A performance, que decorre entre 24 e 27 de abril na Praça Dr. Joaquim Melo Freitas, ganha a forma de um mercado e propõe um lugar de discussão e imaginação para os próximos 50 anos de revoluções.
No âmbito da iniciativaAveiro 2024 – Capital Portuguesa da Cultura, a encenadora Patrícia Portela traz à luz do dia o seu novo espetáculo“Mercado das Madrugadas (ou manuais de instruções para revoluções futuras)”. Este projeto, desenvolvidoem parceria com diversas estruturas locais, terá sessões diárias, entre 24 e 27 de abril, na Praça Dr. Joaquim Melo Freitas, a partir das 20h.
“Mercado das Madrugadas (ou manuais de instruções para revoluções futuras)”consiste num mercado de forte influência árabe e ibérica, semelhante ao deJemma al Fna, em Marraquexe,mas que em vez de vender os habituais produtos édedicado às revoluções futuras.Um espetáculo sem centro de poder, que se organiza em váriasHalqas(grupos de espectadores em volta de umperformere contador de histórias) ao invés de um único ponto de concentração da ação.
Aperformancecomeça com o pôr do sol epropõe umlugar de discussão e imaginação para os próximos 50 anos de revoluções – climáticas, sociais, mentais, científicas e muitas outras.
A cada dia, o espetáculo começa com a chegada das bancas do mercado e tem por fio condutor um conjunto dehistórias originais, escritas por Patrícia Portela, que vão sendo contadas pelos diferentes intervenientes. Osespectadores podem deambular livremente pelas bancase ter uma visão caleidoscópica dos desejos para os próximos 50 anos. Três horas depois, as bancas partem para regressarem no dia seguinteecomeçar tudo de novo.
Para assistir a 3 de julho, às 21h, na Escola das Artes da Católica no Porto,
No dia 3 de julho, às 21h, o cantor brasileiro Tim Bernardes que está em digressão pela Europa vai participar numa conferência-performance na Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa no Porto. Um evento gratuito que decorre no âmbito do programa público da Porto Summer School on Art & Cinema, organizado pela Escola das Artes e pelo Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes (CITAR) da Universidade Católica Portuguesa no Porto.
Tim Bernardes é hoje um dos principais nomes da nova música brasileira. Muito elogiado por Caetano Veloso e admirado pela maneira como cruza a MPB (Música Popular Brasileira) com o rock indie e como as suas baladas nos atingem no coração. Surgiu na cena musical com a banda de São Paulo “O terno” e o seu trabalho teve grande visibilidade quando compôs temaspara intérpretes como Gal Costa (“Realmente Lindo”, 2018) ou Maria Bethânia (“Prudência”, 2021).
O seu primeiro álbum “Recomeçar” (2017) foi um dos nomeados para o Grammy Latino de 2018 e ficou em segundo lugar entre Os Melhores Álbuns de 2017, pela revista Rolling Stone. Tim Bernardes émencionado e impulsionado por artistas como Devendra Banhart e pelo grupo BadBadNotGood. Em 2022 participou na digressão americana dos Fleet Floxes. No início de 2022 lançou o seu segundo álbum a solo, “Mil Coisas Invisíveis”, disco que Tim Bernardes equipara a um livro resultante de um trabalho de artesano contemporâneo pós-internet. Trabalho existencialista onde se revela um mundo muito singular.
A finalizar a sua tourné pela Europa, com concertos em França, Inglaterra e Espanha, Tim Bernardes regressa ao Porto (depois de ter esgotado a Casa da Música em outubro de 2022) para uma Conferência-Performance moderada por Nuno Crespo, curador e diretor da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa.
Em palco, ocantor e compositor irá fazer um percurso pelo seu trabalho, abordando não só a sua forma de compor, mas tambémdesvendar as influências que estão na origem das sonoridades das suas baladas e dos seus poemas. Nesta conversa sobremúsica, poesia e sentimentos, o artista explorará como é que num mundo automatizado e tecnologizado se pode compor de modo artesanal,resistindo poeticamente aos automatismos e imediatismos da tecnologia contemporânea.
Esta Conferência-Performance enquadra-se no programa público da Porto Summer School on Art & Cinema, organizada pela Escola das Artes da Universidade Católica, que entre 3 e 8 de julho irá proporcionar uma experiência cultural imersiva para explorar o conceito de Festa, direcionado a todos os amantes de cultura da cidade do Porto.
Além de Tim Bernardes, estão confirmadas as presenças da cineasta Jazmín Lopez, dos artistas Maria de Brugerolle, Bárbara Wagner & Benjamin de Burca, Carla Filipe, dos músicos e DJs Abraxas e Rare Romance; e das performers Piny, Leo Soulflow, André Cabral, Baronesa e dos Teatro Praga. Momentos que vão decorrer em diferentes espaços da cidade do Porto: Escola das Artes, Serralves, Passos Manuel e Cinema Batalha.
A performance CHATROULETTE 8.3, de Inês Garrido, estreia a 7 de Dezembro, no CAL - Primeiros Sintomas em Lisboa, seguirá para o Porto a 8 e 9 de Dezembro, no Ermo do Caos. Uma performance de Inês Garrido em tempo real com um desconhecido no Chatroulette.
Sinopse:
Nesta performance é obrigatório o uso de telemóveis smartphone. Isto é um jogo em tempo real. Se decidires jogar, faço tudo o que quiseres. A minha voz é uma voz feminina. Há diferença? Num dispositivo tecnológico, propõe-se um caminho que encontre performance e experiência social. Se se partir de um ponto de vista em que a desigualdade de género é alicerçada em estruturas de poder histórico-sociais, que pequenos comportamentos quotidianos fazem a manutenção dessa desigualdade? Cria-se assim um jogo numa plataforma de videochat, onde se propõe um role play de pequenos poderes em tempo real: há alguém que comanda, há alguém que segue ordens e há alguém que é observado. Nos dias de hoje, qual é a pertinência de posições políticas no meio de infindáveis scrolls?
Apresentações:
LISBOA, 7 de Dezembro às 21h | CAL - Primeiros Sintomas (Rua de Santa Engrácia, 12 A Lisboa) PORTO, 8 e 9 de Dezembro às 21h | Ermo do Caos (Rua do Amparo, 99 Porto) Entrada Gratuita mediante reserva para reservas.chat@gmail.com Nesta performance é obrigatório o uso de telemóveis. M/18*40’
O ponto comum das obras apresentadas está na forma como Gustavo Sumpta une dois tópicos: o ar, presente nos pneus e câmaras de ar, e a superfície, na qual assentam estes elementos, permitindo, pela sua circularidade, o movimento, temática associada à perda e à resistência, à falha e à sua exatidão, à antevisão e ao seu caráter decetivo.
Na performance 'Amigo do meu amigo não é meu amigo', que encerra a exposição Sob o Signo do Pneu, Gustavo Sumpta interage com vários elementos, traçando uma ponte entre as suas peças e uma realidade performativa que forma um todo significante.
A 5 de novembro encerra também a intervenção apresentada no âmbito do projeto CAVE, Eu Neandertal, do artista plástico e escultor vilacondense Carlos Arteiro, uma peça sobre a experimentação de um estado primitivo.
<< A ideia de esticar uma corda até a sua tensão poder ser excessiva e romper é indissociável da sua consequência: no ricochete das suas metades há um silvo que faz antever uma chicotada, um impacto que produz um dano e uma consequência física num qualquer alvo. O mesmo pode ser dito de qualquer dispositivo de equilíbrio incerto, como uma balança, ou um balancé: todo o movimento num determinado sentido implica, necessariamente, um movimento contrário e assim sucessivamente até à dissipação da energia do movimento original. [...]Em todos estes movimentos, no fluxo das suas causas e consequências, existe uma correlação de forças, de tensões e de refluxos orientados pela verticalidade da força da gravidade, pela atração pelo solo. Esta tensão em direção ao chão, que desgasta toda a movimentação horizontal, é, pelo menos para os humanos, o sinal da inevitabilidade do fim, o anúncio ou a permanente lembrança de que tudo é atraído para baixo e de que a finitude é o destino do movimento. Esta é a matéria-prima de Gustavo Sumpta nas várias formas plásticas que desenvolve, desde a escultura, a instalação e as diversas ações que tem vindo a realizar. >>
— Delfim Sardo, sobre a exposição Sob o Signo do Pneu
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Gustavo Sumpta, Sob o Signo do Pneu — Solar, Galeria de Arte Cinemática
Carlos Alberto Arteiro, Eu Neandertal — CAVE 17.09 — 05.11.2022
CORTEJOé um filme/livro guiado que parte da performance realizada nos Jardins do Palácio de Cristal, local onde foi realizada a Exposição Colonial Portuguesa de 1934, através da qual os espaços e ideias da exposição são tensionados pela ausência dos edifícios e dos corpos ou pela sua substituição através de novas temáticas. A evocação das ruínas ou dos espaços vazios são a lógica que opera todo o percurso.
Estreia em Lisboa dia 22 de Outubro, sábado, às 18h00, no Auditório do Museu Coleção Berardo, com entrada livre.
Criação e performance:Solange Freitas e Tiago Cadete Vídeo:Solange Freitas, Tiago Cadete e Afonso Sousa Figurinista:Carlota Lagido Produtora:Ana Lobato Assessoria de imprensa:Mafalda Simões Fotografia:Manuel Castro Produção:Co-pacabana Residência:Espaço do Tempo / Mala Voadora Apoio:Câmara Municipal do Porto / Criatório; República Portuguesa - Cultura / dgartes; Temps D'images; Citemor Agradecimentos:Biblioteca Municipal Almeida Garrett; PING! Galeria Municipal do Porto
Solange Freitas e Tiago Cadete são os criadores do CORTEJO. Com formação académica na área artística, ambos desenvolvem trabalhos que lidam com questões de identidade, história e memória.
Solange criou, em colaboração com Catarina Vieira,Lá e Cá, Temporária, Fora de Jogo.O Festim. Dirigiu Real Dog.
Tiago Cadete criouATLÂNTICO; FIUME; CICERONE; ENTREVISTAS; ALLA PRIMA. Ambos colaboraram com diversos criadores portugueses.
CORTEJO M/12, 40min Estreia em Lisboa: dia 22/10, sexta-feira, 18h00 – Auditório do Museu Coleção Berardo. Entrada gratuita, sujeita ao número de lugares disponíveis.