De 13 a 16 de julho Sintra recebe mais uma edição da Feira Quinhentista, recriando um mercado de época.
A edição deste ano presta homenagem ao Mestre Gil Vicente que frequentou os Paços Reais de Sintra no reinado de D. Manuel I e escreveu alguns dos mais belos textos sobre Sintra e a sua Serra, hoje património mundial.
“...Um jardim do paraíso terreal. Que Salomão mandou aqui. A um rei de Portugal...
...es la sierra mas hermosa
que yo siento en esta vida
es como dama polida
Brava dulce Y graciosa...”
Foi com estas palavras que Gil Vicente definiu a Sintra do seu tempo - o séc. XVI, à época do reinado de D. Manuel I.
Em pleno período de expansão marítima, a sociedade portuguesa caracterizava-se pelo luxo e riqueza mas também pela imoralidade e ociosidade, estes dois aspetos são transversais a todos os estratos sociais e propícios à crítica de Gil Vicente, que na sua obra, explora de forma caricatural e irónica a sociedade de então.
Esta edição da Feira Quinhentista de Sintra terá como mentor Gil Vicente - “genial comediógrafo” trazendo à feira muitos dos personagens dos seus autos e farsas - sapateiros e onzeneiros, juízes, alcoviteiras, amas, frades, médicos, damas e marinheiros, entre outros, recriando várias situações do quotidiano em interação com o público e proporcionando um ambiente de festa descontraído e de grande diversão.
De todas as zonas do país mas também de paragens mais longínquas, vêm cerca de 150 vendedores. Estarão presentes artífices recriando ofícios da época, artesãos e mercadores, mas também vendedores de produtos regionais, doçaria conventual e gastronomia.
A organização deste evento é da Câmara Municipal de Sintra com produção e animação da Câmara dos Ofícios.
PORTUCALENSE REÚNE ESPECIALISTAS EM SEMINÁRIO ‘INVASÕES FRANCESAS NO PORTO’
As Invasões Francesas regressam ao Porto com a Universidade Portucalense (UPT), a recuar mais de 200 anos no tempo para recordar um marco da história da cidade e suas gentes.
Com o Seminário ‘Invasões Francesas no Porto’, a decorrer no próximo dia 18 de novembro, no Forte de S. João Batista, na Foz, a UPT pretende divulgar a importância desta época na história da cidade, despertar o interesse pela preservação de locais relativos a este momento e dinamizar a história militar junto da sociedade.
O debate em torno deste tema, ainda muito desconhecido do grande público, pretende dar a conhecer o quotidiano da cidade aquando da invasão napoleónica, os lugares, as ruas e os edifícios em que se debateram os exércitos e como se processou a defesa da cidade.
O objetivo é reviver o que aconteceu na realidade no dia 29 de Março de 1809 quando a cidade se depara com a entrada de forças militares. Quem morre, quantos morrem, quem sobrevive para contar as histórias, como acontece o conhecido desastre da Ponte das Barcas.
Assim, os participantes vão reviver os momentos difíceis da população da cidade do Porto e dar a conhecer novos conteúdos, histórias desconhecidas que podem, no âmbito do património militar e do turismo, criar novas experiências.
O Forte S. João Batista vai abrir portas para uma visita guiada que dá a conhecer o seu papel na época das Invasões Francesas, desmistificando a forma como o Porto foi atacado e como se defendeu, num Seminário onde serão debatidas temáticas em torno do Património e da resistência da cidade a que ainda hoje chamam ‘Invicta’.
O evento conta com a participação de Catarina Cardoso do Ministério da Defesa e Coronel Paulo Lourenço do Instituto de Defesa Nacional e reúne vários especialistas que irão falar sobre as circunstâncias da Invasão, cartografia e itinerários e ainda o incontornável desastre da Ponte das Barcas.
O Seminário ‘Invasões Francesas no Porto’ é uma iniciativa levada a cabo pela UPT conta com o apoio do Departamento de Turismo, Património e Cultura (DTPC) e com a União das Juntas de Freguesia de Nevogilde, Foz e Aldoar.
A Universidade Portucalense Infante D. Henrique (UPT) é um estabelecimento de ensino superior cooperativo que iniciou a sua atividade em 1986.
A UPT funciona exclusivamente na cidade do Porto, no pólo Universitário da Asprela, ministrando cursos nas nove áreas seguintes: Direito, Economia, Gestão, Informática, Psicologia, Educação, Turismo e Hospitalidade, Património e Cultura, e Relações Internacionais.
A vila de Fronteira, no Alentejo, será palco, nos dias 2 e 3 de Abril de 2011, da feira medieval e da Recriação histórica da Batalha dos Atoleiros, que recorda a vitória de Portugal sobre Castela, em 1384.
No primeiro fim-de-semana de Abril (dias 2 e 3), Fronteira, no Alentejo, mergulha no tempo e a vila transforma-se num verdadeiro palco de história e num ambiente único de feira medieval.
Durante estes dias, Fronteira Medieval 2011 convida-o a regressar ao passado e a reviver a histórica Batalha dos Atoleiros, recordando a vitória de Portugal sobre Castela, em 1384, sendo que os portugueses não sofreram uma única baixa.
Se procura momentos de lazer diferentes e culturais, estes são dias a marcar na agenda. Rume até ao Alentejo, descubra o ambiente medieval da vila de Fronteira e prepare-se para a batalha em que D. Nuno Álvares Pereira haveria de expulsar os invasores castelhanos.
E por que não participar, como figurante, nesta que foi uma das mais importantes e determinantes lutas de independência de Portugal? A recriação da Batalha dos Atoleiros decorre domingo, dia 3 de Abril, às 15H00, no Campo da Batalha, na zona industrial de Fronteira.
Apareça, regresse à Idade Média e faça parte deste momento único da história portuguesa. Conviva com as figuras mais tradicionais de outros tempos, integre-se activamente no espírito da festa, envergando as roupas tradicionais, participando nas brincadeiras e animando o espaço da feira.
Viaje no tempo até ao dia 6 de Abril de 1384, aliste-se nas fileiras do respeitado chefe de guerra D. Nuno Álvares Pereira e empunhe as armas contra os inimigos castelhanos vindos do Crato nesta recriação da Batalha dos Atoleiros. No final, celebre a vitória portuguesa.
A organização é da Câmara Municipal de Fronteira e a entrada é gratuita.
Durante duas noites os visitantes do Museu do Oriente têm a oportunidade de recuar no tempo, até à noite fria de Inverno, do dia 21 de Dezembro de 1925.
Nesta recriação, os participantes têm a oportunidade ao som de uma velha grafonola, que toca ‘República’ de Mozart ‘conviver’ e conversar com personalidades como Manuel Teixeira Gomes, republicano convicto desde os seus tempos de estudante e que acaba de partir com destino ao Norte de África, após ter renunciado ao cargo de Presidente da República. Ainda nestas noites faz-se uma análise à conjuntura política de então e a Manuel Teixeira Gomes, que deixou um importante legado resultante da sua paixão por viagens, parte do qual pode ser apreciado no Museu do Oriente. As sessãos ocorrem dias 5 e 12 de Agosto, no Salão Macau – Museu do Oriente e são gratuitas, mas sujeita, a marcação prévia até dia 29 de Julho (primeira sessão) e 5 de Agosto (segunda sessão).