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Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

Espetáculo de vídeo mapping «Por Terras de Miranda»

Espetáculo de vídeo mapping «Por Terras de Miranda»

Dia 20 maio 2023 | 22h00 e 23h00 | Entrada livre

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Baseado na história de Miranda do Douro, na qual se fundamenta também a missão do Museu da Terra de Miranda, terá lugar um espetáculo de vídeo mapping, na Praça D. João III, em Miranda do Douro, no próximo dia 20 maio, pelas 22h00 (com repetição às 23h00). Entrada livre.

 

Com uma narrativa inspirada na ligação do Museu da Terra de Miranda (MTM) ao território em que se insere, o espetáculo de vídeo mapping será realizado no contexto da Operação Museu da Terra de Miranda, atualmente em curso.

A data para a realização do evento foi escolhida para coincidir com a dupla celebração do 41º aniversário do Museu e do Dia Internacional dos Museus (ambos comemorados a 18 maio).

No Museu da Terra de Miranda está a decorrer, atualmente, a intervenção de remodelação do atual edifício, bem como dos edifícios adjacentes, adquiridos para suportar a ampliação do Museu. As obras representam um investimento de cerca 1,1 Milhão de Euros, cofinanciados pelo Programa Operacional Norte 2020.

Neste âmbito, o Museu encontra-se temporariamente instalado no antigo Paço Episcopal de Miranda do Douro.

O Museu da Terra de Miranda é um espaço cultural de referência na região onde se insere. Com a significativa intervenção no seu edifício, bem como no seu discurso expositivo, pretende-se criar uma museografia mais contemporânea, mais interativa, mais atrativa.

Será a partir desta reformulação do seu discurso, embora não perdendo de vista o seu objetivo de difusão da cultura antropológica local, que o Museu da Terra de Miranda se pretende afirmar como uma âncora de atratividade de e para o território.

O espetáculo de vídeo mapping a apresentar no dia 20 maio, com o apoio da Câmara Municipal de Miranda do Douro, foi concebido para dar seguimento a este objetivo, reforçando a importância da dimensão geográfica, do sentido de territorialidade que está subjacente à leitura do próprio território, da sua paisagem e da sua história, da sua língua, dos seus modos de viver e da sua cultura.

Sobre o Museu da Terra de Miranda

O Museu da Terra de Miranda é um museu etnográfico situado na cidade de Miranda do Douro. O Museu está situado no centro histórico, e encontra-se instalado na antiga “Domus Municipalis” da cidade, edifício setecentista datado do séc. XVII.

O edifício museológico, que se estende ao longo da rua Mouzinho de Albuquerque, deixa transparecer, através da sua estrutura, memórias que nos transportam para a prática e história do seu funcionamento, onde se desempenharam, igualmente, funções de Cadeia Municipal até ao ano de 1790.

O museu exalta, desde o ano de 1982, as coleções etnográficas e arqueológicas cuja narrativa expositiva pretende representar a vida social, cultural, religiosa e económica das comunidades da Terra de Miranda.

É, sobretudo, no âmbito da etnografia que o Museu se propõe materializar uma abordagem à cultura da Terra de Miranda, remetendo o visitante para a ancestralidade e ao mesmo tempo para o quotidiano da vida mirandesa.

Desde o plano do trabalho agrícola, da pastorícia, dos vários ofícios tradicionais e das atividades domésticas, – quer para os tempos de festa e intensa sociabilidade – revelados especialmente pelos rituais de inverno tão particulares do Nordeste Transmontano.

 

 

Música nas Catedrais, ciclo de concertos em 1ª edição no verão de 2019

 

Ciclo de Concertos, de 28 de junho a 26 de julho, às 21:30

 

 

A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) e o Secretariado Nacional para os Bens Culturais da Igreja promovem entre os dias 28 de junho e 26 de julho de 2019 o ciclo “Música nas Catedrais”, na sua primeira edição.

 

Esta iniciativa, que se enquadra no projeto nacional Rota das Catedrais, é coordenada pelo Teatro Nacional de São Carlos, que assegura diretamente alguns concertos através do Coro do Teatro Nacional de São Carlos, em colaboração com a Orquestra Clássica do Sul, a Orquestra Filarmonia das Beiras e a Orquestra do Norte. O Ciclo tem o apoio mecenático da Fundação Millennium bcp.

 

Os concertos, com início às 21:30, têm entrada livre, sujeita à capacidade do espaço.

O Programa detalhado segue em anexo.

 

Santarém 28 de junho   Coro do Teatro Nacional de São Carlos

Beja 11 de julho    Coro do Teatro Nacional de São Carlos

Elvas 12 de julho    Coro do Teatro Nacional de São Carlos

Faro 12 de julho    Orquestra Clássica do Sul

Viseu 19 de julho    Orquestra Filarmonia das Beiras

Braga 25 de julho    Orquestra do Norte

Miranda do Douro 26 de julho    Orquestra do Norte

Leiria 26 de julho    Coro do Teatro Nacional de São Carlos

 

 

Coro do Teatro Nacional de São Carlos

Orquestra Clássica do Sul

Orquestra Filarmonia das Beiras

Orquestra do Norte

 

Santarém 28 de junho   Coro do Teatro Nacional de São Carlos

Beja 11 de julho    Coro do Teatro Nacional de São Carlos

Elvas 12 de julho    Coro do Teatro Nacional de São Carlos

Faro 12 de julho    Orquestra Clássica do Sul

Viseu 19 de julho    Orquestra Filarmonia das Beiras

Braga 25 de julho    Orquestra do Norte

Miranda do Douro 26 de julho    Orquestra do Norte

Leiria 26 de julho    Coro do Teatro Nacional de São Carlos

 

Concerto na Catedral de Santarém, Beja, Elvas e Leiria

 

Solistas do Coro do Teatro Nacional de São Carlos

 

Soprano: Raquel Alão 

Meio-Soprano: Ana Ferro 

Tenor: João Queiroz 

Barítono: Carlos Pedro Santos 

Baixo: Nuno Dias 

 

 

 

 

Piano: Kodo Yamagishi

Direção musical: Giovanni Andreoli

Coro do Teatro Nacional de São Carlos

 

Giuseppe Verdi (1813-1901), Nabucco

Giuseppe Verdi (1813-1901), I Lombardi alla prima crociata

Giuseppe Verdi (1813-1901), Forza del Destino

Pietro Mascagni (1863-1945), Cavalleria Rusticana 

Pietro Mascagni (1863-1945), Iris

Alfredo Keil (1850-1907), Dona Branca

Gioachino Rossini (1792-1868), Mosè in Egitto

Giacomo Puccini (1858-1924), Tosca

 

 

O Coro do Teatro Nacional de São Carlos, um dos pilares artísticos da única instituição que no nosso país se dedica há mais de dois séculos ao género lírico, propõe-nos uma deambulação  pela ópera romântica italiana, sublinhando o facto de a religiosidade ter assumido na mesma uma particular importância.

 

A viagem vai iniciar-se com o compositor que deixou na força expressiva dos coros algumas das páginas mais veementes da sua obra - Giuseppe Verdi, de quem começaremos por ouvir o universalmente amado e sempre atual Va pensiero, canto de dor de gentes oprimidas e afastadas à força da terra natal. Depois de outros coros verdianos, segue-se música de alguns outros compositores maiores italianos de ópera do século XIX: Pietro Mascagni (com dois hinos ao divino - o Innegiamo, de Cavalleria Rusticana e o Hino Ao Sol, da menos conhecida ópera Iris); Gioachino Rossini (génio risonho que foi dos mais cantados em São Carlos, mas que ouviremos na sua vertente trágica); Giacomo Puccini (com o Te deum que encerra o I ato da sua ópera Tosca, que decorre em Sant’Andrea della Valle). Terminaremos, assim, numa das mais belas igrejas de Roma.

 

A ópera portuguesa está representada por aquele que será o mais popular título da sua história: A Serrana de Alfredo Keil, um singular tributo à ruralidade portuguesa.

 

 

 

 

 

 

 

Concerto na Catedral de Faro

 

Soprano: Bárbara Barradas

 

Direção musical: Rui Pinheiro

Orquestra Clássica do Sul

 

Franz Joseph Haydn (1732-1809), Die Schöpfung, Hob.XXI:2 (Prelúdio e Ária n.º 4)

Frederick Delius (1862-1934), On Hearing the First Cuckoo in Spring (Ária n.º 8)

Frederick Delius (1862-1934), Summer night on the river (Recitativo e Ária (n.º 14 e 15)  

Franz Joseph Haydn (1732-1809), Sinfonia n.º 95 em Dó menor, Hob I:95

 

 

A Orquestra Clássica do Sul propõe um programa em que energicamente se saúda e louva a Natureza. Inicia-se o concerto com dois trechos da monumental oratória A Criação de Joseph Haydn, que em 1797 tentou descrever musicalmente o mito judaico-cristão da Criação do Mundo baseando-se em alguns Livros d’A Bíblia e no poema O Paraíso Perdido de John Milton. Embalados pelo grande poeta do tempo de Cromwell partiremos para Inglaterra, de onde prosseguiremos com Two Pieces for Small Orchestra de Frederik Delius, obras que  também cantam assumidamente a Natureza.

 

A primeira – On Hearing the First Cuckoo in Spring – foi composta em 1912 e estreada em Leipzig no ano seguinte. É uma evocação do campo e dos sons que aí se pode ouvir. A segunda peça intitula-se, não menos significativamente, Summer Night on the River.

 

A terminar, de novo a música de Joseph Haydn, compositor que na década de 1790 efetuou duas viagens a Londres que resultaram em duas séries de seis sinfonias. Estas doze obras ficaram conhecidas como as «Sinfonias Londrinas». São peças essenciais do repertório orquestral de Haydn. Muitas delas têm sugestivos títulos («Surpresa»; «Milagre»; «Militar», «Relógio»; «Toque de Tambor»; «Londres»), mas a Sinfonia n.º 95 não apresenta título algum - é, aliás, a única das doze sinfonias em questão escrita numa tonalidade menor (Dó menor) e a única que não tem uma introdução lenta no primeiro andamento.

 

Joseph Haydn teve uma longa vida que se estendeu dos finais do Barroco aos inícios do Romantismo e foi um dos mais importantes compositores do período clássico. Talvez a sua mais importante conquista tenha sido a cristalização da «Forma-Sonata»  - esta, na sua ânsia de perfeição formal, faz-nos sonhar numa Humanidade em harmonia com o Cosmos.

 

 

Concerto na Catedral de Viseu

 

Soprano: Isabel Alcobia

Contratenor: João Paulo Azevedo

Órgão: João Santos

 

Direção musical: António Vassalo Lourenço 

Orquestra Filarmonia das Beiras

 

 

Johann Sebastian Bach (1685-1750)

Georg Friedrich Händel (1685-1759)

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)

 

A Catedral ou Sé de Viseu, que começou a ganhar significado maior com a implantação da nacionalidade, sempre acolheu fraternalmente as diferentes correntes estéticas surgidas no decorrer da sua já tão longa viagem pelo tempo. O Barroco que foi, não esqueçamos, uma sensibilidade verdadeiramente europeia que transcendeu as mais vincadas divisões religiosas

que se opunham no continente, trouxe ao edifício importantes obras de talha, azulejaria e pintura, mantendo-o a par das correntes plásticas dominantes no século XVIII.

 

Assim, surge com naturalidade a música solene de dois dos maiores compositores barrocos alemães, homens que marcaram indelevelmente a linguagem e o sentir musical de parte da

Europa na primeira metade do século XVIII. Não será também estranho ouvir nesta Catedral, onde desde sempre se rezou a fé Apostólica Romana, estruturada pelo Concílio de Trento, obras musicais fundadas nas fés luterana ou anglicana. As monumentais Paixões e outras obras sacras de Bach (Magnificat, Oratória de Natal, Missa em Si menor, entre outras) ou as grandes oratórias bíblicas de Händel, com as suas estruturadas e grandiosas polifonias, o brilho dos seus metais e a sua intrínseca teatralidade sonora casam-se bem com esta arquitetura erguida ao Divino e que o mantém no centro de todas as convergências.

 

Com a música de Mozart saltaremos, a finalizar, para o estertor desse século XVIII. Apesar de obras como a Missa da Coroação, toda cheia de fulgor e majestade, há no compositor de Salzburgo um sentido humaníssimo do transcendente (não há retrato da morte como o do Requiem) e um sentimento tranquilo, quase infantil, do divino (ouça-se o Ave verum corpus).

 

 

 

Concerto na Catedral de Braga e de Miranda do Douro

 

Direção musical: José Ferreira Lobo

Orquestra do Norte

 

Richard Wagner (1813-1883), Siegfried-Idyll, WWV103

Ludwig van Beethoven (1770-1827), Sinfonia n.º 4 em Si Bemol Maior, op. 60

 

Idílio de Siegfried; ou a mais bela prenda de aniversário do mundo!

 «Quando acordei ouvi um som que crescia continuamente; apercebi-me então que já não estava a sonhar, mas que estava a ouvir música, e que música! Quando esta terminou, Richard veio ter comigo com as cinco crianças e ofereceu-me a partitura da sua prenda sinfónica.» - palavras no Diário de Cosima Wagner, que recordam a prenda de aniversário que acabara de receber.

 

A composição tem um título bem mais arrevesado: «Idílio de Triebschen com canto de pássaros Fidi e nascer do sol alaranjado, prenda de aniversário sinfónica de Richard Wagner à sua Cosima». A obra foi composta em 1870 após o nascimento do último filho do casal, Siegfried Wagner (Fidi).  A peça foi estreada nas escadas interiores da grande Villa de

Triebschen na manhã do dia 25 de dezembro de 1870, dia em que Cosima completava trinta e três anos. O poema sinfónico teve, pois, uma génese extremamente íntima e familiar.

 

A Sinfonia n.° 4, em Si Bemol Maior, op. 60 de Beethoven foi escrita no verão de 1806 e está dedicada ao Conde Fransz von Oppersdorff, que a tinha encomendado ao compositor depois

de ter adorado ouvir a sua Sinfonia n.º 2. A obra foi estreada em março de 1807 dirigida pelo próprio Beethoven. Robert Schumann referir-se-ia à sinfonia como «uma esbelta donzela grega entre gigantes nórdicos». Foi escrita num tempo conturbado, ao contrário de Idílio de Siegfried.

 

Em Portugal, por exemplo, no final desse mesmo ano de 1807 a nossa corte iniciava a sua dramática partida para o Brasil. A Viena de Beethoven seria também em breve tomada por Napoleão e o Imperador pouco tempo depois casaria com uma Arquiduquesa austríaca.

 

Festa do Património chega a Miranda do Douro | 1 e 2 junho | Entrada livre

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Depois de Arouca e Tarouca, o evento Dias do Património a Norte chega a Miranda do Douro, já nos próximos dias 1 e 2 de junho, com atividades para toda a família a decorrer na Concatedral de Miranda.

 

Esta é a terceira iniciativa do Ciclo Dias do Património a Norte (cuja inauguração ocorreu em abril, no Mosteiro de Arouca), um evento em rede promovido pela Direção Regional de Cultura do Norte e que, ao longo de seis meses (de abril a setembro), vai transformar oito lugares patrimoniais da região Norte, em palcos de uma programação artística, cultural e gastronómica, desenhada com o traço da identidade singular de cada território.

 

A iniciativa é promovida pela Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN), em parceria com os municípios locais, representando um investimento total de 400 mil Euros, cofinanciado pelo Programa Norte 2020, através do FEDER.

 

Elemento imponente e proeminente na paisagem de Miranda do Douro, a Concatedral recebe-nos para, em dois dias, nos dar a conhecer a sua história, os seus recantos, mistérios, e estórias.

 

Os mais novos desvendam, em jeito de Visita-Jogo, segredos nunca antes desvendados; os mais graúdos são conduzidos por membros da comunidade numa visita guiada com pormenores únicos, na qual se evoca o passado, através de tradições e memórias.

 

No cadeiral reunimo-nos para uma conversa acerca do acesso ao conhecimento e dos desafios que o excesso de informação contemporâneo nos coloca. No exterior, espera-nos uma festividade antiga: a confeção, e posterior degustação, das tradicionais Rosquilhas ou Pão Leve.

 

O final da tarde é da responsabilidade da Companhia Erva Daninha que, tendo por pano de fundo a Concatedral, apresenta-nos um espetáculo de circo contemporâneo, no qual a enxada, utensílio tão caro à ruralidade, é tema de inspiração.

 

Ao cair da noite as comunidades locais presenteiam-nos com uma criação original conjunta, que nos guiará da Concatedral ao Lhargo D. João III. Aqui, juntam-se aos Galandum Galundaina, que em concerto e festa fecham estes dias de celebração.


Viajando entre o passado e o presente, celebramos o nosso Património!

 

PROGRAMA

1 junho | sexta-feira


14:00 - Visita-Jogo à Concatedral de Miranda do Douro* 

conceção: Ondamarela, OOF Design e Artur Carvalho
dinamização: Juliana Sá
ponto de encontro: entrada da Concatedral 
*reservada às escolas

A Concatedral guarda segredos que nunca foram desvendados. Visitá-la, conhecer a sua história e resolver os seus enigmas; revelam-se pistas cada vez mais interessantes e misteriosas, que nos levam a um surpreendente desfecho final. 

2 junho | sábado

14:30 - Visita-Jogo à Concatedral de Miranda do Douro*
conceção: Ondamarela, OOF Design e Artur Carvalho
dinamização: Juliana Sá
ponto de encontro: entrada da Concatedral 
* reservada aos grupos da catequese


14:30 - Visita Guiada por membros da comunidade 
guias: Paulo Meirinhos e António Rodrigues Mourinho
ponto de encontro: entrada da Concatedral 

A história de um local não é apenas um conjunto de factos escritos ou estudados. Nesta visita cruzamos o conhecimento científico acerca da Concatedral com um conjunto de outras dimensões, como as vivências da população que com ela privou ou os modos de vida de quem por aqui passou. Venha conhecer a Concatedral e as suas estórias, numa visita guiada com pormenores únicos.


16:00 - Conversas | O Património e o Conhecimento
convidados: Professor Doutor José Luís Fernandes e Professor Doutor Pedro Morgado
Cadeiral da Concatedral

De um tempo ainda próximo em que o acesso ao conhecimento era escasso e constituía um privilégio, vive-se, hoje, uma certa desorientação perante a abundância de informações. A possibilidade de acesso imediato a informações abundantes, mas caóticas, duvidosas, desordenadas, contraditórias, sem critério ou hierarquia favorecem a desorientação e a insegurança e são “terreno fértil” para o surgimento de crenças, de ideologias duvidosas e fundamentalistas. Ao mesmo tempo que o cidadão se vê confrontado com um mundo cada vez mais complexo, onde o exercício de uma cidadania responsável exige a apropriação de conhecimento claro e rigoroso, transparente e racional. Como gerir a inquietação que as contradições do mundo atual coloca?


17:30 - Degustação | Rosquilhas e Sabores de Miranda
com o Chef Tiago Emanuel Santos
Exterior da Concatedral

O Pão Leve e os versos de boa ventura são o mote para um momento de celebração e degustação. 
Ao sair da igreja, o padrinho esperava os noivos com uma mesa repleta de doces e vinho para oferecer dinheiro para o séquito passar e os abençoar com versos de felicidades e boas venturas. A boda seguia-se e as mais simples das iguarias viravam banquetes de fartura para os convidados. O que não podia faltar era o Pão Leve, o doce de massa cremosa cozinhado sobre as brasas na panela de cobre tradicional, que só alguns mirandeses ainda se lembram de provar. O Chef Tiago Emanuel Santos convida os participantes a uma celebração à moda antiga, com iguarias e sabores de terras de Miranda, acompanhados de versos de fortuna e alegria.

Esta atividade tem o apoio da ProChef.


18:30 - Circo para famílias| “E-nxada”, Companhia Erva Daninha
cocriação Erva Daninha e Binaural/Nodar coprodução Teatro Nacional São João 
Exterior da Concatedral

Partindo da ideia do trabalho original e primário e do seu lugar no espaço urbano atual, a Companhia Erva Daninha escolheu como tema um objeto que cava os tempos até hoje – a enxada. Símbolo de trabalho, de ligação entre o passado e o presente, de repetição e equilíbrio comuns ao circo contemporâneo. Este é um espetáculo que remete para a ruralidade, a sua desconstrução e imaginário sob um ponto de vista urbano e contemporâneo, e que resultou da investigação artística através da relação do corpo e do objeto em cruzamento com a instalação plástica, composição sonora e iluminação. Uma alusão poética ao trabalho da terra através de um objeto/alfaia ancestral que relaciona o homem com a paisagem. 
Cavar, semear, germinar, regar e colher. Através da desconstrução da enxada aludimos ao espírito da materialidade rural para o contexto urbano, crescentemente imaterial/evanescente. Recordar as origens, a importância da agricultura na fixação dos povos e do seu desenvolvimento e a relação do homem com a natureza.

direção artística e conceção plástica Vasco Gomes, Julieta Guimarães criação e interpretação Jorge Lix, Rodrigo Matos, Vasco Gomes luz Romeu Guimarães composição sonora do espetáculo Luís Costa ilustração Rui Vitorino Santos registo vídeo e fotografia Liliana Sílvia


21:00 - Concerto itinerante| Galandum Galundaina com grupos da comunidade
com a participação de diversas comunidades musicais locais coordenadas por Paulo Meirinhos (músico) e Helena Oliveira (bailarina/coreógrafa)
ponto de encontro: Interior da Concatedral
palco: Largo D. João III


Esta é uma nova criação, desenhada com as comunidades de Miranda do Douro, com a coordenação de Paulo Meirinhos (músico) e Helena Oliveira (bailarina/coreógrafa), e que integrará o concerto dos Galandum Galundaina. Uma obra musical que reflete a identidade dos participantes, da sua música e da sua cultura.


Para Galandum Galundaina a música não se inventa, reencontra-se. O maior grupo musical Mirandês apresenta um repertório vocal e instrumental baseado na herança do cancioneiro tradicional das Terras de Miranda, onde as harmonias vocais e o ritmo das percussões nos transportam para um universo atemporal. Das memórias da Sanfona, da Gaita-de-foles Mirandesa, da Flauta pastoril, do Rabel, do Saltério, do Cântaro, do Pandeiro mirandês, do Bombo e da Caixa de Guerra do avô Ventura, nasce uma música que acumula referências, lugares, intensidades, tempos.

 

Depois de Arouca e Tarouca, o evento Dias do Património a Norte chega a Miranda do Douro, já nos próximos dias 1 e 2 de junho, com atividades para toda a família a decorrer na Concatedral de Miranda.

 

Esta é a terceira iniciativa do Ciclo Dias do Património a Norte (cuja inauguração ocorreu em abril, no Mosteiro de Arouca), um evento em rede promovido pela Direção Regional de Cultura do Norte e que, ao longo de seis meses (de abril a setembro), vai transformar oito lugares patrimoniais da região Norte, em palcos de uma programação artística, cultural e gastronómica, desenhada com o traço da identidade singular de cada território.

 

A iniciativa é promovida pela Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN), em parceria com os municípios locais, representando um investimento total de 400 mil Euros, cofinanciado pelo Programa Norte 2020, através do FEDER.

 

Elemento imponente e proeminente na paisagem de Miranda do Douro, a Concatedral recebe-nos para, em dois dias, nos dar a conhecer a sua história, os seus recantos, mistérios, e estórias.

 

Os mais novos desvendam, em jeito de Visita-Jogo, segredos nunca antes desvendados; os mais graúdos são conduzidos por membros da comunidade numa visita guiada com pormenores únicos, na qual se evoca o passado, através de tradições e memórias.

 

No cadeiral reunimo-nos para uma conversa acerca do acesso ao conhecimento e dos desafios que o excesso de informação contemporâneo nos coloca. No exterior, espera-nos uma festividade antiga: a confeção, e posterior degustação, das tradicionais Rosquilhas ou Pão Leve.

 

O final da tarde é da responsabilidade da Companhia Erva Daninha que, tendo por pano de fundo a Concatedral, apresenta-nos um espetáculo de circo contemporâneo, no qual a enxada, utensílio tão caro à ruralidade, é tema de inspiração.

 

Ao cair da noite as comunidades locais presenteiam-nos com uma criação original conjunta, que nos guiará da Concatedral ao Lhargo D. João III. Aqui, juntam-se aos Galandum Galundaina, que em concerto e festa fecham estes dias de celebração.


Viajando entre o passado e o presente, celebramos o nosso Património!

 

PROGRAMA

1 junho | sexta-feira


14:00 - Visita-Jogo à Concatedral de Miranda do Douro* 

conceção: Ondamarela, OOF Design e Artur Carvalho
dinamização: Juliana Sá
ponto de encontro: entrada da Concatedral 
*reservada às escolas

A Concatedral guarda segredos que nunca foram desvendados. Visitá-la, conhecer a sua história e resolver os seus enigmas; revelam-se pistas cada vez mais interessantes e misteriosas, que nos levam a um surpreendente desfecho final. 

2 junho | sábado

14:30 - Visita-Jogo à Concatedral de Miranda do Douro*
conceção: Ondamarela, OOF Design e Artur Carvalho
dinamização: Juliana Sá
ponto de encontro: entrada da Concatedral 
* reservada aos grupos da catequese


14:30 - Visita Guiada por membros da comunidade 
guias: Paulo Meirinhos e António Rodrigues Mourinho
ponto de encontro: entrada da Concatedral 

A história de um local não é apenas um conjunto de factos escritos ou estudados. Nesta visita cruzamos o conhecimento científico acerca da Concatedral com um conjunto de outras dimensões, como as vivências da população que com ela privou ou os modos de vida de quem por aqui passou. Venha conhecer a Concatedral e as suas estórias, numa visita guiada com pormenores únicos.


16:00 - Conversas | O Património e o Conhecimento
convidados: Professor Doutor José Luís Fernandes e Professor Doutor Pedro Morgado
Cadeiral da Concatedral

De um tempo ainda próximo em que o acesso ao conhecimento era escasso e constituía um privilégio, vive-se, hoje, uma certa desorientação perante a abundância de informações. A possibilidade de acesso imediato a informações abundantes, mas caóticas, duvidosas, desordenadas, contraditórias, sem critério ou hierarquia favorecem a desorientação e a insegurança e são “terreno fértil” para o surgimento de crenças, de ideologias duvidosas e fundamentalistas. Ao mesmo tempo que o cidadão se vê confrontado com um mundo cada vez mais complexo, onde o exercício de uma cidadania responsável exige a apropriação de conhecimento claro e rigoroso, transparente e racional. Como gerir a inquietação que as contradições do mundo atual coloca?


17:30 - Degustação | Rosquilhas e Sabores de Miranda
com o Chef Tiago Emanuel Santos
Exterior da Concatedral

O Pão Leve e os versos de boa ventura são o mote para um momento de celebração e degustação. 
Ao sair da igreja, o padrinho esperava os noivos com uma mesa repleta de doces e vinho para oferecer dinheiro para o séquito passar e os abençoar com versos de felicidades e boas venturas. A boda seguia-se e as mais simples das iguarias viravam banquetes de fartura para os convidados. O que não podia faltar era o Pão Leve, o doce de massa cremosa cozinhado sobre as brasas na panela de cobre tradicional, que só alguns mirandeses ainda se lembram de provar. O Chef Tiago Emanuel Santos convida os participantes a uma celebração à moda antiga, com iguarias e sabores de terras de Miranda, acompanhados de versos de fortuna e alegria.

Esta atividade tem o apoio da ProChef.


18:30 - Circo para famílias| “E-nxada”, Companhia Erva Daninha
cocriação Erva Daninha e Binaural/Nodar coprodução Teatro Nacional São João 
Exterior da Concatedral

Partindo da ideia do trabalho original e primário e do seu lugar no espaço urbano atual, a Companhia Erva Daninha escolheu como tema um objeto que cava os tempos até hoje – a enxada. Símbolo de trabalho, de ligação entre o passado e o presente, de repetição e equilíbrio comuns ao circo contemporâneo. Este é um espetáculo que remete para a ruralidade, a sua desconstrução e imaginário sob um ponto de vista urbano e contemporâneo, e que resultou da investigação artística através da relação do corpo e do objeto em cruzamento com a instalação plástica, composição sonora e iluminação. Uma alusão poética ao trabalho da terra através de um objeto/alfaia ancestral que relaciona o homem com a paisagem. 
Cavar, semear, germinar, regar e colher. Através da desconstrução da enxada aludimos ao espírito da materialidade rural para o contexto urbano, crescentemente imaterial/evanescente. Recordar as origens, a importância da agricultura na fixação dos povos e do seu desenvolvimento e a relação do homem com a natureza.

direção artística e conceção plástica Vasco Gomes, Julieta Guimarães criação e interpretação Jorge Lix, Rodrigo Matos, Vasco Gomes luz Romeu Guimarães composição sonora do espetáculo Luís Costa ilustração Rui Vitorino Santos registo vídeo e fotografia Liliana Sílvia


21:00 - Concerto itinerante| Galandum Galundaina com grupos da comunidade
com a participação de diversas comunidades musicais locais coordenadas por Paulo Meirinhos (músico) e Helena Oliveira (bailarina/coreógrafa)
ponto de encontro: Interior da Concatedral
palco: Largo D. João III


Esta é uma nova criação, desenhada com as comunidades de Miranda do Douro, com a coordenação de Paulo Meirinhos (músico) e Helena Oliveira (bailarina/coreógrafa), e que integrará o concerto dos Galandum Galundaina. Uma obra musical que reflete a identidade dos participantes, da sua música e da sua cultura.


Para Galandum Galundaina a música não se inventa, reencontra-se. O maior grupo musical Mirandês apresenta um repertório vocal e instrumental baseado na herança do cancioneiro tradicional das Terras de Miranda, onde as harmonias vocais e o ritmo das percussões nos transportam para um universo atemporal. Das memórias da Sanfona, da Gaita-de-foles Mirandesa, da Flauta pastoril, do Rabel, do Saltério, do Cântaro, do Pandeiro mirandês, do Bombo e da Caixa de Guerra do avô Ventura, nasce uma música que acumula referências, lugares, intensidades, tempos.