E chegou o novo single de Mirror People, o alter ego do músico, produtor, DJ e teclista dos X-Wife, Rui Maia. O tema, intitulado “Million Questions”, será lançado no próximo dia 9 de maio, marcando o arranque da antecipação para o seu novo álbum, “Desert Island Broadcast”, com lançamento agendado para 26 de setembro.
“Million Questions” é uma composição de Rui Maia e Rö (nome artístico de Maria do Rosário), que também assina a letra e interpretação vocal. A faixa vai buscar influência ao funk e jazz hipnótico, misturando-se com uma eletrónica vincada e identitária do projeto. Conta ainda com Ana Vieira e Isa Gomes nas vozes secundárias e com a participação especial de João Cabrita no saxofone. A produção e composição são inteiramente da autoria de Rui Maia, tendo sido misturado por Zé Nando Pimenta (Arda Recorders, Porto) e masterizado por Jorge Lima.
Este ano, Mirror People assinala 10 anos desde a edição do seu disco de estreia, “Voyager”, que contou com colaborações de artistas como Hard Ton, James Curd, Rowetta ou Iwona Skv, e que deu origem a temas como “I Need Your Love” (incluído na banda sonora do filme Razzia, de Nabil Ayouch) ou “Open Hand” (criado para uma campanha publicitária da marca Prada).
Fruto de uma residência artística realizada em novembro de 2023 no espaço SERRA (Leiria), no âmbito das Academias MIL, o tema parte da desconstrução do cancioneiro popular português para se reinventar através da pop contemporânea e da eletrónica sensível. Produzida por Nuno Rancho, “Queimada” foi finalista da Mostra Nacional de Jovens Criadores do Gerador em 2024.
Com um pulsar hipnótico de baixo e percussão, a canção explora os diferentes estágios do luto, através de uma tapeçaria vocal densa e intimista. Apesar das suas vozes e linguagens distintas, os quatro artistas convergem na forma como abordam a palavra, a melancolia e a construção narrativa — num exercício de fusão entre tradição e vanguarda.
Inspirado num poema de João Francisco Lima, “Poço” surgiu de forma quase mágica, quando Francisco Bouza Serrano encontrou por acaso um livro do autor e sentiu que a sua melodia encaixava perfeitamente na segunda estrofe. O resultado é uma canção carregada de emoção e intensidade, que ganha nova dimensão no videoclipe realizado por Bruno Wolf Pinto e Clyde Hannah.
Além deste lançamento, a banda prepara-se para apresentar “Viso” numa Listening Party, no dia 17 de fevereiro, no Camones Artes Bar, em Lisboa, entre as 19h e as 23h. O evento, aberto ao público, surge no seguimento da campanha de crowdfunding que financiou a produção do disco.
Depois de terem apresentado “There is nothing wrong”, os Mono Clones – formados por Bruno Le Roc, Pedro “Zap” Pimenta, Ruben Rodrigues e David Moura – regressam com um tema que combina humor negro, crítica mordaz e o espírito notívago que caracteriza o seu Late Night Rock.
A canção explora a fragilidade das juras amorosas e a efemeridade do “para sempre”, sublinhada num refrão que afirma sem rodeios: “Nothing fades quicker than eternal love”. Com ironia e guitarras envolventes, os Mono Clones mantêm-se fiéis às influências que vão desde The Doors e The Strokes, criando uma narrativa que é, simultaneamente, um lamento e uma paródia sobre a transitoriedade dos sentimentos humanos.
"Frutos Maduros" é o novo trabalho de Pedro Santos e João Pedro Silva, com a participação especial de Rita Maria, editado a 22 de novembro de 2024 pela Artway Records. Este disco resulta de um percurso conjunto de mais de 25 anos de palco entre Pedro Santos e João Pedro Silva, uma dupla de acordeão e saxofone que se distingue pela profunda cumplicidade e pela abordagem sensível e refletida à música. A partir de obras de quatro compositores portugueses de jazz contemporâneo — Bernardo Sassetti, Mário Laginha, Daniel Bernardes e Jorge Salgueiro — e de um tema original de Lino Guerreiro, "Frutos Maduros" explora a plasticidade dos sons do acordeão, saxofone e voz, criando uma nova sonoridade que emerge da fusão tímbrica destes instrumentos.
A participação de Rita Maria, cuja voz se destaca pela fusão entre a improvisação do jazz, a nostalgia do fado e o experimentalismo, acrescenta uma dimensão única ao projeto. A artista traz a sua maturidade musical para este encontro, enriquecendo a sonoridade do disco e fortalecendo a sua autenticidade. Os compositores envolvidos no projeto acolheram com entusiasmo a proposta de Pedro Santos e João Pedro Silva, contribuindo com partituras e arranjos que ajudaram a dar forma a este trabalho. Daniel Bernardes descreve o disco como "uma felicidade tremenda" por ter contribuído com algumas linhas de música para este encontro, enquanto Mário Laginha destaca a qualidade e inspiração notáveis das interpretações dos seus temas, que considera reinventados com mestria.
A banda .cruzamente, composta por Francisco Rodrigues (voz), Pedro Cardoso (saxofone e harmónica), Carlos Loureiro (guitarra), Rodrigo Aroso (baixo) e Guilherme Magalhães (bateria), acaba de lançar o novo single “ser de passagem”, acompanhado de videoclipe. Este é o terceiro single retirado do álbum “um bicho como nós”, que foi editado a 10 de maio deste ano. Com este lançamento, a banda dá continuidade ao percurso iniciado com os singles “bichos”, apresentado ao público a 8 de março, e “ilusões”, lançado a 3 de maio.
“ser de passagem” explora a efemeridade da vida, marcada por uma constante descoberta entre flores e naufrágios. A canção convida à introspeção, reconhecendo que, apesar da brevidade da existência, o caminho é fértil em renovações e possibilidades. “Somos seres de passagem, voláteis na imensidão eterna, flutuantes”, reflete a banda, que imprime na música uma mensagem carregada de significado e intensidade. Com produção e mistura de Pedro Vidal e masterização de Mário Barreiros, o tema reflete a essência artística dos .cruzamente e a exploração de novos caminhos musicais.
Oriundos de Vila do Conde, os .cruzamente começaram o seu percurso em 2012, tendo desde então construído um trajeto marcado por atuações em diversos palcos de Norte a Sul do país, passando por eventos como a Queima das Fitas do Porto e a Festa do Avante. A banda caracteriza-se pela fusão de uma base pop/rock com elementos funk e ritmos variados, que criam uma sonoridade rica e inesperada. Antes de avançarem para o seu primeiro álbum, o grupo lançou três EPs: “CruzaMente” em 2015, “Agitado” em 2019 e “Doninha” em 2020.
Os .cruzamente exploram, no álbum “um bicho como nós”, os tempos polarizados que vivemos, onde a dificuldade em percecionar quem está do outro lado muitas vezes resulta em simplificações redutoras. A banda aborda a complexidade de cada indivíduo, inquirindo a ideia de que cada “bicho” carrega em si múltiplas facetas — difíceis de compreender plenamente sem um profundo exercício de autoconhecimento. A proposta do álbum passa por ampliar esta reflexão, levando-nos a reavaliar não só a perceção que temos de nós próprios, mas também a forma como olhamos para os outros, promovendo um aumento da empatia e da compreensão. Este processo, sublinham, revela a nossa própria falibilidade e reforça a necessidade de aceitar o outro como um “bicho como nós” — imperfeito, mas igualmente vivo e digno de ser compreendido.
“ser de passagem” já está disponível em todas as plataformas digitais, assim como o videoclipe oficial. A banda irá ainda apresentar o álbum “um bicho como nós” no Auditório Municipal de Vila do Conde, no dia 18 de janeiro, com mais informações a serem reveladas em breve.
A banda Gatos Bomba, composta por Tiago Inácio (acordeão), João Pedroso Antunes (voz e guitarra), Edgar Gama (baixo) e João Messias da Silva (bateria), acaba de lançar o vídeo oficial de “Não Perguntem Porquê”, segundo single do álbum “A Alegria de Estar Desaparecido”, editado no passado dia 27 de outubro. Oriundos do Barreiro, os Gatos Bomba continuam a explorar a fusão entre a música popular portuguesa e a energia crua do punk, reafirmando a sua identidade artística neste novo lançamento.
“Não Perguntem Porquê” é uma balada que reflete um exame de consciência profundo, marcado pela alienação e pela rejeição das exigências societais. Inspirada por canções como “La Guitarra” da banda argentina Los Auténticos Decadentes, a música apresenta uma trindade de desafios – “estudar, trabalhar, casar” – que são questionados através da perspetiva de uma geração em busca de sentido e liberdade, mas frequentemente imobilizada pela inércia e pelo desespero. A letra traça um retrato de um personagem preso na melancolia, explorando temas como o vazio existencial, as tendências esotéricas e os sonhos não realizados.
O nome Gatos Bomba possui uma história peculiar e é inspirado numa tática militar experimental dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, onde gatos armados com explosivos eram enviados ao mar com o intuito de atingir navios inimigos. Esta imagem de deslocamento e confusão em meio a uma guerra serve de metáfora para o projeto, que se dedica a expressar sentimentos de contestação e introspeção.
A escolha de “Não Perguntem Porquê” como segundo single reflete o desejo da banda de destacar uma canção mais acessível e convencional, em contraste com outras faixas mais intensas do disco. Musicalmente, combina elementos de tango, música popular portuguesa e ecos de bandas como The Smiths, criando um diálogo entre o clássico e o contemporâneo.
Os Gatos Bomba descrevem “Não Perguntem Porquê” como um documento musical de uma condição geracional, oferecendo espaço para uma catarse e um convite à reflexão sobre o rumo das nossas escolhas. O vídeo oficial, disponível desde hoje, amplia a narrativa da canção com uma linguagem visual que explora as questões existenciais e as emoções capturadas pela letra.
“Attila, the Crow” é o novo EP de Fritz Kahn and The Miracles Single “Milky Way” acompanha o lançamento do disco
“Attila, the Crow” é o novo EP de Fritz Kahn and The Miracles, o projeto musical de Gonçalo Serras, músico e compositor português que continua a explorar temas de resiliência e introspeção. Este EP, que chega às plataformas digitais acompanhado pelo single “Milky Way”, representa uma nova fase na carreira do artista, que lançou anteriormente dois álbuns de longa duração – “Jonah, The Whale” (2021) e “Gunthi” (2024) –, marcando uma constante evolução musical e temática no universo de Fritz Kahn and The Miracles.
“Milky Way”, o single de lançamento, é uma meditação sobre o sentido de pertença e a busca por um “lar” que transcende as barreiras físicas. Inspirado pelo cosmos e pelas estrelas, Gonçalo Serras evoca a vastidão da Via Láctea como um espaço de acolhimento e serenidade, refletindo uma aceitação pessoal e universal. Com arranjos de Rúben Alves no piano e Miguel Amado no contrabaixo, “Milky Way” funde uma instrumentação cuidada com a voz introspetiva e profunda de Serras, resultando numa melodia que questiona a complexidade das interações humanas e a constante busca pela compreensão mútua.
O EP “Attila, the Crow” é composto por quatro faixas que surgem como o diário de viagem de um observador que procura sentido nos detalhes e resiliência nas pequenas vitórias. O corvo, símbolo escolhido para dar nome ao EP, representa a figura astuta que “rouba” os fragmentos brilhantes que encontra pelo caminho. Para Gonçalo, esta imagem ilustra a sua própria travessia artística e pessoal, marcada por um espírito de sobrevivência, mas também pela capacidade de encontrar luz em momentos fugazes e em interações humanas simples. “Roubo momentos felizes a quem me rodeia, como um corvo que se alimenta do brilho que encontra. E devolvo-os em forma de canção”, comenta Serras sobre o conceito do novo EP.
Depois de mais de duas décadas de carreira, Gonçalo Serras destaca-se pela capacidade de unir elementos de géneros como jazz, rock e música experimental. Em Fritz Kahn and The Miracles, ele questiona os limites entre ciência e magia, influenciado pela obra do médico e cientista judeu-alemão Fritz Kahn, que via o corpo humano como uma máquina perfeita. Este conceito de união entre lógica e mistério é o fio condutor da identidade sonora de Fritz Kahn and The Miracles, uma exploração de camadas harmónicas que capturam a interrogação existencial e a complexidade das emoções humanas.
O percurso do músico foi pontuado por momentos de grande reconhecimento, como a menção honrosa no International Songwriting Competition, mas também por um profundo período de autoexploração e busca interior. Após uma primeira fase de carreira que o levou a palcos como o Festival Super Bock Super Rock e a Casa da Música, Gonçalo Serras afastou-se temporariamente das grandes produções para se dedicar à música em ambientes mais íntimos, evoluindo o seu estilo e aprofundando o seu projeto pessoal. “Attila, the Crow” é a mais recente afirmação desse caminho, onde o artista emerge com uma visão madura e transparente, traduzindo em música a profundidade das suas experiências e das suas perguntas.
O EP “Attila, the Crow” e o single “Milky Way” já estão disponíveis em todas as plataformas digitais, convidando o público a mergulhar numa narrativa musical que oferece tanto de lógico como de encantador, na contínua busca de Fritz Kahn and The Miracles pelo equilíbrio entre o racional e o poético.
David Lisboa, autor, compositor e intérprete oriundo da capital portuguesa, lançou na passada sexta-feira, dia 6 de dezembro, o seu mais recente single, “Follow Your Dreams”. Produzida por Jonny Abbey, a faixa é o mais recente avanço do próximo álbum do artista, intitulado “Super-Heróis”.
A canção “Follow Your Dreams” abraça a temática da liberdade, realização pessoal e a procura por uma vida autêntica. Com uma mensagem positiva, incentiva a seguir sonhos e a explorar paixões que deixam marcas duradouras, longe das pressões impostas por expectativas externas. Musicalmente, a faixa apresenta uma fusão de elementos indie e rock, refletindo o estilo dinâmico de David Lisboa e o tom otimista que caracteriza o seu trabalho.
David Lisboa iniciou o seu percurso artístico ainda em criança, assobiando melodias que mais tarde transformaria em composições completas. O seu percurso já conta com dois trabalhos discográficos: "Tempo para Sonhar”, onde explorou um estilo acústico de cariz latino, e o futuro “Super-Heróis”, que promete apresentar 10 faixas num registo indie-rock, metade em português e metade em inglês. Neste novo trabalho, o artista reflete sobre valores humanos, a paz e a força interior, temas que também marcam a sua nova música.
“Follow Your Dreams” encontra-se disponível em todas as plataformas digitais, apresentando-se como uma amostra do universo e da sonoridade que moldam o próximo trabalho de David Lisboa.
“PENHA” e “BATOTA” são os singles que surgem em antecipação
Os YAKUZA estão de volta com um novo álbum. Depois do aclamado e celebrado ‘AILERON’, a banda fez-se ouvir em palco durante os anos que se seguiram. Pelo caminho, ainda pudemos escutar versões de músicas suas em concerto com ‘LIVE at Festival Iminente’, um natural indicador de uma banda que não se ficou pelo estúdio e que, tanto na pandemia como no seu posterior desconfinamento, ocupou-se com esta importante faceta da sua música.
A banda… bem, sejamos sinceros: nem mesmo os membros olham para esta entidade como uma “banda”. YAKUZA é um coletivo móvel, um grupo de músicos experientes que nunca foi dado a estas noções fronteiriças. No novo álbum ‘2’ há apenas a certeza que Afonso Serro, Afta3000, Pedro Ferreira, Alexandre Moniz e Pedro Nobre são os 5 dedos de uma mão que transborda impressões digitais únicas.
Além de YAKUZA, todos estes músicos estão muito envolvidos no tecido musical português. Afonso Serro fundou Mazarin e Atalaia Airlines; Afta3000 é um baixista experiente, com um projeto de música eletrónica; Pedro Ferreira faz parte de Quelle Dead Gazelle, e já produziu nomes de Pedro Mafama, a Criatura e Expresso Transatlântico; Alexandre Moniz tem estado presente no universo indie, principalmente como membro dos Galgo; e Pedro Nobre é um músico de jazz, com um pé em Portugal e outro na Holanda e, em tenra idade, liderou a numerosa banda Loosense.
Há uma direção estética que aponta para os recantos mais modernos do jazz, mas não ignora a eletrónica e a vontade de dançar que existe entre os sintetizadores, a bateria sincopada, os teclados luxuosos e as grandes linhas de baixo, movimentado e possante. Há liberdade para criar novos mundos no free jazz, como em “AIDA INTRO”, mas não esqueçamos as paisagens para sonhar e uma composição que não olha para o jazz como uma noção estanque, seja em “TRUQUE DI MENTE”, “BATOTA” ou “MEIA DOSE”.
Para já, os dois primeiros singles, “PENHA” e “BATOTA”, saem neste dia, 31 de maio, em todas as plataformas digitais. Duas faixas que abrem a porta para este mundo, numa toada soalheira, tanto contemplativa como intensa.