15.º ZigurFest: Festival acontece nos dias 31 de Julho, 1 e 2 de Agosto em Lamego
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Museu de Lamego | RPM – Rede Portuguesa de Museus
Museu de Lamego acolhe em abril a sétima edição do Programa Visitas em Rede, com o tema [Não] Visitem a Sala Colonial
O Museu de Lamego será a próxima paragem do programa “Visitas em Rede”, iniciado em outubro passado, com o objetivo de aproximar os profissionais de museus RPM de Norte a Sul do país.
Agendada para o dia 23 de abril, a visita será dedicada à exposição Não visitem a sala colonial, como pretexto para uma reflexão sobre a missão dos museus na atualidade e principais desafios.
A visita inicia-se pelas 10h00, com uma apresentação das equipas do Museu de Lamego e do projeto de mediação em torno da exposição Não visitem a sala colonial, resultante de uma parceria, envolvendo, além do Museu anfitrião, a curadora, Catarina Simão, o serviço educativo do Museu do Douro e o projeto ping!, da Galeria Municipal do Porto.
O programa prossegue, da parte da manhã, com uma visita ao museu, numa altura em que este vive um momento particularmente desafiante da sua história, relacionado com a reabilitação do edifício e da renovação de todo o programa de exposição das coleções, a obrigar ao esforço de uma programação regular de exposições temporárias, enquanto grande parte das galerias se encontra encerrada ao público, desde 2021, transformada numa grande reserva. Após o périplo pelos espaços de acesso restrito, seguir-se-á a visita à exposição Não visitem a sala colonial, acompanhada pela curadora.
Após o intervalo para o almoço, terá lugar um debate antecipado pelo visionamento da curta-metragem Sala Colonial, o filme, realizado por Catarina Simão, a que se seguirá uma mesa-redonda, moderada pela investigadora e museóloga Inês Fialho Brandão, com a participação de vários convidados – Amélia Polónia, Manuela Cantinho, Nyangala Zolho e Paulo Catrica - ligados à investigação, à expressão artística e ao ensino, para uma reflexão sobre os grandes temas que a exposição equaciona: 1. Os arquivos podem mentir?; 2. Os museus refletem quem somos ou quem não somos?; 3. Lembrar o passado: aprender ou desaprender?; 4. O racismo vem da história?.
Iniciado no passado dia 1 de outubro de 2024, o Programa "Visitas em Rede" nos Museus do Município de Leiria, m|i|mo - museu da imagem em movimento e Museu de Leiria, com a temática “Parcerias estratégicas em museus RPM”, a segunda edição decorreu no Museu das Comunicações, a 3 de dezembro, dedicada às “Boas práticas museológicas”. A terceira edição realizada no Museu Marítimo de Sesimbra, a 29 de janeiro passado, foi orientada para a questão dos “Museus Portugueses, estratégias de internacionalização”. A quarta edição foi organizada pelo Palácio Nacional de Sintra, a 12 de março, e dedicada ao tema “Heterogeneidade de estratégias integradas num Palácio-Museu”. A quinta edição teve lugar no Museu Nacional de Arqueologia, no dia 21 de março, e o tema abordado foi “Programa Museológico como ferramenta de gestão”.
A sexta sessão vai realizar-se no Museu da Comunidade Concelhia da Batalha e no Museu Escolar de Marrazes, dia 15 de abril, com as temáticas “Acessibilidade e inclusão” e “Redes dentro da Rede – A importância das Parcerias”.
PROGRAMA | 23 abril
10h00 | Apresentação de equipas
(Museu de Lamego + projeto Sala Colonial)
11h00 | Pausa para café
11h15 | Visita ao Museu + Visita à exposição Não visitem a sala colonial
12h30 | Almoço livre
14h30 | Visionamento da curta-metragem realizada por Catarina Simão, Sala Colonial, o filme
Debate
15h30 | Pausa para café
15h45 | Mesa-redonda
. Inês Fialho Brandão | Moderação
. Amélia Apolónia | Os arquivos podem mentir?
. Manuela Cantinho | Os museus refletem quem somos ou quem não somos?
. Paulo Catrica | Lembrar o passado: aprender ou desaprender?
. Nyangala Zolho | O racismo vem da história?
Todos os profissionais de Museus RPM estão convidados a participar. A inscrição é gratuita, mas obrigatória, e necessariamente limitada.
As inscrições decorrem até ao dia 20 de abril de 2025.
| Link para o formulário de inscrição: https://forms.gle/NPGBULVieFf53brm7
| Mais informações: https://museudelamego.gov.pt/exposicao/nao-visitem-a-sala-colonial/evento-visita-em-rede-rpm/
O Porto de João Amaral [1874-1955]. Nos 150 anos do seu nascimento
Exposição temporária
Casa dos Livros. Palacete Burmester. Porto
13 de novembro 2024 – 31 de janeiro de 2025
Com inauguração marcada para a próxima quarta-feira, 13 de novembro, pelas 17h30, na Casa dos Livros - Palacete Burmester, no Porto, a exposição O Porto de João Amaral (1874-1955) assinala os 150 anos do nascimento de uma figura incontornável de finais do século XIX e primeira metade do século XX, em Lamego, de onde era natural.
Após concluir o exame da 4.ª classe, João Amaral, parte para o Porto, em 1887 em debanda da estrela que [o havia de guiar] os passos pela vida fora. (João Amaral). De ajudante de ourives, na rua das Flores, uma das palpitantes na transição do século, João Amaral foi depois caixeiro num estabelecimento de tecidos, ao mesmo tempo que se matrícula na então Academia de Portuense de Belas-Artes, no curso de Desenho Histórico, do mestre João Marques de Oliveira, onde se distingue ao lado de colegas como Aurélia de Sousa, a irmã Sofia e Acácio Lino de Magalhães. Inesperadamente, abandona os estudos para se dedicar a outra paixão: o Teatro, e ao jornalismo humorístico ilustrado, com referência a Rafael Bordalo Pinheiro, de início com o jornalista Alberto Bessa, na Galeria Portugueza e, mais tarde, como diretor artístico do jornal com maior tiragem do Porto, o Charivari (1898), na companhia do primo, Acácio Trigueiro (pseudónimo de Acácio Guedes do Amaral), diretor literário. Após uma breve estada no Brasil, regressa definitivamente a Lamego, c.1900, voltando as costas a uma carreira auspiciosa, para se dedicar ao ensino e à primeira direção e organização do Museu de Lamego, entre 1917 e 1955.
Com curadoria de Alexandra Braga Falcão e Nuno Resende, e a coorganização do Museu de Lamego e a Casa dos Livros – Faculdade de Letras da Universidade do Porto, a exposição parte do primeiro caderno de esquiços que se conhece de João Amaral, o seu Álbum de Serões (1891), para um périplo pela cidade burguesa, militar, intelectual, boémia e artística, pontuada pelas convulsões sociais e políticas, que antecederam a queda da Monarquia. Os desenhos que preenchem as páginas deste primeiro álbum, ingénuos, a maior parte, fazem, no entanto, intuir o talento e o olhar mordaz sobre a sociedade, que atingem o seu expoente na participação no Charivari.
A exposição prossegue com a formação obtida na Academia, num núcleo que põe em diálogo o trabalho de João Amaral com o da condiscípula Aurélia de Sousa, através de trabalhos cedidos pela Câmara Municipal de Matosinhos, para pôr em evidência assimetrias de percurso que, no entanto, revelam um matiz comum, da aprendizagem com o Mestre Marques de Oliveira, representado na exposição através de um trabalho pertencente à Faculdade de Belas-Artes da Universidade do Porto.
O núcleo seguinte reúne um conjunto de trabalhos de João Amaral, reproduções e originais provenientes de coleções particulares e do Museu de Lamego, executados quer ainda no Porto, quer já em Lamego, nos domínios do desenho “ao natural” da pintura e da caricatura, este último, onde indubitavelmente se sentia mais confortável e se notabilizou.
A exposição termina com uma evocação dos alunos do curso de Artes Visuais do Colégio de Lamego, ao antigo mestre de desenho e de teatro, João Amaral, que lecionou nessa instituição de ensino, entre 1906 e 1943, a convite do Pe. Alfredo Pinto Teixeira, reconhecendo a importância do ensino artístico na formação dos discentes.
Coorganizada pelo Museu de Lamego e pela Casa dos Livros – FLUP, a exposição conta com o apoio da Freguesia de Lamego – Almacave e Sé e a Seguradora Lusitânia.
No próximo dia 19 de outubro, pelas 15h00, o Museu de Lamego vai reunir três investigadoras numa mesa-redonda, dedicada à investigação, no feminino, sobre o museu e as suas coleções.
A mesa-redonda Boas Raparigas insere-se na programação complementar da exposição temporária “Boas raparigas. Lamego nas décadas de 1930-1950, por Manuel Pinheiro da Rocha”, para a partilha do conhecimento que tem vindo a ser produzido, sobre o Museu de Lamego, a sua história e as suas coleções, no âmbito da investigação académica, levada a efeito mediante parcerias, com a Faculdade de Letras da Universidade do Porto e Universidade de Salamanca.
Inaugurada a 22 de junho de 2024, no contexto das comemorações dos 50 Anos do 25 de Abril, “Boas Raparigas”, a exposição parte de um conjunto de fotografias de Manuel Pinheiro da Rocha (n.1893, Britiande. Lamego), do Centro Português de Fotografia, captadas em Lamego, durante as décadas de 1930-1950, para pôr em relevo uma iconografia visual da Mulher, disseminada durante o Estado Novo. Propondo uma reflexão crítica sobre modelos estereotipados da Mulher, marcadamente masculinos e vinculadora a uma imagem assaz redutora, em simultâneo com a abertura da exposição, o Museu de Lamego apresentou a peça “Memórias de uma Falsificadora”, a partir do livro de memórias de Margarida Tengarrinha, a que se sucedeu por um debate sobre o papel da Mulher na sociedade atual, a que se pretende dar continuidade, na mesa-redonda “Boas Raparigas”.
Com um painel moderado pela museóloga e docente universitária Patrícia Remelgado e, tendo como convidado o historiador e igualmente docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Nuno Resende, participam na mesa-redonda três investigadoras, de diferentes proveniências – Brasil, Espanha e Portugal - que, no âmbito de cursos de mestrado ou pós-doutoramento, trabalham diretamente as coleções do Museu de Lamego, com um contributo inestimável para uma melhor e mais abrangente compreensão desta Instituição centenária.
Remetendo-nos para o mosteiro das clarissas de Lamego, o extinto mosteiro das Chagas, Luiza Farias realizou uma tese de mestrado de compilação do conhecimento produzido sobre a capela de São João Evangelista (inv. ML123), a maior e mais opulenta de todas as capelas e altares erigidos nos claustros desse cenóbio feminino. Também para esse mosteiro, nos orienta o objeto de estudo da investigadora Joana Amoroso, que se encontra a trabalhar duas pinturas, das mais icónicas, que integram o conjunto decorativo da capela de São João Batista – “A Virgem com o Menino” e “Santa Maria Madalena” – ambas atribuídas a uma monja artista, natural de Évora, Soror Maria Josefa dos Anjos.
Numa outra vertente de investigação, Elena Muñoz convida-nos a refletir sobre o papel das mulheres que transformaram o Museu de Lamego, através do trabalho que realizou no Arquivo, de levantamento dos bens incorporados, doações e legados, por iniciativa de mulheres, com um contributo decisivo para diversificar as coleções, além da sua natureza religiosa primeva, que esteve no fundamento da criação do Museu.
Organizada pelo Museu de Lamego, com a Junta de Freguesia de Britiande, a mesa-redonda conta com o apoio da ESTGL – Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego.
A entrada é gratuita.
PROGRAMA:
| Elena Muñoz (Espanha)
“Uma lembrança nossa. De mujeres que transformaron el Museo de Lamego (revisitando el Archivo de Donaciones)”
| Joana Rosas Amoroso (Portugal)
“Duas pinturas do Retábulo de São João Baptista atribuídas a Maria dos Anjos: questões de abordagem e orientações para o seu estudo”
| Luiza Freitas Faria (Brasil)
“João, (o amado) evangelista. Análise plástica e iconográfica da capela do santo evangelista para exposição interativa no Museu de Lamego”
| Nuno Resende (Portugal)
Investigador | Docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (convidado)
| Patrícia Remelgado (Portugal)
Museóloga | Docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (moderação)
De 3 a 16 de julho, a convite do Museu de Lamego, o Colégio de Lamego presta tributo ao artista plástico, antigo professor de Desenho e Teatro e primeiro diretor do Museu de Lamego, João Amaral, com uma exposição de artes visuais. Inspirados nos desenhos, caricaturas e retratos, do mestre, os alunos Ema Mendes, Kelly Pedro, Núria Guedes e Raúl Mateus desenharam, pintaram e fotografaram, e Guilherme Gomes escreveu: “… Saber ver, através de cada face, por detrás de cada olhar, uma alma… O traço é emoção; a cor é sentimento; cada rosto é um ser, particular, porém, colectivamente, dado ao Mundo.”
A inauguração da exposição “Nos 150 anos de João Amaral” está agendada para dia 3 de julho, pelas 17h00, no Museu de Lamego.
Entrada livre.
Dedicado ao tema Museus para a Educação e a Investigação, o Dia Internacional dos Museus é assinalado pelo Museu de Lamego, a 18 de maio com a abertura de De paço a museu, uma exposição que resulta de um projeto, dos mais ambiciosos levados a efeito pelo Museu de Lamego, de investigação e da aplicação das novas tecnologias, com propósitos educativos e de divulgação do conhecimento produzido sobre a evolução do edifício onde o museu se encontra instalado, desde a sua criação, em 1917, até à atualidade.
Com inauguração marcada para o dia 18 de maio, pelas 18h30, a exposição estará patente até 7 de julho de 2024.
Já se encontra disponível online, com acesso gratuito, o catálogo da exposição Casa da Corredoura. Coleção de fotografia família Perfeito de Magalhães e Menezes, realizada no Museu de Lamego entre dezembro de 2022 e outubro de 2023.
Da exposição ao catálogo, de autoria de Nuno Resende, Maria do Carmo Serén, Luís Mascarenhas Gaivão e Alexandra Braga Falcão, com Paula Pinto, no design gráfico e paginação, para ver e ler devagar um álbum inédito, de inestimável valor documental, por certo, um dos mais antigos a registar a vida privada de uma casa do Douro.