De 3 a 16 de julho, a convite do Museu de Lamego, o Colégio de Lamego presta tributo ao artista plástico, antigo professor de Desenho e Teatro e primeiro diretor do Museu de Lamego, João Amaral, com uma exposição de artes visuais. Inspirados nos desenhos, caricaturas e retratos, do mestre, os alunos Ema Mendes, Kelly Pedro, Núria Guedes e Raúl Mateus desenharam, pintaram e fotografaram, e Guilherme Gomes escreveu: “… Saber ver, através de cada face, por detrás de cada olhar, uma alma… O traço é emoção; a cor é sentimento; cada rosto é um ser, particular, porém, colectivamente, dado ao Mundo.”
A inauguração da exposição “Nos 150 anos de João Amaral” está agendada para dia 3 de julho, pelas 17h00, no Museu de Lamego.
Dedicado ao tema Museus para a Educação e a Investigação, o Dia Internacional dos Museus é assinalado pelo Museu de Lamego, a 18 de maio com a abertura de De paço a museu, uma exposição que resulta de um projeto, dos mais ambiciosos levados a efeito pelo Museu de Lamego, de investigação e da aplicação das novas tecnologias, com propósitos educativos e de divulgação do conhecimento produzido sobre a evolução do edifício onde o museu se encontra instalado, desde a sua criação, em 1917, até à atualidade.
Com inauguração marcada para o dia 18 de maio, pelas 18h30, a exposição estará patente até 7 de julho de 2024.
Já se encontra disponível online, com acesso gratuito, o catálogo da exposição Casa da Corredoura. Coleção de fotografia família Perfeito de Magalhães e Menezes, realizada no Museu de Lamego entre dezembro de 2022 e outubro de 2023.
Da exposição ao catálogo, de autoria de Nuno Resende, Maria do Carmo Serén, Luís Mascarenhas Gaivão e Alexandra Braga Falcão, com Paula Pinto, no design gráfico e paginação, para ver e ler devagar um álbum inédito, de inestimável valor documental, por certo, um dos mais antigos a registar a vida privada de uma casa do Douro.
A partir de fevereiro de 2024, o Museu de Lamego apresenta De Paço a Museu, uma exposição temporária que tem como ponto de partida a criação de uma narrativa em torno da memória histórica e emocional do edifício, antigo paço episcopal, onde o museu se encontra instalado.
Meticulosamente concebida e programada por forma a comunicar e ensinar, incluindo os públicos num imaginário envolvente, de interação intelectual e emocional, a exposição pretende proporcionar uma experiência intensa, imersiva, com uma linguagem correta e científica e, simultaneamente, clara, comunicativa, estimulativa, divertida e educativa, vocacionada para todos os públicos, independentemente das suas capacidades físicas e cognitivas.
De autoria de Ana Brito e Rita Veiga, o livro "Cinco Séculos de Pintura. Guia ilustrado da pintura no Vale do Varosa e Museu de Lamego" vai ser apresentado no Museu de Lamego, na próxima segunda-feira, dia 19 de fevereiro, numa sessão destinada às escolas.
Percorrendo 500 anos de encomenda artística e nomes maiores da pintura portuguesa, como Grão Vasco, Gaspar Vaz, os mestres de Ferreirim - Garcia Fernandes, Gregório Lopes e Cristóvão Figueiredo -, André Reinoso, Bento Coelho da Silveira e Pedro Alexandrino de Carvalho, entre outros, o livro/guia ilustrado propõe uma viagem ao interior das pinturas, para conhecer materiais, suportes, ferramentas e utensílios, pigmentos e sua evolução ao longo dos séculos.
A sessão contará com a presença das autoras e a entrada é gratuita.
Apresentada no passado dia 12 de outubro, no contexto do Festival Literário – Textemunhos 2023, a exposiçãoMelancolia Tropical ou a Ilha do Equador, deDaniel Blaufuks, vai estar patente ao público, no Museu de Lamego, até 11 de fevereiro de 2024.
Melancolia Tropicalresulta do convite endereçado ao artista português para desenvolver um trabalho sobre [Des] Colonização, tema da 2.ª edição do Festival, que coincidiu com uma recente residência artística realizada por Daniel Blaufuks, em São Tomé e Príncipe, nas roças de cacau e café.
no Convento de Santo António de Ferreirim, 29 de outubro, 15h30
No próximo dia 29 de outubro, a partir das 15h30, acontece no Convento de Santo António de Ferreirim o oitavo fórum de discussão sobre Património e Sustentabilidade OIKOS- A Casa Comum. A sessão intitulada A Música da Casa terá como convidados a soprano Ana Maria Pinto, a arquiteta paisagística Sara Velho, numa conversa moderada por João Pereira (Teatro Solo).
A seguir à mesa redonda, terá lugar um concerto participativo com os Coros da Novaterra, que através da interpretação de vários temas do Cancioneiro da Árvore, assim como melodias e danças de inspiração africana e indígena, pretendem celebrar “a Terra cantando e dançando, oferecendo ao público a perceção corpórea do pássaro e do vento, da folha e da seiva”.
OIKOS – A CASA COMUM é um projeto sediado no Convento de Santo António de Ferreirim, que desde a sua apresentação, em setembro de 2022, compreende encontros regulares dedicados ao Ambiente e Sustentabilidade, que aposta na transversalidade de disciplinas e formas de expressão artística, ligadas pela causa comum do presente e o futuro do Planeta, a CASA COMUM.
Organizado pelo Museu de Lamego, Monumentos do Vale do Varosa e Teatro Solo, com a parceria do Município de Lamego, OIKOS – A CASA COMUM é um lugar, que se pretende, de diálogo com a sociedade, sobre cultura ambiental.
Com um formato original em relação a eventos congéneres, desde logo, por ser promovido por um Museu, TEXTEMUNHOS promove o Livro e a Literatura, como ponto de partida para um debate multidisciplinar sobre o papel da memória e dos museus na sociedade contemporânea, em torno de conversas abertas, encontros com escritores, exposições, leituras, cinema, dança, música e workshops. Mantendo firme o propósito do Festival, como um espaço de construção e transformação, comprometido com o futuro, que se pretende melhor, a programação da 2.ª edição destina-se a revisitar Sala Colonial, alargando a outros domínios, além da Literatura, o projeto da artista Catarina Simão, conhecida por uma prática de confronto com o Arquivo, desenvolvido no Museu de Lamego e Escola Secundária de Latino Coelho de Lamego.
A 2.ª edição do Festival Literário, a acontecer entre 12 e 14 de outubro, no Museu de Lamego, apresenta um cartaz que aposta na diversificação e internacionalização do painel de convidados, para um diálogo, que se pretende alargado a outros domínios de expressão artística, entre Museu e Literatura.
Aliás, é nesse sentido que o elenco deste ano conta com diversos convidados estrangeiros, nomeadamente, de países africanos. «Observar a colonização e a descolonização pela lente dos países que foram o seu palco permite ampliar o quadro mental em que tudo isto se discute e introduz perspetivas, por vezes, obliteradas por um eurocentrismo enraizado, ainda que algo inconsciente. O objetivo é refletir sobre as consequências das decisões no passado, amplamente identificáveis no presente, com vista a contribuir para um futuro distinto», João Morales, programador do Textemunhos 2023.
O festival arranca dia 12, pelas 18h00, com a inauguração da exposição MELANCOLIA TROPICAL ou A ILHA QUE PERDEU O EQUADOR, de Daniel Blaufuks, seguida de conversa com o autor e João Pedro Fonseca, artista visual multidisciplinar, que já trabalhou em teatro, ópera e dança. O programa prossegue à noite, no Centro de Tropas e Operações Especiais, onde, às 21h30, vai ser exibido o filme OS IMORTAIS, de António-Pedro Vasconcelos.
Sexta-feira, dia 13, pelas 10h00, começa com uma sessão destinada aos alunos do Ensino Básico, protagonizada pela escritora são-tomense Olinda Beja, trazendo o imaginário e as histórias de paragens distantes. Às 11h30, António Alberto Alves, o livreiro da Traga-Mundos (que este ano é a livraria responsável pela Feira do Livro que acompanha o festival), protagoniza a sessão seguinte (destinada aos alunos do Ensino Secundário), contando-nos as suas aventuras no âmbito da promoção e dinamização da “Língua e Cultura Portuguesas na Guiné-Bissau”, revivendo a BANKADA ANDORINHA, iniciativa que coordenou neste país.
Às 15h30, teremos uma conversa em torno do documentário SALA COLONIAL, realizado por Catarina Simão, que estará à conversa com José Roseira, figura ligada às letras e às artes. Filme e exposição, “Não visitem a Sala Colonial” serão apresentados no Museu de Lamego, em 2024. Este momento do festival é complementado com O AMOR EM TEMPO COLONIAL, uma leitura de textos pelo ator João Pereira e pela professora universitária Maria Cláudia Henriques, contextualizados por esta docente.
Às 17h00, Manuela Cantinho (diretora da Sociedade de Geografia de Lisboa) e a escritora Raquel Ochoa protagonizam a conversa PARTIR INCERTO, VOLTAR OUTRO.
Às 18h30, a poeta e académica Raquel Lima (que, atualmente, desenvolve investigação sobre oratura, escravatura e movimentos afro diaspóricos) junta-se a Olinda Beja e trazem-nos HISTÓRIAS HERDADAS PELA SEIVA. Seguir-se-á uma performance de Raquel Lima, designada ASAS COM RAÍZES, pelas 21h30.
O dia encerra com a conversa agendada para as 22h00, entre a escritora Isabela Figueiredo (autora de Cadernos Coloniais) e o escritor e jornalista Jessemusse Cacinda, que acaba de publicar em Moçambique, país onde reside, o seu livro Kwashala Blues. Este momento recebeu por título LITERATURA – MEMÓRIA E IMAGINAÇÃO EM CONSPIRAÇÃO.
Sábado, 14 de outubro, pelas 11h00, a manhã é ocupada por RAIZES um workshop de Expressão Corporal, pelo coreógrafo Roberto Sabença, destinado a um público heterogéneo, de todas as idades.
Da parte da tarde, pelas 16h30, o programa inicia com dança, HERANÇA COLONIAL, uma narrativa visual e emocional que utiliza movimentos corporais para transmitir mensagens e emoções, encenada por Roberto Sabença e protagonizado pelos seus alunos.
Pelas 17h00, o angolano Zetho Cunha Gonçalves, poeta, estudioso da poesia e da literatura africanas, autor de vários e antologias (de poesia e para a infância), junta-se ao escritor e jornalista angolano Gociante Patissa para dar voz à penúltima conversa, LÍNGUA TENTACULAR.
Pelas 18h00, Álvaro Laborinho Lúcio, romancista e antigo Ministro da Justiça, junta-se a Luís Filipe Castro Mendes, poeta, diplomata e igualmente antigo Ministro, com a pasta da Cultura, para a sessão PELA PALAVRA PARTILHAMOS.
Pelas 19h30, o festival encerra com o concerto SONS EM VIAGEM, de Reinis Jaunais, músico e compositor nómada, natural da Letónia.
Promovido pelo Museu de Lamego, Textemunhos é um Festival Literário que conta com a parceria do Agrupamento de Escolas Latino Coelho – Lamego, Município de Lamego, Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego, CTOE, Livraria Traga-Mundos, Teatro Solo, Nos, AD Dance Compagny e Galeria Vera Cortês. Media partner: O Grito e o Cochicho – Podcast.
O Signo e a Paisagem – A Estrada Nacional 2 em livro, no Museu de Lamego
Dia 30 de junho, pelas 18h30, vai ter lugar no pátio do Museu de Lamego, a apresentação do livro O Signo e a Paisagem. N2, dos fotógrafos Augusto Lemos e Conceição Magalhães.
Em 2021, o casal Augusto Lemos e Conceição Magalhães puseram o pé à estrada e, de bicicleta, percorreram os cerca 739 quilómetros que atravessam o país entre Chaves e Faro. Fotógrafos, ambos, registaram o percurso, num registo que é feito de memórias e afetos. Enquanto Augusto Lemos tratou as paisagens das beiras do caminho (a paisagem), Conceição Magalhães foi fotografando os marcos de estrada (os signos). Não todas as paisagens nem todos os signos, o que resultaria num trabalho pouco conveniente a uma publicação fotográfica, dada a extensão do território e dos marcos que o sinalizam. “Já que a estrada era mítica, os fotógrafos optaram por introduzir outro elemento mítico, escolheram marcos que apresentavam o número de quilómetros em capicua, números que, como aprendemos, dão sorte a quem os acha”, como refere Maria do Carmo Serén, no seu texto de abertura ao livro.
Numa edição de autor, constituída por 739 exemplares numerados com os números capicuas assinados (mais o número zero também assinado), O Signo e a Paisagem conduz-nos estrada fora pela N2 que, se ao longo das décadas foi perdendo a sua importância devido ao desenvolvimento da rede de autoestradas de Portugal, nos últimos anos, tem sido alvo de interesse turístico, com muitos viajantes a percorrê-la de lés a lés de carro, moto ou bicicleta para explorar as paisagens, vilas e cidades. O livro, em jeito de álbum de memórias fotográficas, é por isso também um convite de descoberta do sentido do belo das coisas.
O livro vai ser apresentado pelos autores, na primeira iniciativa a decorrer no pátio do Museu de Lamego, após um prolongado período de encerramento, por motivo de obras.
O Zigurfest decorrerá entre os dias 27 e 29 de Julho, em Lamego. O festival irá circular pelos locais: Teatro Ribeiro Conceição, Rua da Olaria, Museu de Lamego, Parque Biológico e Casa do Artista (no Bairro do Castelo).
Na sua 12ª edição, o Zigurfest quer voltar repensar a forma de colocar-se ao serviço de quem o fez sobreviver ao longo destes anos: o público e os artistas; dessa forma, antecipa-se no calendário e reconfigura-se como um pequeno laboratório de criação, pensamento, debate e práticas artísticas.
Durante 3 dias, o Zigurfest quer explorar aquilo que conhecem melhor: os territórios, as pessoas e as tradições que o rodeiam. É vontade da organização do Festival, estar em diálogo constante com as mais pertinentes criações artísticas feitas em Portugal, colocando o ZigurFest ao serviço da comunidade, aproximando ainda mais artistas e público e esbatendo a fronteira entre criador e criação, novidade e tradição.
António Matos Silva, director musical do Zigurfest, refere que "esta mudança - a primeira deste tipo em 12 anos de actividade ininterrupta - acontece perante uma situação particularmente desafiante para o panorama artístico nacional, em que muitas estruturas, como a nossa, estão a enfrentar cortes significativos na sua dotação financeira. Mas porque estamos aí há mais de uma década e queremos ficar pelo menos mais uma, reforçámos as parcerias de sempre e preparámos uma edição que assinala uma nova fase do festival."
Como vem acontecendo desde a primeira edição, o ZigurFest tem o apoio do Município de Lamego e do Museu de Lamego e a entrada é gratuita, em todas as actividades.