Arranca a 18 de Julho a nova edição do Festival ZêzereArts - Música no Património, evento organizado pela Musicamera Produções e com direção artística de Brian MacKay e Luís Pacheco Cunha.
Depois de uma edição excepcionalmente deslocada para Évora, o Festival regressa às cidades de Tomar, Batalha e Ferreira do Zêzere, entre os dias 18 de Julho e 8 de Agosto, com uma programação repleta de grandes figuras da música erudita.
Concertos, recitais, coro e a belíssima ópera de Bellini, uma versão da trágica história de Romeu e Julieta, inundarão o Médio Tejo de emoções que somente a música clássica, executada por intérpretes e maestros da melhor qualidade, pode suscitar. O Convento de Cristo, em Tomar, o Mosteiro da Batalha e a pitoresca vila de Dornes, com o famoso órgão ibérico da Igreja de Nossa Senhora do Pranto, são alguns dos lugares históricos onde se farão ouvir obras de Mozart, Janácek, Strauss, Grieg e outros compositores de renome.
Além dos consagrados Pedro Caldeira Cabral e o Quarteto Lopes-Graça, o Festival celebra as presenças ilustres da pianista Taíssa Poliakova e da violoncelista Ophélie Gaillard, que preparam Masterclasses para os Cursos de Verão ZêzereArts durante o mês de Julho. Alunos e mestres tocarão juntos, apresentando os resultados de um processo pedagógico que é a marca especial do ZêzereArts: uma iniciativa relevante tanto para o público, que tem a oportunidade de se conectar à tradição da música clássica e ao Património das suas comunidades, como para músicos em desenvolvimento de carreira.
A programação completa pode ser consultada no site zezerearts.pt.
Todos os concertos, com excepção da Ópera em Tomar - cujo bilhete deve ser adquirido junto ao Cine-Teatro Paraíso -, têm entrada gratuita e os bilhetes são reservados e levantados nos Postos de Turismo de cada concelho. Na Batalha, os ingressos para o concerto são reservados e levantados no próprio Mosteiro.
O evento respeita as normas das autoridades de saúde, seguindo as indicações de saneamento e capacidade.
Caminhos da Água recebeu cerca de 2800 pessoas no primeiro fim de semana e há mais 30 atuações gratuitas para ver, esta semana, de 19 a 22 de julho
O que é bom corre depressa. E foi isso que aconteceu com o primeiro fim de semana do Caminhos da Água que, num ápice, escoou pelo Médio Tejo e encheu de cultura os municípios de Alcanena, Constância, Ferreira do Zêzere, Mação, Torres Novas e Vila de Rei.
Foram 35 espetáculos gratuitos, de 14 projetos distintos, nas áreas da música, teatro de rua, circo contemporâneo, percursos, jogos e histórias para os mais pequenos.
No fim de semana que abriu o segundo ciclo de 2018 do Caminhos do Médio Tejo - programação cultural em rede, cerca de 2800 pessoas aceitaram o convite e seguiram os cursos de água da região, sedentos por conhecer territórios que se mostraram capazes de absorver a atenção de todos aqueles que ali afluíram.
E a partir desta quinta-feira, a corrente volta a ganhar caudal, com o retomar da programação para mais quatro dias de Caminhos. De 19 a 22 de julho, Abrantes, Alcanena, Mação, Sertã e Vila de Rei são a foz para mais 30 atuações de 12 projetos. E estão todos convidados a perder-se nestes Caminhos da Água - Caminhos do Médio Tejo.
Na música, há Bonga, Valter Lobo e Budda Power Blues & Maria João, no teatro de rua: Ytuquepintas (Sueños de Arena), Projecto EZ (EZ SUB), PIA (Entremundos) e Circolando (Água), há percursos com os artistas João Bento (Correspondência - percurso sonoro para o Jardim da Serrada), Francisco Goulão (Abrantes que cá não mora), Tiago Correia (A Selva), circo contemporâneo: The Funes Troup (The Funes Van) e jogos e histórias para crianças e famílias: Casa das Brincadeiras.
Toda a programação do Caminhos do Médio Tejo é gratuita e apresenta-se, uma vez mais, com um programa cultural dinâmico e apelativo, para todos os gostos e idades. Programação completa em http://caminhos.mediotejo.pt.
CAMINHOS DO MÉDIO TEJO 2018
O Caminhos do Médio Tejo 2018 – Programação Cultural em Rede – divide-se em três ciclos programáticos, que percorrem os acessos viários da região para chegar a todas as comunidades.
Em abril deste ano, teve lugar o Caminhos do Ferro, que acompanhou as linhas ferroviárias. Agora, em Julho, o programa vai por outros caminhos e segue os cursos dos rios. Já a terceira edição, em outubro, percorre as estradas para assistirmos ao Caminhos da Pedra.
Criado em 2017 pela CIMT - Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e os 13 municípios integrantes, este projeto pretende proporcionar encontros em redor da cultura, colocando os recursos e espaços naturais ao serviço das comunidades. Encontros dos artistas com as comunidades, dos residentes com os vizinhos ou com outros visitantes, da arte com o entretenimento e da cultura com a paisagem natural.
PROGRAMA CAMINHOS DA ÁGUA – JULHO 2018 - SEGUNDO FIM-DE-SEMANA
Bonga e água. A receita para criar toda a efervescência do semba é simples. Aquele que é provavelmente o maior embaixador da música angolana em Portugal tem Recados de Fora para dar e vai fazê-lo, com ritmo no pé, em Alcanena. O menino que nasceu nas margens do rio Dange, em Porto Kipiri, passa pelo Alviela para apresentar um pouco do que tem feito nos últimos 40 anos e levar todos prá Angola. É com Água Raz que Bonga abre caminho ao seu mais recente álbum, no qual deixa claro que ainda não lhe passa pela cabeça abandonar o barco da música e do ativismo.
19/07 22:00 Alcanena Praça 8 de Maio
VALTER LOBO
Talvez por ser de água, Valter Lobo vive de forma intensa o que sonhou no calor da infância. Talvez por ser de água, tornou a vida um rio. Depois de atravessar o Inverno, aportou no Mediterrâneo que lhe aquece a viagem desde 2016. É de guitarra acústica nas mãos e voz afinada em português que este advogado de formação dita as suas leis na música. Afluente de Fafe, cidade no meio da encruzilhada dos rios Ferro, Bugio e Vizela, Valter Lobo desbrava caminho, fugindo do seu curso normal para desaguar à beira Tejo. E promete deixar em flor o Jardim de Mação.
21/07 18:00 Mação Jardim Municipal
BUDDA POWER BLUES & MARIA JOÃO
Budda Power e Maria João. Blues e Jazz. Uma união que vai buscar o que há de mais puro em cada uma das partes e resulta num deleite cristalino. Água mole em pedra dura… ou a delicadeza e teatralidade de Maria João num casamento perfeito com a voz rouca e a guitarra elétrica de Budda Guedes. Essa junção improvável é a alma deste The Blues Experience. E a sua energia até poderá ser captada pelas barragens que delimitam uma vila que, orgulhosa da união das forças ribeirinhas que acontece no seu leito, a imprime no seu brasão. O Convento da Sertã será o cenário de uma noite que tem tudo para ser histórica.
22/07 21:30 Sertã Hotel do Convento
TEATRO DE RUA
Sueños de Arena, Ytuquepintas
Sonhos construídos em grãos de areia que pingam das mãos de Borja González. Surgem de forma mágica para depois desaparecer por caminhos que não deixam rasto, dando lugar a novas imagens que nascem e preenchem o imaginário. Os Sueños de Arena são tão efémeros como os que nos invadem as noites e igualmente impossíveis de continuar ou repetir. É arte que se desvanece com a força de um sopro e que, por isso mesmo, tem de ser vivida no momento. É a história de duas pessoas, servida em ambiente intimista que vai envolver o público de Abrantes e Vila de Rei, levando-o a mergulhar nestes Sueños.
20/07 22:00 Abrantes Praça Raimundo Soares 21/07 21:30 Vila de Rei Centro Geodésico de Portugal
ENTREMUNDOS, PIA
Que a morte é uma das grandes questões do universo, é claro como a água. Aquilo que varia é a forma como caminhamos na vida para chegar a esse destino. A Companhia PIA dedica um espetáculo a esta viagem ENTREMUNDOS, o dos vivos e o dos mortos, criando um universo paralelo onde nem a possibilidade de congelar o tempo trava o normal discorrer das vidas, que, como os rios, não têm forma de correr de volta à nascente. Neste espetáculo, porém, todos vão poder voltar a olhar para o mundo na perspetiva de uma pequena criança. Ali, na praia fluvial da Sertã, onde a Ribeira Grande corre sem medo em direção ao horizonte.
21/07 18:00 Sertã Praia Fluvial
EZ SUB, Projeto EZ
Deixando-se levar pela corrente dos Caminhos da Água, um submarino terrestre vai percorrer os sete municípios integrantes deste ciclo, com o objetivo de fazer emergir alegria e espanto à sua passagem. Momentos de teatro itinerante com recurso a uma máquina de grandes proporções que vai navegar por entre qualquer mar de gente. E que corre o risco de ficar inundado pelo público que não vai perder a oportunidade de embarcar nesta aventura e tornar-se protagonista de mais uma performance do Projeto EZ.
21/07 11:00 Abrantes Centro Histórico 21/07 17:00 Mação Praia Fluvial Ortiga 22/07 11:00 Vila de Rei Praia Fluvial do Bostelim 22/07 17:00 Sertã Alameda da Carvalha
Água, Circolando
Circular pelos caminhos por onde a água nos leva, conhecendo os seus diferentes estados através de micro-histórias que nascem do cruzamento entre instalação, arte pública e performance. Esse é o convite feito pela Circolando no espetáculo Água, que pretende inundar de gente o Jardim das Rosas, em Torres Novas, e o Parque Tejo, em Abrantes. Com a água como elemento central e um elo, três iglôs são o ponto de partida do pivot ecologista, do pescador de águas frias e do mago da terra negra, numa performance em que a água convida a uma contemplação em profundidade, com a consciencialização como fundo.
Três amigos, uma caravana, bebida, malabarismos, saltos e pinotes sem conta. No meio de tudo isto, os três elementos que compõem a companhia espanhola The Funes Troup prometem uma barrigada de gargalhadas, esperando não meter água pelo caminho. Mas mesmo que isso aconteça, o mais provável é que esteja tudo planeado. Funes Van não é mais do que um jogo entre o clown e o circo contemporâneo, em que a tripla de interpretes mostra o quão irracionais, egoístas e inúteis podem ser as ideias do ser humano. Tudo numa linguagem simples e acessível para todos os públicos.
19/07 21:00 Alcanena Praça 8 de Maio 20/07 17:00 Vila de Rei Praia Fluvial do Penedo
JOGOS E HISTÓRIAS
Casa das Brincadeiras
Diz a sabedoria popular que “em casa de ferreiro, espeto de pau”. Mas na Casa das Brincadeiras não há espaço para dúvidas, Empurro eu, empurras tu, mas todos brincam. E porque os Caminhos da Água são também para os mais pequenos – aqueles por quem se começa a construir o futuro – eles próprios vão ter a possibilidade de criar os alicerces e as pontes desta relação. Para isso, terão a Cidade da Esponja, que lhes promete absorver o tempo, fazendo jorrar alegria em repuxos de criatividade, mas também a Cidade Visível, construída à imagem de cada um, em Torres Novas e na Sertã.
A criatividade de cinco artistas ganhou caudal com as ideias e partilhas que afluíram das comunidades por onde passaram em residência artística. Depois de recolhidas as lembranças que as gentes de Alcanena, Abrantes, Ferreira do Zêzere, Sertã e Vila de Rei têm dos seus lugares, é tempo de voltar a esses caminhos, num convite para que as populações e os visitantes se juntem aos artistas, encontrando novas paisagens em trilhos de todos os dias. Como uma espécie de processo de fertilização dos solos esquecidos, que querem, agora, germinar memórias coletivas renovadas, numa projeção da visão dos artistas convidados.
FRANCISCO GOULÃO Abrantes já cá não moura Num regresso à cidade onde viveu a infância e adolescência, Francisco Goulão descobriu que era desconhecido para ele o passado da notável “vila de Abrantes”. A partir daí, percebeu que o caminho que queria seguir teria de passar por trazer à tona a origem de mitos urbanos que viveram na sua memória durante anos, levando-o a fantasiar sobre coisas que nunca existiram. Em Abrantes já cá não moura, o artista pretende fazer o percurso até à origem de muitos desses mitos e, quem sabe, tornar-se nascente de novas lendas que corram depois por esses anos fora.
JOÃO BENTO Correspondência - percurso sonoro para o Jardim da Serrada O percurso sonoro preparado para o jardim da Serrada é um espaço de reflexão em torno do som e da palavra sobre e para aquele lugar concreto. A partir da requalificação paisagística da Serrada, João Bento constrói uma viagem sonoro/poética em movimento para o espaço, numa condução audio que cada participante transportará consigo. Como um rio que corre numa determinada direcção, abre-se um espaço à reflexão conjunta sobre o lugar, onde são manifestados desejos, histórias ou novos olhares sobre o local que habitamos. Observando-o mais a pormenor.
TIAGO CORREIA A Selva Desenvolvido em residência artística, com a participação e co-criação de habitantes da comunidade da região, este percurso inscreve-se na paisagem minderica. Um processo de cariz teatral que explora métodos e linguagens plurais, para uma experiência energicamente popular. Alimenta-se da memória do lugar, assim como da sua realidade contemporânea, para apresentar, questionar e homenagear a sua cultura, a sua vida e o seu presente.
19/07 19:00 Alcanena Fábrica da Cultura de Minde 20/07 19:00 Alcanena Fábrica da Cultura de Minde 21/07 19:00 Alcanena Fábrica da Cultura de Minde 22/07 19:00 Alcanena Fábrica da Cultura de Minde