Alfama não é velha, é crocante. Joelhos frágeis, ancas que adivinham o tempo, aquela pinta de quem anda nisto há muito. “Um São José de Azulejo, mais o sol da primavera, uma promessa de beijos, dois braços à minha espera”. Alfama não é velha, é crocante. Pedras da calçada que rangem, ruelas que desafiam a gravidade, uma igreja mascarada de presépio. Alfama não é velha, é crocante. “Quatro paredes caiadas, um cheirinho a alecrim, um cacho de uvas doiradas, duas rosas num jardim”. Alfama não é velha, é crocante. Parece frágil, cuidado ao abrir, robusta por dentro. Alfama não é velha, é crocante. Alfamos? / Inês Alvim (Foto por Pedro Ferreira)
QuemdizqueLisboacarece de espaçosverdes, éporquelheconheceapenas o caroçohistórico. Acima e em tornodeste, abundamcamadas e camadas de parques e jardinsque se desmultiplicam em jardins, parques e naTapadadasNecessidades. Será dos locaisainda a cinzento no mapa dos alfacinhas e quepede - mesmo - visita. Poraquipreparam-se as visitasquetelevarão a circular poroutropulmãoverdedacidade - válá, baçoverde, que Monsanto faz de par de pulmões - permeado de história. D. João V - esseMagnânimo - mandouconstruir um convento e o seupalácio, nos antípodaslisboetas a Odivelas e foi D. Fernando II queenriqueceu o jardim, somandotodososreisposterioresatéàImplantação, todo o género de benfeitorias
“Pedalar calmamente pela cidade, com estilo e sem stress”, isto é chic!! O movimento Cycle Chic já percorre 37 cidades no mundo e Lisboa junta-se a ele pela primeira vez. O objectivo é promover a bicicleta como meio de transporte alternativo para o qual não há a necessidade de nenhum equipamento específico. A ideia nasceu em Copenhaga, em 2006, ou não fosse esta a cidade dos ciclistas, mas também do bom gosto, da gente gira e feliz. Cá é-nos prometido uma tarde descontraída, com um percurso agradável, acompanhados por gente com “style” (cada um tem sempre o seu!). A participação é gratuita mas há a necessidade de se efectuar uma inscrição aqui. “Biciclamos” chiques? / Carolina Rufino
Av. Liberdade e JardimAmáliaRodrigues (Pq. Eduardo VII) Lisboa
Andam fartos deste cinzentismo? Então mudem. Ninguém vos obriga a ter de levar com ele. É simples. Batam-lhe com a porta na cara. Digam-lhe que acabou tudo. Que assim já não dá. Que o problema não é dele mas vosso. Que precisam de dar um tempo. Que essa relação a preto e branco já não vos leva a lado nenhum. Que o desgaste é tremendo e os dias vazios. Ponham-lhe um ponto final. E exclamem no fim! Sorriam com todos os dentes. Mudem de vida. Vão para a Av. da Liberdade e comecem tudo de novo. Uma nova relação, sem cenas de ciúme de faca e alguidar. Menos obsessiva e mais positiva, saudável e sustentável. Troquem o cinzento pelo verde. E há tanta coisa que podem fazer juntos nestes dois dias. Invistam nesta relação para a vida. / Raquel Ponte