de artes plásticas e a apresentação de um documentário comemorativo, a cargo dos investigadores Paulo Vaz de Carvalho e Cristina Gil.
O filósofo norte-americano Michael J. Sandel, autor do best-seller “A Tirania do Mérito – O Que Aconteceu ao Bem Comum?”, irá fazer uma conferência em Portugal, no próximo dia 27 de abril, a convite do Instituto de Direito Económico Financeiro e Fiscal – IDEFF da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. A conferência irá realizar-se no Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, e contará – para comentar a intervenção de Michael J. Sandel e dialogar com ele – com três portugueses: o cientista e deputado Alexandre Quintanilha; a pedagoga Maria Emília Brederode Santos; e o filósofo José Barata-Moura.
A entrada será gratuita, mas sujeita a inscrição e à disponibilidade de sala: caso assim o entendam, podem inscrever-se diretamente comigo.
Para assistir, a 23 de março, na Escola das Artes da Universidade Católica no Porto,
A 23 de março, às 18h30, a artista brasileira indígena Uyra Sodoma vai dar uma Conferência-performance na Escola das Artes, da Universidade Católica Portuguesa no Porto, sobre “Árvores que andam e outras histórias de teimosia pra reencantar o mundão”. A entrada é livre.
Uyra Sodomaé descendente de Mundurukus, e é uma artista performática amazônica não binária. Formada em Biologia e mestre em Ecologia, parte também da arte educação em comunidades de beiras de rios. Reside em Manaus, território industrial no meio da Amazônia Central, onde se transforma para viver Uýra, uma manifestação em carne de bicho e planta que se move para exposição e cura de doenças sistêmicas coloniais. Através de elementos orgânicos, utilizando o corpo como suporte, a artista encarna uma árvore que anda e atravessa as suas falas. Tem como interesse os sistemas vivos e as suas violações, e a partir da ótica da diversidade, dissidência, do funcionamento e adaptação, (re)conta histórias naturais, de encantamentos existentes na paisagem floresta-cidade.
Esta performance faz parte do Ciclo Internacional de Conferências, Exposições e Performances 2023 da Escola das Artes da Universidade Católica, que tem como título “Pisar suavemente a Terra”que tem como inspiração o pensamento do filósofo e ativista Ailton Krenak. Trata-se não só de uma homenagem ao pensador, mas de um movimento subtil de admitir a urgência desses e outros ensinamentos, humanos e não humanos, como possibilidades de compreender e transformar nossa relação com a Terra.
A conferência-performance de Uyra Sodoma com o título “Árvores que andam e outras histórias de teimosia pra reencantar o mundão”, terá lugar no dia 23 de março, pelas 18h30, no Auditório Ilídio Pinho da Escola das Artes da Universidade Católica no Porto. A entrada é gratuita.
De Lisboa para Loulé, a sua terra natal, a advogada, cronista e argumentista Carmo Afonso junta-se a mais uma sessão do ciclo de conferências “Horizontes do Futuro” para uma reflexão à volta do tema “Crise da democracia – o que fazer?”. É na próxima quinta-feira, 23 de março, pelas 21h00, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
Licenciada em Direito pela Universidade Católica Portuguesa, Carmo Afonso dedica-se ao exercício de advocacia em prática individual há mais de 20 anos, desde então ligada à defesa de causas públicas relacionadas com o ambiente, património histórico e cultural, democracia e causas progressistas.
A convidada trará a estes “Horizontes do Futuro” a sua habitual visão disruptiva, desta vez sobre o mundo democrático, num contexto em que os populismos e os extremismos proliferam e ameaçam a democracia, tal como o liberalismo desenfreado.
A sessão é de entrada livre e contará com um momento de debate em que o público terá também uma palavra a dizer. O jornalista Idálio Revez é o moderador da sessão.
Pela primeira vez a autarquia e os vários agentes, instituições e entidades do setor, vão reunir-se para o debate de temáticas da proteção civil e apresentação de boa práticas relacionadas com atividade de socorro e emergência e da defesa da floresta.
Neste fórum dedicado à proteção civil, que se realiza no dia 22 de fevereiro e assinala o início do programa das Comemorações do Dia Mundial da Proteção Civil, estarão também em análise diversas questões e legislação aplicável no âmbito dos fogos florestais, as principais linhas orientadoras dos novos Comandos sub-regionais – recorde-se que Grândola é a sede no novo Sub-Comando Regional de Proteção Civil do Alentejo Litoral em funcionamento desde 1 de fevereiro –, o presente e o futuro dos Bombeiros Mistos de Grândola, e o Desenvolvimento Tecnológico de Sistemas Não Tripulados.
Paralelamente à discussão e ao debate das matérias que se impõem aos atores da Proteção Civil, a realização deste programa comemorativo tem como objetivo a sensibilização da população, em particular dos mais jovens, através da dinamização deworkshopsdirigidos aos alunos das Escolas Secundária e da Profissional e Desenvolvimento Rural de Grândola.
As comemorações integram ainda o Desfile de viaturas da proteção civil pelas ruas da Vila Morena e a sua apresentação à população e terminam no dia 11 de março com o Torneio da Proteção Civil Municipal.
O programa decorre de 22 de fevereiro a 11 de março e é organizado pelo Município de Grândola com a colaboração da ANEPC, GNR, Agrupamentos de Escolas de Grândola, EPDRG, CEOM Pan Troia, Capitania de setúbal/Policia Marítima e o Exército Português.
Na próxima quinta-feira, 16 de fevereiro, o ciclo de conferências “Horizontes do Futuro” está de volta ao Salão Nobre dos Paços do Concelho. Pelas 21h00, Pedro Krupenski traz o tema “Fome e Pobreza: Curar o cancro com aspirinas”, numa sessão apresentada pela diretora da Escola Secundária de Loulé, Renata Afonso.
O conferencista junta-se a esta iniciativa para abordar um tema estrutural, que ganha maior relevância no atual momento de crise à escala mundial, acentuada por todos os problemas ambientais causados pela mudança do clima.
Pedro Krupenski é licenciado em Direito pela Universidade Católica Portuguesa. Exerceu advocacia (especializando-se em Direito Penal) durante alguns anos, mudando depois de carreira para a área da Cooperação para o Desenvolvimento.
Trabalhou vários anos nas áreas da saúde, educação e desenvolvimento sustentável para diferentes organizações não-governamentais portuguesas e internacionais e em diferentes países como Moçambique e Timor-Leste. De regresso a Portugal, assumiu a direção executiva da Plataforma Portuguesa das Organizações Não-Governamentais para o Desenvolvimento (ONGD) ao que se seguiu – com alguns outros projetos de entremeio – a direção executiva da Amnistia Internacional - Portugal.
Anos depois assumiu a função de diretor de desenvolvimento da Oikos - Cooperação e Desenvolvimento com o que cumulou a presidência da Plataforma Portuguesa das ONGD.
Atualmente é assessor do conselho de administração da Fundação Oriente.
É também, como voluntário, membro do Conselho Diretivo da United Nations Association – Portugal e Embaixador dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Tem publicados vários artigos sobre temas de direitos humanos e cooperação para o desenvolvimento, dois contos e um romance histórico.
Entre 16 de fevereiro e 22 de maio, a Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa no Porto vai promover um ciclo internacional de conferências, exposições e performances que promete desafiar à compreensão e à transformação da nossa relação com a Terra. “Pisar suavemente sobre a Terra” é o mote que lhe dá o nome e que coloca no centro o pensamento do filósofo e ativista Ailton Krenak. A 16 de fevereiro, às 18h30, no Auditório Ilídio Pinho, realiza-se a Conferência de apresentação com a presença da curadora Ellen Lima (poeta, escritora e investigadora indígena), Daniel Ribas e Nuno Crespo (diretor da Escola das Artes).
Com curadoria de Ellen Lima, o ciclo “Pisar suavemente sobre a Terra” integra poesia, artes visuais, música, filosofia, cinema, performance e literatura. São múltiplas as formas de arte que vão animar e fomentar o pensamento. Ellen Lima, Permafrost, Takumã Kuikuro, Trudruá Dorrico, Uyra Sodoma e Elena Lopez Riera são alguns dos artistas que marcam a agenda.
Nuno Crespo, diretor da Escola das Artes, afirma que este ciclo representa “não só uma homenagem ao pensador Ailton Krenak, mas, também, um movimento subtil de admitir a urgência desses e outros ensinamentos, humanos e não humanos.” Segundo o diretor da EA, “usar-se-ão, neste ciclo, diferentes modos de expressão que permitem realçar as diferentes formas de caminhar pelo mundo.”
Ellen Lima é poeta, escritora e investigadora indígena de origem Wassu Cocal. É Mestre em Artes e atualmente é doutoranda em Modernidades Comparadas: Literaturas, Artes e Culturas na Universidade do Minho. Publicou em 2021 "Ixé ygara voltando pra ’y’kûá", livro de poesias escrito em língua portuguesa e tupi antigo. Integra, entre revistas literárias e outras coletâneas, a obra “Volta pra tua terra", uma antologia de poetas antifascistas e antirracistas em Portugal. Sua prática relaciona poesia, crítica, ativismo, palestras e escritas ensaísticas.
Fazem parte da programação cerca de 15 eventos que vão decorrer entre fevereiro e maio e que são de acesso livre. Através de uma programação intensa e inovadora, pretende-se colocar o foco na urgência de pensar a relação do humano com a natureza, mas, também, com a tecnologia, com a arte e com as políticas de representação e visibilidade correntes.
A terceira sessão do Ciclo de Conferências doThink Tank Portugal por Inteiro - Territórios de Futuro tem lugar no dia 16 de fevereiro, às 21:00, em Serralves. O encerramento da Sessão estará a cargo da Senhora Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa.
Com o tema Democracia e Território - o Processo de Descentralização Regional, esta terceira conferência será proferida por Luís Braga da Cruz, ex-Ministro da Economia e ex-Presidente da CCDR-N, contará com comentários de António Cunha, Presidente da CCDR-N e Cristina Azevedo, Analista Financeira e ex-Presidente da CCDR-N, e com moderação de Inês Cardoso, Diretora do Jornal de Notícias.
O Think Tank Portugal por Inteiro/Territórios de Futuro é um laboratório de ideias dinamizado pela Fundação AEP em parceria com a Fundação de Serralves, com a missão de promover uma reflexão prospetiva e estratégica sobre o futuro do país dos seus territórios, à luz dos grandes desafios e oportunidades geradas pelas transições «societais» e tecnológicas em curso: demográfica, climática, energética e digital.
Abertura Ana Pinho, Presidente da Fundação de Serralves Luís Miguel Ribeiro, Presidente da Fundação AEP
Key note Speaker:
Luís Braga da Cruz, ex-Ministro da Economia e ex-Presidente da CCDR-N
Democracia e Território - O Processo de Descentralização Regional
O processo da descentralização em Portugal; Vicissitudes passadas; Singularidade da situação portuguesa face à União Europeia; A implementação da descentralização regional em curso: viabilidade e apreensões.
Comentários Cristina Azevedo, Analista Financeira e ex-Presidente da CCDR-N
Transferência de competências sectoriais para as CCDR’s – riscos e dificuldades.
António Cunha, Presidente da CCDR-N Operacionalização do processo de transferência: complexidade, ponto de situação, calendário, resultados esperados.
Moderação Inês Cardoso, Diretora do Jornal de Notícias
Encerramento Ana Abrunhosa, Ministra da Coesão Territorial