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Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

FESTA DA ESPIGA EM SALIR REGRESSA EM GRANDE PARA RECORDAR ALGARVE DE OUTROS TEMPOS

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A 26 de maio celebra-se a Quinta-Feira de Ascensão ou Quinta-Feira da Espiga e, em Salir, interior do concelho de Loulé, tem lugar um dos mais tradicionais eventos da serra algarvia, a Festa da Espiga. Passados dois anos em que se realizou num formato adaptado e numa versão mais reduzida (“A Espiga vai a sua casa”), esta iniciativa regressa na sua plenitude, sem restrições, com um programa de três dias.

O Passeio de BTT e o Passeio Pedestre “Trilhos da Espiga”, na manhã do dia 26, marcam o arranque das atividades. As tasquinhas com manjares e petiscos serranos e as exposições de produtos regionais abrem portas a partir das 13h00.

Mas o momento mais aguardado da festa acontece às 16h00 desta quinta-feira, com o desfile etnográfico onde os carros em representação das diferentes localidades e das suas principais atividades agrícolas e artesanais são o foco de atenção dos visitantes. O fabrico do pão, a apanha do medronho e destilação, a apicultura e extração de cortiça, o varejo do figo, amêndoa e alfarroba, o artesanato de linho, lã, palma ou esparto são algumas das atividades que aqui serão recriadas. Se estas foram durante anos a base da economia local, caíram em desuso e esta é, de resto, uma oportunidade para dar a conhecer e revisitar um Algarve perdido no tempo. Pela voz de poetas populares são declamados poemas feitos de improviso, com mensagens dirigidas aos responsáveis municipais, em jeito de pedido para determinadas intervenções na freguesia. Uma tradição que, ano após ano, é imagem de marca desta festa.

A noite da “Quinta-Feira da Espiga” contará com muita animação, com o baile, seguido de um concerto do carismático cantor popular Quim Barreiros, a partir das 23h00.

Na sexta-feira, a tarde é dos seniores que, numa ação conjunta com as instituições de solidariedade social e dos lares, têm aqui um momento de convívio. Mas a noite é direcionada sobretudo aos jovens com três concertos: MGDRV (22h00), HMB (23h30) e Christian F (01h00).

No dia de encerramento, sábado, as crianças são convidadas a participar na “Festa das Espiguinhas”, que a par das brincadeiras visa também envolver os mais novos no espírito desta festa.

Para quem não teve a oportunidade de assistir ao desfile etnográfico, uma vez que a noutras localidades o Dia da Espiga não é feriado, a organização irá reeditar este momento na noite de sábado, a partir das 19h30.

No encerramento da Festa da Espiga 2022 estão previstos três momentos musicais, com os concertos do grupo De Moda em Moda (22h00), Iris (23h30) e DJ Rodriguez (01h00). De referir que todos os espetáculos da Festa da Espiga são de entrada livre.

Este evento teve a sua primeira edição a 23 de maio de 1968, promovida pelo então presidente da Junta de Freguesia, José Viegas Gregório, uma das figuras mais emblemáticas da região. Anualmente centenas de pessoas deslocam-se a Salir no Dia da Espiga, que marca o início da época das colheitas, para apreciar o artesanato, a gastronomia, o folclore, a etnografia e a poesia popular.

A Festa da Espiga foi uma das 14 finalistas do concurso “7 Maravilhas da Cultura Popular® 2020”.

 

CML/GAP /RP

Festa da Espiga 2019: música de David Antunes e Karetus e defile etnográfico animam programa em Salir

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Música, desporto, artesanato, gastronomia e as mais genuínas tradições do interior serrano regressam à vila de Salir com mais uma Festa da Espiga que terá o seu ponto alto na Quinta-Feira da Espiga, 30 de maio, mas que apresenta um programa que irá estender-se até ao dia 1 de junho.

Nos mesmos moldes do que tem acontecido nos últimos anos, a Festa realiza-se em três noites temáticas: Noite da Espiga (30 de maio), Noite Popular (31 de maio) e Noite Jovem (1 de junho).

As festividades arrancam na Quinta-Feira da Espiga, dia 30 de maio, data em que se assinala também o Dia do Município de Loulé, a partir das 9h00 com um Passeio BTT e Passeio Pedestre. Às 13h00, abre o espaço de tasquinhas dedicado aos Manjares e Petiscos Serranos, seguindo-se a inauguração da exposição de produtos regionais onde estarão presentes artesãos da Serra do Caldeirão, com os mais variados produtos desde artesanato a agroalimentares.

O ponto mais importante da Festa acontece às 16h00 deste dia, com o tradicional desfile etnográfico que representa toda a atividade agrícola desta freguesia rural.

As noites serão preenchidas com muita música e como principais destaques as presenças de: Sons do Minho (30 de maio), David Antunes (31 de maio) e Karetus (01 de junho).

A entrada é livre.

Segundo o calendário litúrgico, na Quinta-Feira da Ascensão comemora-se a ascensão de Jesus Cristo ao Céu, encerrando um ciclo de quarenta dias após a Páscoa. Mas neste dia celebra-se igualmente o Dia da Espiga ou Quinta-Feira da Espiga. Sobretudo no Sul do País é tradição as pessoas irem para os campos apanhar a espiga de trigo e outras flores silvestres, fazendo ramos simbólicos da fecundidade da terra e da alegria de viver; algumas espigas, geralmente de trigo, simbolizam a abundância, as papoilas, rosas, margaridas e malmequeres a beleza e o ramo de oliveira a paz. Este ramo, em número de combinações variáveis conforme as localidades, pendura-se dentro de casa e aí se conserva durante um ano, até ser substituído pela “espiga” do ano seguinte.

Salir, uma das mais típicas freguesias rurais do Concelho de Loulé, faz da Festa da Espiga um dos principais cartazes turísticos e etnográficos da região algarvia.

A Festa Espiga em Salir teve início no dia 23 de maio de 1968, organizada pela Junta de Freguesia, mais propriamente pelo presidente de então, José Viegas Gregório, figura carismática e um grande impulsionador da sua terra natal. O sucesso da primeira edição, à qual presidiram o Governador Civil de Faro, Romão Duarte, e o presidente da Câmara Municipal de Loulé da altura, Eduardo Pinto, ultrapassou todas as expectativas da organização.

Desde então, Salir tem feito do Dia da Espiga um grande acontecimento regional, recebendo milhares de forasteiros que aqui se deslocam para apreciar o artesanato, a gastronomia, o folclore, a etnografia ou a poesia. A importância que este evento alcançou como cartaz turístico do interior algarvio foi tal que a Câmara Municipal de Loulé mudou para este dia o seu feriado municipal.

Em Salir o Dia da Espiga, que de certa forma marca o início da época das colheitas, assume uma importância especial, uma vez que se aproveita esta data para levar até ao grande público as manifestações tradicionais mais características desta freguesia rural. Os intervenientes neste espetáculo ímpar no país preparam com certa antecedência os seus carros e durante o desfile vão oferecendo alguns dos produtos que transportam.

O cortejo etnográfico que desfila ao longo da principal rua da vila representa toda a atividade agrícola e artesanal da freguesia, em parte que se encontra em vias de extinção, desde as sementeiras, mondas, ceifas, debulhas, fabricação de pão, apanha do medronho e destilação, apicultura e extração de cortiça, o varejo do figo, amêndoa e alfarroba, artesanato de linho, lã, palma, esparto, cestaria de verga.

Para além disso há ainda a exibição de poetas populares declamando os seus poemas feitos de improviso e uma vasta exposição de maquinaria agrícola das diversas marcas existentes no mercado.

Uma das particularidades da Festa da Espiga é que a população tem ainda a possibilidade de deixar uma mensagem, em forma de poema ou quadra preparada ou apenas de improviso, às entidades governativas presentes, para pedir ou agradecer as obras feitas na terra. Aliás, os executivos da Câmara Municipal de Loulé aproveitam este dia para inaugurar uma estrada, uma escola, uma obra de saneamento básico ou um equipamento de carácter social, contribuindo assim para abrilhantar ainda mais as festividades. Mas quando essas obras não se concretizam, as críticas em tom de brincadeira são lançadas aos responsáveis governativos do município e da região.

 

CML/GAP /RP