Maria de Lourdes Pintasilgo tornou-se conhecida dos portugueses ao ser a primeira mulher a ocupar o cargo de primeira-ministra (1979-1980) e a candidatar-se às eleições presidenciais (1986). No entanto, o seu percurso foi muito além desses dois momentos. Os princípios do cuidado, da responsabilidade pelos outros e pelo planeta, e a defesa da participação ativa das mulheres na sociedade, nortearam toda a sua vida e deixaram raízes em vários domínios.
Conversa com Ana Paula Laborinho (Organização de Estados Ibero-americanos) e Paula Barros (Fundação Cuidar o Futuro), com moderação de Maria João Seixas. E, visita à exposição «Maria de Lourdes Pintasilgo. Mulher de um Tempo Novo», com Marijke de Koning, Eliana Madeira e Elsa Nogueira (Associação Graal).
O Município de Palmela promove, dia 8 de julho, às 21h00, na Biblioteca Municipal de Palmela, a 1.ª sessão do Projeto “Conversas Sem Margens”.
Esta sessão, dedicada ao tema “o racismo, o antirracismo e o anti-antirracismo”, contará com a apresentação dos livros “Dicionário da Invisibilidade”, pelos coautores José Falcão (ativista e dirigente do SOS Racismo) e Ana Alcântara (historiadora, docente da Escola Superior de Educação de Setúbal e investigadora do IHC-NOVA FCSH) e “Quando Ninguém Podia Ficar: Racismo, Habitação e Território”, pela autora Ana Rita Alves (antropóloga e doutoranda no Programa “Human Rights Contemporary Societies – CES-UC). Este primeiro encontro será moderado por Piménio Ferreira (militante antirracista).
“Conversas Sem Margens" é um projeto que agora se inicia e que pretende refletir e informar sobre dinâmicas sociais complexas, muitas vezes estereotipadas. Em breve serão anunciadas outras sessões. Para mais informações: bibliotecas@cm-palmela.pt
O projeto do Rock in Rio, que reúne vozes diversas entre empresários, artistas, ativistas, executivos, académicos, parceiros e jovens inspiradores para um conjunto de conversas sobre temas urgentes da nossa sociedade, volta a realizar-se entre os dias 28 e 31 de julho. Online e gratuito, o festival acontecerá simultaneamente em Portugal e no Brasil. Eva Rap Diva, Siyabulela Mandela, Carla Carvalho Dias, MC Rebecca, David Elrich, Marta Leite e Castro e Rita Von Hunt são alguns dos nomes já confirmados
Após o sucesso da primeira edição em 2021, oRock in Rio Humanoramaregressa para trazer para discussão variados temas fraturantes da sociedade e explorar diferentes aspetos do ser humano, bem como as mudanças que precisam de ser feitas em busca de um mundo melhor. O festival, que é totalmente digital, gratuito e inclusivo, vai realizar-se entre os dias28 e 31 de julho.
Durante quatro dias, o Rock in Rio Humanorama volta a dar destaque ao entretenimento e ao diálogo social, por meio de vozes sonantes de artistas, ativistas e agentes transformadores do Brasil e de Portugal, sendo transmitido na plataforma do evento (rockinriohumanorama.com). Ao todo, são16 horasde conteúdos live e gravados, também traduzidos em lingua gestual, com foco no desenvolvimento do ser humano, percorrendo temas que vão desde a diversidade, educação, as relações humanas, a saúde física, mental e social, a vida nas cidades, o clima e sustentabilidade, entre muitos outros.
Nestas trocas de ideias inspiracionais, participarão nomes de diferentes áreas. Até à data, estão confirmados a cantora e compositoraEva Rap Diva, o ativistaSiyabulela Mandela(bisneto de Nelson Mandela), a cantora e bailarinaMC Rebecca, eRita von Hunty, professor, ator, YouTuber, comediante e drag queen brasileiro.David Erlich, o mais jovem professor de filosofia da escola pública portuguesa, bem como a consultora e speaker internacionalCarla Carvalho Diase a apresentadora de televisãoMarta Leite Castroestão entre os nomes portugueses que integrarão o painel de oradores do festival.
À semelhança do que aconteceu na primeira edição, o público vai poder escolher os conteúdos a que quer assistir e que estarão integrados numa programação com 4 horas diárias.
Estes conteúdos, que podem ser acedidos através da plataforma do evento, serão dedicados ao conhecimento e desenvolvimento das capacidades dos indivíduos para a construção de um futuro melhor e mais humano, oferecendo um espaço de todos e para todos, com vozes diversas e plurais, que incluem empresários, artistas, executivos, académicos, empreendedores sociais, ativistas e jovens inspiradores. A acessibilidade, o feminismo, a luta antirracista, a diversidade, o empreendedorismo e a economia circular são alguns dos temas que serão discutidos ao longo o festival.
“Esta edição do Rock in Rio Humanorama ressalta a importância de assumirmos que a mudança constante é uma certeza inquestionável e que precisamos exercitar formas de nos adaptar e evoluir diante desse cenario. Traremos às conversas pessoas que estão dispostas a expressar suas visões e opiniões sobre a importância de reavaliarmos nosso papel no mundo e sobre como podemos construir novos meios de ser e estar no planeta, idealizando e construindo um mundo melhor para todos.” adiantaAgatha Arêas, vice-presidente de learning experience do Rock in Rio.
“O Rock in Rio Humanorama é um espaço onde podemos aprofundar e dar cauda longa aos temas sociais, económicos e ambientais com os quais o Rock in Rio se engaja, nas nossas campanhas e até mesmo dentro da Cidade do Rock”, concluiRoberta Medina, Vice-Presidente Executiva do Rock in Rio.
Roberta Medinatambém destaca a “importância de promover iniciativas como o Rock in Rio Humanorama, que surge como resultado da intenção do Rock in Rio em dar voz às pessoas, por meio de diferentes iniciativas que, ao longo dos seus 37 anos de história, têm tido por base a premissa de que a transformação do mundo começa e termina em cada um de nós, promovendo o diálogo e oferecendo ferramentas que impulsionem a mudança e gerem um impacto positivo na sociedade”.
DoRock in Rio Humanoramao público pode esperar conteúdos relevantes e abordagens inéditas dos temas que compõem a programação, cuja a curadoria é assinada pelo próprio Rock in Rio, em colaboração com parceiros de peso, como a content creatorA-Lab, aHSM, aSingularityU Brazil, oGravidade Zero, oLearning Village, e conta com o patrocínio daRandstad (Gold Sponsor)e daEmel (Oficial Sponsor).
Entrada livre, a 28 de abril, 18h30, na Universidade Católica no Porto,
Artista plástica Rosangela Rennó participa em Aula Aberta sobre “Do analógico ao digital, sem preconceitos, sem hierarquias, contra a ignorância estrutural”
No próximo dia 28 de abril, às 18h30, a Escola das Artes da Universidade Católica abre as portas a Rosângela Rennó, artista plástica brasileira, que participará em mais uma Aula Aberta, desta vez sob o tema “Do analógico ao digital,sem preconceitos, sem hierarquias, contra a ignorância estrutural”. O evento irá decorrer em modo presencial, no Auditório Ilídio Pinho, e é aberto aos estudantes e a toda a comunidade.
O trabalho da artista caracteriza-se pela apropriação de imagens descartadas, sendo a grande maioria encontradas em mercados e feiras, e pela investigação das relações entre a memória e o esquecimento. Nas suas fotografias, objetos, vídeos ou instalações, Rosângela Rennó trabalha com álbuns de família e imagens obtidas em arquivos públicos ou privados. Partindo da apropriação e releitura de arquivos fotográficos, públicos e particulares, ou através da reinvenção de modos de arquivo de imagens, a artista desenvolve o tema do estatuto da fotografia e da transformação desde o modelo analógico ao digital há mais de 30 anos.
Na aula aberta do dia 28 de abril, Rosângela Rennó apresentará uma seleção de trabalhos de diferentes épocas, realizados a partir de imagens de acervos históricos, que colocam em evidência as políticas de amnésia e da ‘ignorância estrutural’, percebidas tanto no Brasil como noutros países que têm uma considerável herança colonial. As suas obras já foram expostas individualmente em diversos países e instituições, como por exemplo, na Pinacoteca de São Paulo, Cristina Guerra Contemporary Art, Photographers’ Gallery, Instituto Moreira Salles, Centro Atlántico de Arte Moderno CAAM, Museum of Contemporary Art MOCA e Fundação Calouste Gulbenkian.
“Anualmente, a Escola das Artes da Universidade Católica organiza estas Aulas Abertas para expor temas de maior relevância em torno das práticas artísticas contemporâneas. Nestas sessões públicas abertas à comunidade, os nossos estudantes têm uma oportunidade única de entrar em contacto com artistas, curadores e pensadores que estão na vanguarda das suas respetivas áreas”, afirma o professor Daniel Ribas, coordenador do mestrado em Cinema da Escola das Artes.
As aulas abertas arrancaram no mês de fevereiro e além de Rosângela Rennó, os outros nomes já confirmados são Filipa Lowndes Vicente (12 de maio), Jessica Sarah Rinland (19de maio) e Marinho de Pina (26 de maio).
As Aulas Abertas são de entrada gratuita e realizam-se às quintas-feiras (18h30), entre fevereiro e maio de 2022, no Auditório Ilídio Pinho na Escola das Artes, Universidade Católica Portuguesa.
Dia 21 de abril, às 18h30, na Universidade Católica no Porto,
A artista portuguesa Ângela Ferreira, queparticipou na Bienal de Gotemburgo (2015), Bienal de São Paulo (2008), na Bienal de Veneza (2007) e na Bienal de Istambul (1999),é a próxima convidada do ciclo de aulas abertas da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, no Porto. A “Artist Talk” irá decorrer no dia 21 de abril, no Auditório Ilídio Pinho da Universidade. A entrada é aberta a toda a comunidade.
A apresentação de Ângela Ferreira irá incidir sobre a componente da prática da artista que se ocupa com o desenredar da relação entre o Ocidente e Africa, focando o impacto continuo do colonialismo, do pós-colonialismo e do projeto decolonial na sociedade contemporânea. A artista irá apresentar assim uma prática artística investigativa, cujas ideias se destilam e se transformam em instalações concisas e ressonantes.
Sites and Services (1991), Hotel da Praia Grande (O Estado das Coisas) (2003), Zip Zap Circus School (2002-2), Maison Tropicale (2007), For Mozambique (2008), Entrer dans la Mine (2013), Pau a Pique (2016) ou A Spontaneous Tour of some Monuments of African Architecture (2021)são alguns dos projetos mais relevantes de Ângela Ferreira e que servirão como protótipos para pensar diferentes pontos de partida como a arquitetura, o filme ou a música. A ideia é mostrar precisamente como estas áreas se prestam a fazer uma reflexão sobre as utopias politicas das revoluções africanas e explorar a ideia de uma consciência política profunda.
Ângela Ferreira nasceu em Maputo (1958), mas atualmente vive e trabalha em Lisboa. Estudou escultura (1983) na Cape Town University, na África do Sul. Em 2007, foi convidada a representar Portugal na Bienal de Veneza, Itália, participando também na Bienal de Istambul (1999), Turquia; Bienal de São Paulo (2008), Brasil; e Bienal de Gotemburgo (2015), Suécia. Em 2015 foi vencedora do Prémio Novo Branco Photo, Lisboa, Portugal. Participou também em diversas exposições individuais e coletivas, e em instituições públicas e privadas, um pouco por todo o mundo.
As aulas abertas arrancaram no mês de fevereiro e além de Ângela Ferreira, os outros nomes já confirmados são Rosangela Rennó (28 de abril), Filipa Lowndes Vicente (12 de maio), Jessica Sarah Rinland (19 de maio) e Marinho de Pina (26 de maio). As Aulas Abertas são de entrada gratuita e realizam-se às quintas-feiras (18h30), no Auditório Ilídio Pinho na Escola das Artes, Universidade Católica Portuguesa.
Diogo Queiroz de Andrade, Inês Narciso e Rita Espanha vão participar esta quinta-feirana conversaDemocracia e digital. Qual o impacto das novas tecnologias na democracia?inserida no ciclo de conversasA Idade da Liberdadedo Gerador nas Carpintarias de São Lázaro. A Idade da Liberdadeé uma iniciativa do Gerador que, entre 24 de Março e 25 de Abril, se propõe a fazer uma reflexão profunda sobre a importância do 25 de Abril e as consequências para os jovens hoje, numa programação que inclui conversas, um clube de leitura, workshops, reportagens especiais e até um estudo com jovens de todo o país. A Idade da Liberdadefaz parte da categoria de programaçãoGostaríamos de acrescentardas Carpintarias de São Lázaro.
João Tordo, um dos mais premiados escritores nacionais, abre as sessões 2022 do Projeto “365 Dias de Romance”, dia 9 de abril, às 17h00, na Casa Ermelinda Freitas, em Fernando Pó.
A conversa, moderada pelo jornalista e escritor João Céu e Silva, visitará o percurso literário de João Tordo, que irá lançar, no final do mês, o seu novo romance, “Naufrágio”, a história de um escritor que, sem esperar, se enreda num escândalo de assédio sexual e vê a sua vida virada do avesso.
A sessão, presencial, na Casa Ermelinda Freitas, contará, também, com transmissão online (Facebook Palmela Município). Inscrições através dos contactos: 212 336 632 e bibliotecas@cm-palmela.pt.
Iniciado em 2021, o Projeto “365 Dias de Romance” é dinamizado pelo Município de Palmela, em parceria com a Casa Ermelinda Freitas (Programa Mecenas de Palmela) e a Livraria Culsete. Estes encontros trouxeram ao concelho alguns dos mais importantes nomes da literatura portuguesa, nomeadamente, Tânia Ganho, Maria do Rosário Pedreira, Afonso Cruz, Possidónio Cachapa, Patrícia Reis, Hugo Gonçalves, Teolinda Gersão e Rodrigo Guedes de Carvalho.
João Tordo
João Tordo nasceu em Lisboa, em 1975. Em 2009, venceu o Prémio Literário José Saramago com o romance «As três vidas» e, em 2011, foi finalista do Prémio Portugal Telecom. Foi, também, várias vezes, finalista do Prémio Melhor Livro de Ficção Narrativa da Sociedade Portuguesa de Autores (2011, 2015) e do Prémio Literário Fernando Namora (2011, 2012, 2015, 2016), bem como da 6.ª edição do Prémio Literário Europeu. Com «Ensina-me a voar sobre os telhados», o seu décimo primeiro romance, foi finalista do Prémio P.E.N. Clube e do Prémio Oceanos. Seguiram-se-lhe, em 2019, os romances «A mulher que correu atrás do vento» e «A noite em que o Verão acabou», primeira incursão do autor no género policial. Em 2020 publicou o ensaio «Manual de sobrevivência de um escritor ou o pouco que sei sobre aquilo que faço» e o seu décimo quinto romance, «Felicidade». Em 2021 chegou «Águas passadas», o seu segundo romance policial. Os seus livros estão publicados em vários países, incluindo França, Itália, Alemanha, Brasil, Hungria, Espanha, Argentina, México e Uruguai.
João Céu e Silva
João Céu e Silva nasceu em Alpiarça, em 1959, e viveu no Rio de Janeiro, onde se licenciou em História. Desde 1989 que é jornalista e colaborador do Diário de Notícias. Recebeu, em 2021, o Prémio Carreira de Jornalismo do festival literário Escritaria e publicou, neste mesmo ano, «Uma Longa Viagem com Vasco Pulido Valente», o sexto volume de uma série que conta com outros autores: José Saramago, António Lobo Antunes, Miguel Torga, Álvaro Cunhal e Manuel Alegre. Além da investigação literária, tem também a histórica: «Álvaro Cunhal e as Mulheres que Tomaram Partido», «1961 – O Ano que Mudou Portugal», «1975 – O Ano do Furacão Revolucionário» e «Fátima – A Profecia Que Assusta o Vaticano». Em 2013, recebeu o Prémio Literário Alves Redol com o romance «A Sereia Muçulmana». Na ficção, publicou também «28 Dias em Agosto», «A Hora da Ilusão», «Adeus», «África» e «A Segunda Vida de Fernando Pessoa».
Bárbara Tinoco regressa ao Auditório Municipal de Gondomar para um Conta-me Histórias, na próxima sexta-feira, dia 4 de março, pelas 21.30 horas.
Os bilhetes têm o custo de 6€ e estão já à venda no Auditório Municipal.
O Conta-me Histórias é um ciclo de conversas-concerto com conhecidos músicos portugueses, onde estes revelam alguns pormenores menos conhecidos das suas carreiras.
Estas histórias são acompanhadas por algumas das suas músicas mais conhecidas, em registo acústico.
Evento hibrido, de acesso gratuito, com inscrição obrigatória em www.serralves.pt
O link de acesso e mail de confirmação de inscrição serão enviados até à véspera do evento.
Orador:
Professor Jorge Paiva
Somos Árvores é o tema nuclear do Plano de Atividades do Parque para o ano 2022 e que dá nome a um ciclo de conversas que agora inicia. Procura apresentar a árvore, na sua diversidade e complexidade biológica, e as suas interações com as outras formas de vida, bem como dar a conhecer os distintos contextos e formas da relação entre as árvores e nós - a relação com o Homem, na ciência, na arte, na cultura, na literatura.
As árvores, por serem plantas de ampla longevidade (ex. ca. 5.000 anos tem um pinheiro-da-califórnia, Pinus longaeva) são testemunhos de alguns ecossistemas que existiram, assim como da atividade tectónica das placas da crosta terrestre. Além disso, por serem lenhosas, fossilizam melhor do que as ervas. Alguns dos respetivos fósseis são, igualmente, testemunhos da história da cobertura florestal do Globo e da deriva continental.
As árvores funcionam como autênticas fábricas vivas, utilizando ingredientes tão simples como a água e sais minerais absorvidos através das raízes, o dióxido de carbono da atmosfera e a luz do sol como fonte de energia. Uma particularidade destas "fábricas", é que o seu funcionamento, não provoca qualquer poluição, melhorando até a qualidade do ar que respiramos, contribuindo, assim, para a nossa saúde e bem-estar.
No entanto, estas plantas notáveis podem ter, para pessoas diferentes, significados diversos. Para os nossos antepassados, constituiu a principal fonte de alimento, de combustível, de proteção e ainda objeto de culto. As lendas provenientes de algumas regiões do país, são a prova da atenção que merecem da nossa população e da origem de alguns topónimos e patronímicos. Para o homem atual pode representar uma sombra aprazível, um elemento de adorno da paisagem, a fonte de madeira e de pasta para papel ou a origem de substâncias com aplicação medicinal e cosmética. Para os restantes seres vivos, as árvores fornecem alimento, abrigo e até mesmo suporte físico e algumas espécies chegam até a explorar preferencialmente certas partes da árvore, estando dependentes destas para sobreviverem. Como se ainda não bastasse, as árvores são, dos seres vivos que se conhecem, os que atingem maiores dimensões e maior longevidade. São testemunhos vivos da história e do clima do passado.
Na Natureza, há árvores de enorme biomassa como, por exemplo a Gilbertiodendron maximum, descrita, em 2015, com 100 toneladas e 45 m de altura e uma Sequoiadendron giganteum com 1487 m3 de volume); altíssimas, com o máximo de 116 m de altura de uma Sequoia sempervirens; e até tão baixas e atarracadas, constituído autênticos “bonsais” naturais como, por exemplo, a Cyphostemma uter.
Além disso, muitas árvores possuem características muito singulares adaptativas aos ecossistemas e aos polinizadores e dispersores dos seus diásporos.
Por outro lado, sobre as árvores vivem muitas plantas (epífitas), como musgos, fetos, orquídeas e até arbustos, muitos animais, como pequenos roedores, aves, moluscos, insetos, fungos e microrganismos.
Uma árvore não é, pois, apenas um indivíduo; é um conjunto de ecossistemas. Quando se abate uma árvore, destroem-se muitos ecossistemas.
Jorge Paiva
Biólogo
Centre for Functional Ecology - Science for People & the Planet. University of Coimbra
PROGRAMA
17h30
– Boas vindas:
Enquadramento “Somos Árvores” e apresentação do Professor Jorge Paiva)
Professora Helena Freitas, Direção do Parque
17h40
– Intervenção
Professor Jorge Paiva, Investigador Centre for Functional Ecology e Investigador aposentado do Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra
18h30 – Saída de Campo
Professor Jorge Paiva e Ricardo Bravo, Coordenador do Serviço de Manutenção do Parque de Serralves