Histórias à Sombra do Montado regressa para homenagear e sensibilizar o público para a importância do Montado
Bernardo Majer, Afonso Cabral e Filipa Martins são alguns dos nomes envolvidos
As bandas desenhadas já circulam nas ruas do concelho de Odemira e encontram-se disponíveis para downloadaqui
O Montado de Sobro, símbolo da paisagem alentejana, encontra-se atualmente em declínio devido às alterações climáticas e às más práticas agrícolas. O projeto Histórias à Sombra do Montado, criado em 2022 pela Ronha-Associação Cultural, une as artes visuais à preservação ambiental, através da banda desenhada, com o propósito de homenagear o Montado em Odemira e, paralelamente, atuar como um veículo de sensibilização.
Histórias à Sombra do Montado trata-se de um projeto destinado a miúdos e graúdos, com o intuito de destacar uma das reservas de biodiversidade mais ricas do mundo: um ecossistema que ocupa 736 mil hectares e representa 23% da floresta nacional, assim como um refúgio para uma vasta diversidade de plantas, mamíferos e aves.
A segunda edição conta com o apoio do programa Odemira Criativa do Município de Odemira e é composta por quatro bandas desenhadas, escritas e desenhadas por artistas portugueses cujo trabalho se desenvolveu a partir do concelho alentejano. As bandas desenhadas estão a ser distribuídas gratuitamente por todo o concelho de Odemira.
SegundoHugo Tornelo, cofundador da Ronha - Associação Cultural e coordenador do projeto: “Prestar homenagem ao Montado no concelho de Odemira, através de histórias únicas com criadores de renome, acessíveis gratuitamente a todas as pessoas do concelho, é o cerne deste projeto. Tendo em conta o sucesso do primeiro número, consideramos fundamental dar-lhe continuidade. Acreditamos que o trabalho desenvolvido valoriza o património natural do Alentejo, e esperamos que as bandas desenhadas ofereçam à população um sentimento de identidade e pertença, ao mesmo tempo que ajudam a reforçar a consciência sobre a riqueza ambiental presente no território. "
OPresidente da Câmara de Odemira, Hélder Guerreiro,sublinhou que: “O Montado de Sobro é parte indissociável do imaginário do Alentejo rural e sereno, mas é muito mais do que isso. O sobreiro é peça central no ecossistema do concelho de Odemira, tanto do ponto de vista económico como ambiental. Nesse sentido, a valorização deste património, através de uma expressão artística como a Banda Desenhada, é sem dúvida uma mais-valia para o nosso território em que a Câmara Municipal de Odemira tem todo o gosto de apoiar.”
A iniciativa também contou com a colaboração dePaula Canha, mestre em Biologia da Conservação e professora na Escola Secundária de Odemira, que assinalou: “num tempo de desafios, o sobreiro tem muito para nos ensinar. Desde a importância da comunicação à serenidade, resiliência, crescimento e renovação contínua ao longo da vida. Por esta razão, venham mais histórias que, à sombra do montado, unem gerações e criam futuro e esperança”.
Para quem não reside no concelho de Odemira, as bandas desenhadas estão disponíveis para download em:www.historiasasombradomontado.pt.
Festival Terras sem Sombra no concelho deOdemira, a 14 e 15 de Outubro. Do programa destaca-se o recital "Energias Contrastantes: Obras-Chave para Violoncelo Solo",por um dos maiores violoncelistas da actualidade, o checoJan Pech.
Outros aspectos a destacar do fim-de-semana em Odemira:
Actividade dedicada ao Património, a 14 de Outubro, destaca um extraordinário feito da aviação portuguesa, a ligação aérea entre Portugal e Macau concretizada em 1924 pelo avião Pátria. Um voo que partiu de Vila Nova de Mil Fontes
Acção sobre a preservação dos ambientes naturais alerta, a 15 de Outubro, para um tema premente, o do combate às alterações climáticas. Actividade orientada pela cientista Simone Lackner, figura de referência na área das Neurociências e da Ecologia Humana
OFestival Terras sem Sombraapresenta em Odemira (3 de Setembro, 21h30, Igreja da Misericórdia) um recital absolutamente imperdível do filipinoRaul Sunico, um nome cimeiro da cena pianística internacional, numa iniciativa que tem asFilipinascomo país convidado e em parceria com oMunicípio de Odemira.
O programa musical inclui ainda um concerto deMariana Martins "Sentidos: A Vida na Guitarra Portuguesa"(2 de Setembro, 21h30, Sociedade Recreativa São Teotoniense) que inclui peças de figuras incontornáveis da guitarra e outras dedicadas à demonstração de diferentes técnicas utilizadas na prática do instrumento.
Para além da música, estão agendadas outras actividades, também de acesso gratuito, direccionadas a públicos de todas as idades. Assim, a manhã de 2 de Setembro será dedicada àstradições e história da freguesia de São Teotónio(10h00, Igreja Paroquial), sem esquecero medronhoe as suas múltiplas aplicações (11h00, Museu do Medronho). A 3 de Setembro a visita ao património cultural incide noVale de Santiago(15h00) e na manhã de Domingo (4 de Setembro, 9h30) tem lugar a habitual acção de salvaguarda da biodiversidade, desta feita com um percurso ao longo da Ribeira do Torgal até ao famosoPego das Pias.
O Terras sem Sombra parte agora à descoberta, em Odemira, dos segredos do rio Mira (com destaque para os habitats das lontras, que aí encontram um santuário, e para as pradarias marinhas), apresenta o concerto de estreia do ensemble Polyphōnos e abre as portas da igreja da Misericórdia e de outros monumentos e sítios de referência, para uma visita guiada nos dias 4 e 5 de Março.
Este festival tem a particularidade de associar a cada concerto uma acção de voluntariado para a salvaguarda da biodiversidade dos diversos concelhos que o Terras percorre, a qual acontece aos domingos de manhã, congregando músicos, espectadores, membros das comunidades locais, autarcas e técnicos. E, também, uma visita, na tarde de sábado, à vila de Odemira, o que representa uma magnífica oportunidade para conhecer o património edificado mais representativo do Baixo Alentejo.
O Terras sem Sombra parte agora à descoberta, em Odemira, dos segredos do rio Mira (com destaque para os habitats das lontras, que aí encontram um santuário, e para as pradarias marinhas), apresenta o concerto de estreia do ensemble Polyphōnos e abre as portas da igreja da Misericórdia e de outros monumentos e sítios de referência, para uma visita guiada nos dias 4 e 5 de Março.
Este festival tem a particularidade de associar a cada concerto uma acção de voluntariado para a salvaguarda da biodiversidade dos diversos concelhos que o Terras percorre, a qual acontece aos domingos de manhã, congregando músicos, espectadores, membros das comunidades locais, autarcas e técnicos. E, também, uma visita, na tarde de sábado, à vila de Odemira, o que representa uma magnífica oportunidade para conhecer o património edificado mais representativo do Baixo Alentejo.
De barco, pelos meandros do rio Mira
Na manhã de domingo, o percurso dedicado à biodiversidade explorará, numa viagem a bordo de barcos, os meandros do Mira, propondo um olhar renovado sobre os gradientes do grande rio do Sudoeste. Este tem a particularidade de, tal como o Sado, empreender um curso de sul para norte. Nascendo na serra do Mú, percorre cerca de 150 km, ao longo dos quais se podem encontrar habitats muito distintos.
É precisamente no troço inferior do rio, já próximo do estuário, que se localizam algumas das características únicas deste curso de água: as pradarias marinhas e uma população de lontra peculiar muito. As pradarias marinhas representam alguns dos habitats mais ameaçados a nível mundial.
Ao longo de um percurso de barco, serão reconhecidos, os pontos mais relevantes deste rio, que se caracterizam pela sua espectacular cenografia, e analisadas as principais ameaças que se fazem sentir sobre eles. A iniciativa, organizada com a colaboração do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas e da Câmara Municipal de Odemira, conta com a presença de investigadores das universidades de Lisboa e Algarve.
De entrada livre, o Festival é organizado pela Pedra Angular (Associação dos Amigos do Património da Diocese de Beja) e pelo Departamento do Património desta Diocese e prolonga-se até 2 de Julho, seguindo para Ferreira do Alentejo, Santiago do Cacém, Castro Verde, Serpa, Sines e Beja, sob o título Do Espiritual na ArteIdentidades e Práticas Musicais na Europa dos Séculos XVI-XX. Um hino ao Baixo Alentejo: à beleza dos seus espaços naturais e ao prazer da descoberta cultural.
Programa Odemira 4 de Março
Património 14:30 – 17:30 – Visita ao Centro Histórico Ponto de encontro: Igreja de São Salvador Local em destaque – Igreja da Misericórdia
Música 21H30 – Polyphōnos De Beata Virgine Maria: Música Portuguesa de Invocação Mariana Local: Igreja de São Salvador
Soprano Raquel Alão Alto Carolina Figueiredo Tenor Marco Alves dos Santos Baixo Tiago Mota Violoncelo barroco Ana Raquel Pinheiro Órgão Sérgio Silva Mónica Antunes, Rosa Caldeira, Manon Marques, Patrícia Mendes, Rui Miranda Direcção musical José Bruto da Costa
5 de Março Salvaguarda da Biodiversidade Pelos meandros do Mira – um olhar sobre os gradientes do grande rio do Sudoeste 10:00 – Saída – Cais de Vila Nova de Milfontes
O teatro culinário chega a Odemira. O espectácu-lo/jantar Pasta e Basta – um mambo italiano, apre-senta-se nos dias 5 e 6 de Maio pelas 19h, no Salão dos Bombeiros Voluntários de Odemira e a entrada é livre mediante reserva. Da autoria do encenador Giacomo Scalisi, em co-criação com o actor Miguel Fragata e o escritor Afonso Cruz, o espectáculo des-tina-se a “todos os que gostam muito de cozinhar”, propondo ao público por, literalmente, as mãos na massa enquanto recupera o acto colectivo do fazer e do comer em conjunto.
Pasta e Basta – um mambo italiano nasceu do desejo de trazer a mesa para o teatro e de reflectir sobre a actual interculturalidade das cidades. Propõe um en-contro de culturas através de uma “experiência culi-nária bastarda”, que justapõe ingredientes e modos de confecção de várias origens (no caso, de Portugal, Itália, Cabo Verde e Índia), para criar pratos que contêm em si o mundo inteiro. Pretende, segundo o autor, "desenhar uma metáfora da sociedade através da culinária, onde se cruzam diversos modos de pen-sar, falar e nutrir.” O criador afirma-o mesmo como um espectáculo de teatro culinário interculturalinguístico. Giacomo Scalisi acrescenta ainda que “a mistura de todas estas culturas pode criar uma nova cultura, novas linguagens, novos sabores. Pasta e Basta é um bom momento, em que compartilhamos uma parte das nossas vidas com os outros. Juntos fazemos massa, ouvimos uma história que fala da vida, e comemos as culturas do mundo que entram dentro de nós, para não sair nunca mais.” Afonso Cruz, autor do texto que suporta a peça, conduz o público por um universo de amor cheio de aromas e comidas mestiças. Os pratos que o público prepara e come em conjunto correspondem à última refeição do protagonista, o último desejo de um homem condenado à morte. As apresentações de Pasta e Basta – um mambo italiano em Odemira são promovidas pelo Município de Odemira e pelo Programa ODETE (Odemira Território Educativo), no âmbito do projecto MIRAGEM!, com direcção artística de Madalena Victorino.
A lotação é limitada a 60 pessoas por sessão. Reservas para o email: odemiraterritorioeducativo@cm-odemira.pt ou através do número: 963 363 204
PASTA E BASTA um mambo italiano um espectáculo de Giacomo Scalisi em co-criação com Miguel Fragata e Afonso Cruz
Textos Afonso Cruz Intérpretes Giacomo Scalisi e Miguel Fragata Participação especial Escola Profissional de Odemira, alunos de Restauração e Serviço de Bar, com coordenação pedagógica do Chefe Cruz e Professor Sandro Martins Desenho de luz Joaquim Madaíl Vídeo Tiago Leão & João Manso Produção COSANOSTRA Produção e difusão Clara Antunes Produção e acompanhamento Sara Palácios Co-produção Festival TODOS – Caminhada de Culturas Duração 3h30min aprox.