Criadano âmbito do 3º e último ato de Paisagem Efémera – industrial e urbana, obra incorpora os pensamentos e desabafos da população
“Aqui jaz 2021” – instalação audiovisual desenvolvida pelo Teatro da Didascália, no âmbito do terceiro e último ato de Paisagem Efémera – industrial e urbana – continua em “câmara-ardente”, no Mercado Narciso Ferreira, em Vila Nova de Famalicão, até ao próximo sábado, 18 de dezembro. A obra – uma capela mortuária onde se encontra um caixão onde estão projetadas frases de pensamentos, desejos e desabafos que queremos deixar enterrados em 2021 – pode ser, ainda, velada e visitada, sendo que os visitantes são convidados a refletir sobre o ano que agora termina e a escrever e depositar novas frases dentro de uma urna. Estes pensamentos serão introduzidos, posteriormente, na projeção visual, o que faz dela uma obra em permanente transformação.
Pandemia domina as mensagens deixadas até ao momento
A pandemia, as restrições, o distanciamento e a dificuldade em viver esta “nova normalidade” dominam os desabafos deixados até ao momento. “A impossibilidade de abraçar os meus avós!”, “Estou farta de não estar com os meus, farta da impossibilidade dos abraços, dos cheiros do amor, das gargalhadas e de tudo o que me fazia feliz. Para 2022 espero abraçar, beijar, de cheirar o amor que tanto me faz feliz” ou “Quero deixar para trás todas as coisas más, inclusive o Covid” são apenas alguns dos testemunhos depositados na instalação.
O desejo de viajar e de viver novas aventuras está, também, presente em algumas mensagens. Destaque-se, ainda, as frases de esperança e gratidão: “O ano de 2021 foi gratificante! Quero agradecer por todas as bênçãos, agradeço momentos bons; agradeço os menos bons que me fizeram aprender! Apesar de tudo, o ano 2021 foi bom! Que venha um 2022 ainda melhor!”.
Uma ode à paisagem ribadavense e à oportunidade de refletir
A instalação, que “habita” mais um espaço “ferreirino”, o Mercado Narciso Ferreira, e que (re)vive uma tradição popular de Riba d’Ave, pode ser visitada de segunda a sexta-feira, entre as 14h30 e as 19h00; e aos sábados, entre as 9h00 e as 13h00. A entrada é gratuita. Recorde-se que as frases recolhidas no final da exposição – uma ode à paisagem do território ribadavense e que conta com direção artística de Bruno Martins e tem como criadores António Júlio, Margarida Gonçalves e Rui Souza – servirão de base para a elaboração do testamento do ano 2021, que será lido na noite de 31 de dezembro, no âmbito do Enterro do Velho.
Aproveitando o contexto de celebração sobre o fim, neste caso, o fim do ano, o Teatro da Didascália quis refletir, também, sobre o trabalho que a companhia desenvolveu ao longo dos dois últimos anos (2020-2021), a partir da ideia de intervenção artística na paisagem, concretamente com o projeto Paisagem Efémera. Recorde-se que o Teatro da Didascália se debruçou, inicialmente, sobre Joane (2020), trabalhando a partir da paisagem natural e rural, e depois, em Riba d’Ave (2021), apontando o olhar para um contexto sobretudo industrial e urbano. As memórias sobre esta investigação artística acompanham a instalação enquanto um espaço sonoro onde estão presentes excertos de textos, sons e pensamentos produzidos ao longo dos dois anos deste projeto artístico.
Alameda dos Oceanos, Lote 2.10.01 - Parque das Nações
Lisboa
Na parede externa do Pavilhão do Conhecimento, podemos encontrar uma instalação interactiva que une arte e ciência. A criação, dos artistas Nuno Maya e Carole Purnelle e do físico Carlos Fiolhais, baseia-se no sistema aditivo de cores e cria explosões de cor, dependendo da interacção realizada pelo público.
Primeira exposição individual da jovem argentina Claire de Santa Coloma, que tem exposto com regularidade em Portugal. O espaço da galeria é ocupado por uma “mesa-instalação”, a todo o seu comprimento, que mostra uma série de objectos, desenhos e esculturas.
Primeira exposição individual em Portugal da dupla brasileira Angela Detanico e Rafael Laink, artistas cuja formação envolveu o design gráfico e a linguística. Disciplinas que continuam a usar e reflectir no seu trabalho em artes plásticas.
Até 25 de Junho de 2011 Terça a sábado das 15h00 às 19h30
Galeria Monumental
Campo Mártires da Pátria, 101
Lisboa
Individual de Inês Rebelo, com referências a fenómenos cósmicos distantes que se misturam com objectos triviais. Até 25 de Junho na Galeria Monumental, em Lisboa.
Nesta mostra, pode-se ver um relógio (relacionado com o filme "Metropolis", de Fritz Lang), que marca o tempo referente à duração de um dia em Saturno, ou uma sequência de oito pirilampos de emergência disposta com a configuração da constelação Ursa Maior. Inclui também pinturas com curiosidades surpreendentes, entre outras obras.
Segunda, terça, quarta, quinta, sábado, domingo e feriados das 10h00 às 19h00
Sexta das 10h00 às 22h00
Rui Chafes e Orla Barry voltam a colaborar numa exposição que escolhe propositadamente os espaços mais escuros e desprovidos de luz natural do Museu Colecção Berardo (Lisboa). Até 21 de Agosto.
Em 2001, Orla Barry (n.1969, Wexford, Irlanda) e Rui Chafes (n.1966, Lisboa) colaboraram numa exposição, "Unsaid", na antiga Galeria Canvas (hoje, Galeria Graça Brandão) no Porto. "Five Rings" é a reunião destes dois artistas cujo trabalho se cruza através da predilecção pela tensão entre o visual e o literário. Ambos "traduzem" as suas obsessões muitas vezes na forma de escultura, e nesta exposição escolheram as salas mais escuras do museu para estabelecer um percurso narrativo que nos leva a "uma espaço de memória ficcional".
A Sala do Veado faz 20 anos. Para comemorar, reuniu um grupo extenso de artistas com quem colaborou ao longo dos anos, numa única exposição. Até 30 de Outubro no Museu Nacional de História Natural, em Lisboa.
Ahmed Ismael, Ana Vieira, Armanda Duarte, Barbara Lessing, Bryan Crockett, Evelina Oliveira, Fernanda Fragateiro, Gabriel Abrantes, Gilberto Reis, Gyan Panchal, Joana Vasconcelos, Miguel Palma, Miguel Bonneville, Pedro Tropa, Sérgio Mah, Sérgio Taborda, Stela Soares, Vitalina Sousa, , entre outros