No final dos anos 60 e início dos anos 70 a Europa viveu uma fase conturbada, de revolução de ideais. Por Europa leia-se Itália, Inglaterra e França. Os restantes países sofreram a mesma fase um pouco mais tarde. Nas ruas de Paris escreviam-se motes como “Debaixo das pedras da calçada, a praia!”, “Quanto mais faço amor mais tenho vontade de fazer a revolução (e vice-versa)” e “É proibido proibir!”. Este último apadrinha a exposição que o MUDEinaugura, com cerca de 60 peças pertencentes à época. Maxi-saias, roupa unissexo, hippie, tecidos coloridos estampados, maquilhagens e motivos psicadélicos e étnicos espelham a transformação de mentalidades de então. Por cá, ainda se lavava as mãos com sabonete Lux.Ricardo Quintela
A Joana, a Elsa, a Isabel, a Michele e a Mónica juntaram-se para nos revelar os seus maiores segredos. Contam-nos a sua visão do mundo, propõem novas formas de comunicação artística, expressam-se pela arte. Da pintura ao desenho, passando pela joalharia e cerâmica, cada uma ao seu gosto e estilo, falam-nos do seu universo criativo em relação com o exterior. O que as une: a força da expressão; o que as caracteriza: a alegria dos seus sorrisos que transpõem para os seus trabalhos; o que as motiva: criar novas leituras, propor novas visões. Cinco mulheres contemporâneas que numa verdadeira dança de cores desafiam as salas e salões da Fundação Medeiros e Almeida. Segue o ritmo delas, não deixes de as conhecer! Esta noite com direito a duo de violinos e com sorte a empadinhas e croquetes! Contamos contigo! Felisa
Começar o fim de semana cultural com uma inauguração é consideravelmente mais-ou-menos-moderno e recomenda-se. É uma oportunidade infalível de juntar os amigos que não saem à noite nem por nada com os que saem por tudo e mais alguma coisa, a horas decentes e com a arte como pretexto. Hoje, a noite começa num lugar cheio de luz, o espaço cultural Appleton Square, que apresenta uma exposição de frequíssimos desenhos-feitos-no-Verão de Michael Biberstein. Sim, isso tudo, em papel. Sem explicações nem instruções, puro deleite visual. E o resto são conversas. Por isso levem os amigos, para não falarem sozinhos.Mami
Ermida Nª Sª Conceição, Travessa do Marta Pinto, 21
Lisboa
Mais uma volta –mais uma viagem. A Experimenta é assim – louca e fulgurosa como um comboio que tens que apanhar em rápido andamento. Duas exposições inauguram à meia-noite de hoje no espaço da Ermida a Belém e são mais uma das inúmeras carruagens dessa longa e desejada composição. Requiem – exposição de João Paulo Feliciano e Dois Tempos – instalação na fachada, por R2 debruçam-se conceptualmente pelos mesmos temas, gravitando pelos media e por questões da actualidade que nos contamina e rodeia. O pólo cultural de Belém deixou de ser apenas o CCB e o Berardo e passa por aqui também – a polaridade a sós é sempre nefasta e funciona melhor quando é duplicada, seja para obter contraste, compensação e complemento de programa. Vamos orar e meditar a arte em LX?Rafa
E o Miradouro de São Pedro de Alcântara abre novamente as suas portas de par em par com serviço de bar, de comes e de sons – tanto tempo, demasiado tempo sem ter os quiosques alimentando e mitigando a sede a quem subia a estes patamares para ver a cidade desde esta colina a poente do centro de Lisboa. Inaugura agora novamente e logo com Samba de Gafieira ornamentando as árvores e sua aparente calma de colina de cidade em sons e em dança. Desafio-te a levares o teu par e a dançares um chorinho sobre um banco. Provoco-te a entrares dentro do espelho de água e assim a lavares o teu corpo de Verão em sons irresistíveis para o músculo. Vamos a esta antes que a chuva te obrigue a ficar mais por casa, em medo tão próprio de gente mediterrânica. A cidade veste-se em cenário de acordes de violão, clarinete e acordeão, levando-te a voar em passos de dança. Vamos a este miradouro festejar o Verão. Rafa
Kunst é a palavra que em teutónico e nórdico significa arte sendo Kunsthalle transportado para o idioma luso em algo evocativo como Casa das Artes ou melhor, em Espaço de Artes – nome mais que apropriado para um novo espaço artístico da cidade que se quer catalisador e despoletador de novas visões da matéria artística em Lissabon. A exposição de lançamento é X-Office for a Sculpture e parte do desafio a Nuno Sousa Vieira para que interviesse no espaço que se lhe deparou e que acaba por ser simultaneamente invólucro e objecto da exposição e que na linha de Cabrita Reis e Ângela Ferreira (com originalidade e mérito bem próprios) alteram e parasitam o espaço construído e contaminam o espaço intersticial. A arte tem casa, vai uma visita com tempo? Rafa O El
Uma exposição colectiva com obras de artistas internacionais com a curadoria do açoriano atelier ea+ e parceria com dois artistas alemães e instalada em Lisboa é o que chamo de pan-exposição! Tanta diversidade só poderia sair em jeito de gosto e em fórmula de vontade de agregar artistas de areas tão complementares como o video, a pintura, a fotografia, a escultura e a instalação de nacionalidades portuguesa, alemã e norte-americana – usurpando as alas do Pavilhão 28 e contaminando as gentes com um riquíssimo catálogo artístico. A efemeridade vitoriosa duma peça numa galeria passa por que a vejas, a toques e a saboreies. E a arte quer-te sempre por perto – para que o seja. Rafa Eli
Uma festa é uma festa e é uma festa e se uma é festa é de acontecer neste já verão tórrido de Lisboa, então esta é a festa a que quererás ir – quente quente mas só no som e nos apetites, que o long drinks escorregam fresquinhos em sucessão e ajudam a temperar este festejo de época. Juntam-te a nós numa celebração da música e da arte bem no coração do meu nosso bairro predilecto da noite e dos fins de tarde lisboetas. Como ingredientes temos as obras da Leonor Moraise os sons dançáveis (e que correm o espectro reggae, break, tecno e mix music) de DJ Ride, DJ Kid Selecta, DJ Oak3 e DJ Trasher a condimentar o momento. Aparece e deslumbra-te dançando.Rafael Vieira
