Entre 16 de fevereiro e 22 de maio, a Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa no Porto vai promover um ciclo internacional de conferências, exposições e performances que promete desafiar à compreensão e à transformação da nossa relação com a Terra. “Pisar suavemente sobre a Terra” é o mote que lhe dá o nome e que coloca no centro o pensamento do filósofo e ativista Ailton Krenak. A 16 de fevereiro, às 18h30, no Auditório Ilídio Pinho, realiza-se a Conferência de apresentação com a presença da curadora Ellen Lima (poeta, escritora e investigadora indígena), Daniel Ribas e Nuno Crespo (diretor da Escola das Artes).
Com curadoria de Ellen Lima, o ciclo “Pisar suavemente sobre a Terra” integra poesia, artes visuais, música, filosofia, cinema, performance e literatura. São múltiplas as formas de arte que vão animar e fomentar o pensamento. Ellen Lima, Permafrost, Takumã Kuikuro, Trudruá Dorrico, Uyra Sodoma e Elena Lopez Riera são alguns dos artistas que marcam a agenda.
Nuno Crespo, diretor da Escola das Artes, afirma que este ciclo representa “não só uma homenagem ao pensador Ailton Krenak, mas, também, um movimento subtil de admitir a urgência desses e outros ensinamentos, humanos e não humanos.” Segundo o diretor da EA, “usar-se-ão, neste ciclo, diferentes modos de expressão que permitem realçar as diferentes formas de caminhar pelo mundo.”
Ellen Lima é poeta, escritora e investigadora indígena de origem Wassu Cocal. É Mestre em Artes e atualmente é doutoranda em Modernidades Comparadas: Literaturas, Artes e Culturas na Universidade do Minho. Publicou em 2021 "Ixé ygara voltando pra ’y’kûá", livro de poesias escrito em língua portuguesa e tupi antigo. Integra, entre revistas literárias e outras coletâneas, a obra “Volta pra tua terra", uma antologia de poetas antifascistas e antirracistas em Portugal. Sua prática relaciona poesia, crítica, ativismo, palestras e escritas ensaísticas.
Fazem parte da programação cerca de 15 eventos que vão decorrer entre fevereiro e maio e que são de acesso livre. Através de uma programação intensa e inovadora, pretende-se colocar o foco na urgência de pensar a relação do humano com a natureza, mas, também, com a tecnologia, com a arte e com as políticas de representação e visibilidade correntes.
Do Outro Lado da Linha é uma performance que será apresentada no Largo de Santo António, em Torres Vedras, no próximo dia 15 de outubro, pelas 19h00.
Nela, dois performers e uma cabina telefónica conduzem os espetadores por uma experiência espiritual para dar voz e corpo às histórias daqueles que perderam alguém (ou algo) que amam. Os espetadores são conectados com rituais de diferentes comunidades para encontrar os fios condutores de como se vive o luto e a perda. Trata-se de uma espécie de terapia comunitária através das palavras.
Do Outro Lado da Linha é simultaneamente uma performance site-specific e um projeto participativo de arte pública. Esta performance acontece no espaço público e, a cada apresentação, é promovida uma residência com a comunidade e a abertura da cabina a quem a quiser utilizar. Por isso, a mesma estará disponível entre os dias 16 e 18 de outubro, no Largo de Santo António.
De referir que a performance Do Outro Lado da Linha tem a sua inspiração num episódio ocorrido em 2010, numa cidade costeira japonesa: Itaru Sasaki construiu uma cabina telefónica no jardim para falar com o primo falecido há pouco tempo, de quem era muito próximo. Um ano depois, essa cidade foi atingida por um fortíssimo tsunami, levando milhares de vidas e deixando um rasto de destruição. O telefone desconectado de Itaru passou então a ser usado por toda a comunidade…
FICHA ARTÍSTICA E TÉCNICA
Cocriação e direção de projeto: Maria João Santos
Cocriação e interpretação: Cláudia Andrade
Dramaturgia: Judite Canha Fernandes
Conceção musical e interpretação: Pedro Salvador
Construção cénica: F. Ribeiro
Construção da cabine: Móveis Modernos Maia Rocha
Desenho de luz e coordenação técnica: Carlos Arroja
Assistência técnica: Pedro Moreira
Produção executiva: Francisca Aires
Assistência à produção: Inês Melo Sousa
Produção: Pacatodisseia
Coprodução: Artemrede com o apoio dos municípios de Moita, Montijo, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras
Apoio: Centro de Inovação da Mouraria
Agradecimentos: Fernando Mota, Sofia Cabrita, Kika Aires, Miguel Gonçalves, Ana Sofia Almeida e Associação Teia de Cultura, Associação 13 de Setembro de 1913, e um especial agradecimento a todos os entrevistados e entrevistadas.
Projeto cofinanciado por: República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes
Depois de meses de porta fechada, para renovação do estúdio, reabrimos o Espaço Alkantara com a Mostra BRABA.
A BRABA.plataforma é uma estrutura que fomenta e viabiliza ações criativas protagonizadas ou direcionadas a pessoas Trans/Não-binárias.
No seu lançamento a BRABA apresenta, de 7 a 10 de julho, ATLAS da BOCA de Gaya de Medeiros. Todas as apresentações são seguidas de uma performance diferente criada por artistas da comunidade Trans/Não-binária e de uma conversa com artistas, mediadas por pessoas convidadas.
O Teatro-Cine de Torres Vedras acolhe no próximo dia 26 de abril, pelas 21h30, mais um ciclo de performances que serão apresentadas pela Performact.
Ecléctricaé o nome dessa apresentação, o mesmo que a Performact deu a espetáculos com igual objetivo realizados anteriormente, também no Teatro-Cine de Torres Vedras. Mas mais que uma simples mostra,Ecléctricaprocura ser uma partilha, uma forma de energizar uma noite que traz ao palco do Teatro-Cine de Torres Vedras um pouco das várias realidades geradas por professores convidados e alunos no contexto do curso intensivo de intérprete de dança contemporânea da Performact.
De referir que esta entidade foi fundada em 2016, fruto de uma colaboração entre a Ilú Associação Dança-Teatro de Intervenção Urbana e a sua associação parceira Untamed Productions, sendo que procura formar bailarinos a um nível profissional com um rigoroso plano de ensino orientado para a área da performance no campo da dança contemporânea. A Performact faculta aos estudantes não só a oportunidade de trabalhar as suas próprias capacidades físicas e intelectuais com vários profissionais de renome nacional e internacional, mas também fornece conhecimentos complementares de produção, o que é essencial na formação de um intérprete e na sua perceção daquilo que é um espaço cénico e performativo.
As entradas para se assistir ao espetáculoEclétricano Teatro-Cine de Torres Vedras são gratuitas.
O Fórum Cultural José Manuel Figueiredo, na Baixa da Banheira, recebe, a 11 de janeiro, pelas 21:00h, a iniciativa MIXART II, promovida pela AMOCA - Associação Movimento Organizado Cultural e Artístico. Esta iniciativa, que procura integrar diversos tipos de arte num mesmo espaço, teve a sua primeira edição em dezembro de 2018, na Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça, na Moita, e incluiu pintura, escultura, dança, poesia e música.
Esta segunda edição inclui a exposição de artes plásticas denominada "A Posse e o Desapego", a performance "Ice Cream" e o "Lícita a tua MOCA", onde o espectador poderá adquirir uma obra.
No âmbito do apoio da Câmara Municipal da Moita ao Movimento Associativo Juvenil, a autarquia cedeu o espaço para a realização da iniciativa, assim como diversos apoios logísticos.
Programa:
- Inauguração da Exposição de Artes Plásticas “A Posse e o Desapego”
Artistas: CV$H | Inês Eusébio | LS | Marco Federado | Margarida Franco | MECH | Pedro Marujo | Ras Jah Dudah | Rafael Gaspar | Wood Kambz | Zé Térmita
Local:Galeria de Exposições
- Performance de Dança “Ice Cream”
Criação: Daniela Casimiro
Interpretação: Patrícia Canhoto | Rita Cruz | Sofia Aires | Yana Suslovets
Auditório de Serralves-Museu de Arte Contemporânea
14 DEZ
17h30
Performers:
Angélica Salvi
VUDUVUM (Marta Baptista)
Sophia de Mello Breyner Andresen revelou desde sempre uma atenção emocionada às relações entre a arte da palavra e as outras artes. Da música à dança, passando pela pintura, pela escultura ou pela arquitetura, a presença das artes é recorrente na sua obra quer no plano temático quer a nível das formas e dos ritmos. O ciclo Sophia e a Artes, que comemora o centenário do nascimento de Sophia, reuniu em cinco sessões oradores, especialistas na obra de Sophia e na arte escolhida para a respetiva sessão, que mantiveram intensos diálogos sobre a sua obra.
As quatro primeiras sessões dedicaram-se a fazer dialogar a obra da poeta com uma arte, ou área artística: na sessão "Sophia e a Música” dialogaram com a sua obra Pedro Eiras e Amílcar Vasques-Dias, moderados por Ana Luísa Amaral; "Sophia e a Dança” foram objeto da análise de Carlos Mendes de Sousa e Joana Providência sob a moderação de Ana Paula Coutinho; para "Sophia e as Artes Plásticas” foram convocados Maria Filomena Molder e Nuno Faria com a moderação de Isabel Pires de Lima e "Sophia e a Forma” foram alvo dos olhares de Maria Irene Ramalho e Teresa Andresen, moderadas por Rosa Maria Martelo.
A última sessão deste ciclo, que se realiza este sábado, em Serralves, será preenchida pela performance das artistas ANGELICA E VUDUVUM, uma proposta inédita, concebida para esta celebração.
Tudo vai rolar na violência do instante. Atenção ao Mundo!
Ouvir devagar, de mãos e pulsos roucos e vermelhos,
Ciclo de actividades culturais no âmbito da Exposição antológica de Lima de Freitas «Dos símbolos à eternidade dos Arquétipos» // 4/10 a 23/11/2019
A exposição antológica de Lima de Freitas (1927-1998), «Dos símbolos à eternidade dos Arquétipos» estará patente na Livraria-Galeria Municipal Verney de 4 de Outubro a 23 de Novembro de 2019. Pode ser visitada de terça a sexta das 11h às 18h, e aos sábados das 12h às 18h.
Seminário de Geometria Sagrada: de Pitágoras a Lima de Freitas
Sábado, 5 de Outubro, 10 - 13h Livraria-Galeria Municipal Verney (R. Cândido dos Reis, 90, 2780-211 Oeiras)
por Paulo Loução, coordenador do Círculo Lima de Freitas
«Desde a mais alta antiguidade, os números e as figuras geométricas foram vistos como potências filosófico-simbólicas no quadro de uma visão do mundo que podemos denominar "pitagórica". Esta filosofia simbólico-matemática tem exercido uma grande influência ao longo da história, seja no Egipto, na Grécia clássica, ou na arquitectura gótica. Passam as civilizações, mas certos princípios desta linguagem mantém-se e chegam aos nossos dias. Almada Negreiros apercebeu-se desse facto, e sensibilizou Lima de Freitas para continuar essa demanda.
Neste primeiro seminário a propósito desta exposição antológica da obra de Lima de Freitas, focaremos esses princípios fundamentais da matemática sagrada.» (Paulo Loução)
EXPOSIÇÃO] PRIMEIRO LUGAR - VÉNUS Colectivo Pangeia ||| 4-20 out | ter-dom | 14h00-19h00 || INAUGURAÇÃO | 3 out | qui | 18h00-21h00
O coletivo Pangeia nasceu da amizade entre seis colegas de faculdade e da procura mútua de abordar temas de interesse comum, explorados de forma heterogénea. Esta exposição, Vénus, tem a sua génese num dos elementos que nos une, a feminidade, nas suas mais díspares expressões.
[PERFORMANCE] PROCEDIMENTOS PARA ENCONTRAR-SE
Ana Corrêa e Julia Salem ||| 4-5 out | sex-sáb | 21h30
Procedimentos para encontrar-se trata da perceção de relações, comunicação e encontro. Exploramos a relação e encontro como um estado de transitoriedade e recomeço constante, lugar de passagem em vez de lugar fixo.
[PERFORMANCE] YOUNG EMERGING PERFORMERS FUCK ME GENTLY Mário Coelho ||| 15-20 out | ter-dom | 21h30
Com a finalidade de encenar um espetáculo de cariz biográfico (encenação de momentos chave da sua vida i.e. momentos de um passado verídico e de um futuro imaginário – embora essa linha seja sempre difusa) uma actriz/encenadora abre uma audição online à procura de intérpretes que possam cumprir os requisitos necessários para o projecto em questão. Após a fase inicial, de procura de actores, segue-se o primeiro dia de ensaios.
[DANÇA / ARTES VISUAIS]
ENSAIO NU Ângelo Cid Neto e Catarina Real ||| 23-24 out | qua-qui | 21h30
ensaio nu enlace entre pensamentos Se alguém pensar alto: consegue habitar nesse pensamento? Se alguém pensar alto na direcção de outro alguém: consegue criar terreno nesse pensamento? Todas as casas exigem um solo. Se eu digo age o teu pensamento move-se?
[LANÇAMENTO] "CARTAS" Um Colectivo // Cátia Terrinca ||| 26 out | sáb | 18h
Conversa informal sobre a relação entre as artes performativas e o seu contributo para a rescrita e a releitura da História. Leitura de alguns excertos acompanhados pela música de Mariana Bragada.
[CONVERSA] DIREÇÃO ASSISTIDA 0.3 José Maria Vieira Mendes ||| 26 out | sáb | 20h Entre 26 de outubro e 15 de dezembro de 2019 decorrerão 4 sessões de Direção Assistida, um projeto Teatro Praga / Rua das Gaivotas 6, este ano em colaboração com o CLUBE ESPECTADOR da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e o TEATRO DO BAIRRO ALTO. Nesta versão, mais uma vez coordenada por José Maria Vieira Mendes, pretende-se olhar para quem olha, o “público”, essa palavra que justifica políticas, programas e angústias, e que está no centro de muito pensamento contemporâneo sobre as artes.
exposição | rama em flor 7-9 set | sex-dom | 14h-20h inauguração 6 set | qui | 18h entrada livre
A jovem artista Odete inaugura a temporada da Rua das Gaivotas 6 em Setembro com uma performance e uma exposição, cada uma inserida num contexto diferente, ocupando a Sala Principal e a Sala Rosa simultaneamente.
Se a performance “Anita Escorre Branco” é o resultado do trabalho desenvolvido no âmbito de um programa de apoio e promoção de jovens performers, YEP – Young Emerging Performers, a exposição “Anita Escorre Branco” está incluída no programa do festival comunitário feminista queer Rama em Flor e apresenta o trabalho desta artista multidisciplinar, no âmbito das artes visuais.
A performance ONE SHOT coloca em evidência a obsessão actual com a imagem, a auto-imagem e consequente percepção - muitas vezes distorcida - do quem somos e de quem é o outro que nos rodeia. Com as redes sociais tão presentes no nosso dia-a-dia, é possível criar umailusão de identidade proporcionada pelo filtro digital dos écrans.