BIBLIOTECA MUNICIPAL CELEBRA 50 ANOS
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Até 28 de agosto quem visitar a Quintas de Melgaço poderá ainda conhecer a exposição “O Rosto Por Trás da Máscara”. A mostra reúne fotografias da autoria do melgacense Gabriel Cristiano e é uma iniciativa da instituição Contrato Local de Desenvolvimento Social 4ª Geração (CLDS-4G) de Melgaço, que trabalha há dois anos junto dos habitantes idosos do município. As fotografias revelam os rostos desses munícipes, que estiveram “escondidos” pela máscara durante a pandemia. A mostra é acompanhada pelos textos da obra ÉS CURA da autora Paula Alves.
“A máscara impôs-se no nosso dia-a-dia para nos acompanhar e proteger. Permitamos que ela cumpra a sua função, sem medo e com aceitação. O brilho que emitimos com o nosso ser e com o amor que damos resplandecerá sempre muito além de qualquer tapa-sorrisos! Hoje em dia estamos (ou deveríamos estar) mais atentos à nossa volta, lemos sinais diferentes daqueles a que estávamos habituados e sentimos e valorizamos mais a importância e a presença das pessoas. Passamos a olhar, olhos nos olhos, quando falamos com alguém. E isto é verdadeiramente especial (em qualquer idade)”, refere-se a autora Paula Alves, sobre a exposição.
“Queremos abraçar as iniciativas da nossa comunidade e ao mesmo tempo surpreender quem nos visita. Daí abrirmos as portas da nossa sala de provas a esta exposição, numa altura em que recebemos mais turistas, dando a conhecer mais sobre a nossa região, além do vinho”, refere Pedro Soares, Administrador das Quintas de Melgaço.
Para mais informações, consultar: www.quintasdemelgaco.pt
Galandum Galundaina faz parte da genealogia de uma região com um património musical e etnográfico único, que durante muito tempo ficou esquecido. Ao longo dos últimos 20 anos o grupo contribuiu para o estudo, preservação e divulgação da identidade cultural das Terras de Miranda, Nordeste Transmontano.
O seu trabalho de investigação e recolha, junto de pessoas mais velhas com conhecimentos rigorosos do legado musical da região, a par da formação académica na área da música, concretizou-se num sentido renovado no modo de entender as sonoridades que desde sempre conheceram. Com a sua música não procuram criar novos significados, mas antes descrever os lugares e a vida; encontrar as raízes que permitem que a cultura se desenvolva.
Para além da edição de quatro álbuns de estúdio e um DVD ao vivo, o trabalho do grupo inclui a padronização da gaita-de-foles mirandesa, a construção de instrumentos tradicionais (usados em concerto), a organização do Festival itinerante de cultura tradicional “L Burro i l Gueiteiro”, bem como a produção e programação de outros festivais/eventos relacionados com a cultura tradicional.
Em palco os quatro elementos apresentam um repertório vocal e instrumental na herança do cancioneiro tradicional das Terras de Miranda, onde as harmonias vocais e o ritmo das percussões nos transportam para um universo atemporal. Das memórias da Sanfona, da Gaita-de-foles Mirandesa, da Flauta pastoril, do Rabel, do Saltério, do Cântaro, do Pandeiro mirandês, do Bombo e da Caixa de Guerra do avô Ventura, nasce uma música que acumula referências, lugares, intensidades, tempos. Para Galandum Galundaina a música não se inventa; reencontra-se.
Os álbuns editados têm tido uma excelente apreciação pela crítica especializada. Em 2010 para além da atribuição do Prémio Megafone, o álbum Senhor Galandum foi reconhecido pelos jornais Público e Blitz como um dos dez melhores álbuns nacionais. Do seu roteiro fazem parte alguns dos mais importantes Festivais de World Music/Folk em Portugal, Espanha, França, Itália, Bélgica, Alemanha, Marrocos, Cuba, Cabo Verde, Brasil, México e Malásia.