Grau Zero da Companhia Sessão #18 29 de Outubro 2022 O pensamento trágico na criação artística com Vinicius Massucato
Inscrição gratuita e obrigatória: bcnproducao@gmail.com Destinatários: Professores, amadores do espetáculo e outras artes; estudantes de artes; coletividades, associações e grupos 14h30- 16h00 Sala de Ensaios do Cineteatro António Lamoso, Santa Maria da Feira
GRAU ZERO DA COMPANHIA | TEATRO
A loucura, um dos temas mais fundamentais para o pensamento trágico. Ela que não é um dado biológico, mas sim um facto da cultura, irá nos ajudar a abrir caminhos para o pensamento trágico no teatro. Partiremos de pequenas leituras de textos de autores como Jean Genet, Michel Foucault e Antonin Artaud e através de jogos e da problematização do tema iremos questionar a loucura e o simbólico vínculo que ela possui com o artista.
Vinicius Massucato, Brasil, 31 anos, ator. Começou no teatro sob a direção de José Celso Martinez Corrêa. Trabalhou com diversos artistas de destaque na cena contemporânea das artes visuais brasileira como Erika Verzutti e Leda Catunda. Vive e trabalha em Portugal desde 2016. Colaborou com artistas portugueses e internacionais como João Souza Cardoso, João Fiadeiro, o Ballet Contemporâneo do Norte e Angélica Liddell. É estudante de Filosofia na Universidade do Porto.
Grau Zero da Companhia é um programa de formação do Ballet Contemporâneo do Norte para profissionais e amadores das artes performativas. Inspirado na obra seminal de Roland Barthes, precipita nos para a abordagem à iniciação de técnicas que assistem à construção de uma companhia. O objetivo é antever estratégias para estar/trabalhar em conjunto.
Todas as recomendações da DGS e do Governo acauteladas
Com renovada fé e devoção, Santa Maria da Feira volta a cumprir o voto ao mártir S. Sebastião, na Festa das Fogaceiras, a 20 de janeiro, mantendo esta secular tradição e pedindo ainda proteção contra a “peste” dos dias de hoje, a COVID-19. O programa oficial da Festa das Fogaceiras – Cortejo Cívico, Missa Solene e Procissão – mantém-se, mas com um número muito reduzido de participantes em cada um dos momentos, acautelando-se todas as recomendações da DGS e respeitando as medidas impostas pelo Governo.
No dia 20 de janeiro, a tradição com mais de 500 anos volta a cumprir-se em Santa Maria da Feira, com o tradicional Cortejo Cívico, às 10h30, com apenas 31 meninas fogaceiras vestidas de branco integral, faixas coloridas à cintura e de fogaça à cabeça, entre os Paços do Concelho e a Igreja Matriz; a Missa Solene com bênção das fogaças, às 11h00, na Igreja Matriz, presidida pelo Bispo Auxiliar Emérito do Porto, D. António Taipa; e, no período da tarde, às 15h30, a Procissão.
Dado o atual contexto pandémico e considerando a lotação limitada da Igreja Matriz (que por determinação da Diocese tem a lotação reduzida a 100 pessoas), a organização da Festa das Fogaceiras decidiu selecionar apenas 1 menina fogaceira por freguesia, ao invés das quatro inicialmente previstas, numa lógica de representatividade de todo o concelho de Santa Maria da Feira. A seleção teve por base a ordem de inscrição de cada menina.
A Missa Solene de Bênção das Fogaças vai ser transmitida, em direto, na página oficial de facebook do Município de Santa Maria da Feira, em www.facebook.com/municipio.smfeira, e no portal municipal, em www.cm-feira.pt/diretos, para que todos os devotos a S. Sebastião, em Portugal e no Mundo, possam assistir. A população que queira participar na Missa Solene pode fazê-lo, respeitando a lotação limitada da Igreja (que terá disponíveis apenas 50 lugares para os participantes da eucaristia da comunidade em geral). Para garantir uma maior segurança a esta festividade, a Câmara Municipal disponibiliza, nas imediações da Igreja Matriz, um espaço para que os devotos possam realizar o seu teste à COVID-19 antes da entrada na igreja.
A Câmara Municipal de Santa Maria da Feira assegura igualmente a testagem de todos os elementos que integram oficialmente a Festa das Fogaceiras 2022.
Como é já tradição, o dia 20 de janeiro termina com um espetáculo de sátira e comédia com assinatura do Centro de Cultura e Recreio do Orfeão da Feira, às 21h30, no Cineteatro António Lamoso. “Ensaio Geral” é o espetáculo de teatro-revista que promete momentos de boa disposição. Numa época em que tanto se fala da transição verde, a ecologia terá lugar de destaque nesta noite que abordará também o ecossistema… político.
A Festa das Fogaceiras é assinalada durante todo o mês de janeiro, até ao dia 31 de janeiro, com uma programação cultural e artística, em diferentes equipamentos culturais municipais, que vai desde a música ao teatro de revista e à recriação histórica, das oficinas aos workshops. Consulte o programa completo da Festa das Fogaceiras, em www.cm-feira.pt/fogaceiras.
"Variações" que o Instituto Nacional de Artes do Circo apresenta em estreia absoluta e em co-produção com o Imaginarius – Festival Internacional de Artes de Rua, em Santa Maria da Feira, nos dias 9 (21h00), 10 (22h00) e 11 de Setembro (11h00, 16h00, 22h00), e que volta à cena no dia 16, 18h00, em Arcozelo, no âmbito do Cupula Circus Village Festival.
Todas as apresentações têm entrada gratuita, lotação limitada e inscrição obrigatória, através do preenchimento de formulário próprio disponível em www.imaginarius.pt.
Idealizado por Bruno Machado e Juliana Moura, este espectáculo pretende renovar o conceito de apresentação em tenda de circo em Portugal. Esta é também por isso uma obra de carácter experimental e multidisciplinar que interliga o circo contemporâneo à dança contemporânea e ao teatro mas também a outras experiências psíquicas da mente humana – para a criação de Variações foram utilizadas terapias alternativas como a acupunctura e técnicas ancestrais de meditação, trance e hipnose. Paralelamente à concepção do espectáculo, foi feito um documentário sobre este processo de criação.
Variações tem a sua dramaturgia construída com base em cinco sonhos recorrentes dos próprios intérpretes. Esses universos unem-se a uma consciência colectiva que foi construída durante o processo de criação. A narrativa que atravessa a dramaturgia e une esses universos é inspirada na Viagem de Dante na sua “A Divina Comédia“. O Purgatório é o nosso espaço cénico onde cada um dos personagens vem contar a sua história; excepto ela, a acompanhante de todos os viajantes.
A formação de Bruno Machado passa pelas artes gráficas, artes plásticas, teatro e circo associando a experiência que tem nas diferentes áreas destacando o seu trabalho como intérprete e agora como encenador. Ao longo do seu percurso tem desenvolvido especial interesse sobre o "actor de circo".
Juliana Moura associa o movimento e o circo no seu trabalho como intérprete e agora como encenadora e coreógrafa distingue-se por uma linha de pesquisa do "performer de circo" entre o movimento e o circo.
7 dezembro 2019, 21h30 Auditório do CIRAC, Paços Brandão Sta. Maria da Feira ENTRADA: gratuita
WANTED é um espetáculo de teatro, criado e interpretado por Cátia Pinheiro e José Nunes, onde se explora a noção de amor e a sua relação com o teatro. Aproveitando o “aqui e agora” da performance teatral, exploram-se as ligações e pontos de contacto entre a dimensão amorosa e a dimensão teatral, através da relação entre atores, público e ação.
WANTED
A partir de/inspirado em/com excertos de: Cátia Pinheiro, José Nunes, Byung-Chul Han, Alain de Botton, Platão, Die Antwoord, Sarah Kay & Phil Kaye, Ann Druyen, Alain Badiou, Slavoj Žižek, Roland Barthes, Paul Virilio, Aude Lancelin, Marie Lemonnier, Rihanna, Depeche Mode, Enrique Iglesias & Mickael Carreira, René Pollesch, M.I.A., Woody Allen e comentários do Youtube.
Criação e Interpretação: Cátia Pinheiro e José Nunes Colaboração: Rogério Nuno Costa Apoio Técnico: Pedro Nabais Produção: Estrutura Apoio: República Portuguesa - Cultura I DGARTES – Direção-Geral das Artes
Espetáculo estreado em Maio de 2015 Duração: 55 min Classificação etária: M/12 Acolhimento: Ballet Contemporâneo do Norte e Cirac
7 de Dezembro de 2019 Sala de Ensaio do Cineteatro António Lamoso 10:00 – 12:30 Entrada gratuita, mediante inscrição prévia (obrigatória) para: bcnproducao@gmail.com
Depois dos ciclos "Ballet" (Janeiro/Fevereiro/Março) e "Contemporâneo" (Abril/Setembro/Outubro), o programa Uma Dança Por Mês...EUROPA ENDLOS iniciou em Novembro um novo ciclo de duas sessões, desta vez em torno da "ideia" de Norte. Se antes o objetivo era expandir os limites geo-culturais do mapa "europeu", abordando paradigmas coreográficos oriundos de outros continentes, o propósito agora será re-centrar e reduzir a atenção ao micro-contexto ibérico, propondo-se uma deslocação do olhar (a Norte) que irá abraçar narrativas coreográficas ancestrais que informam a história do folclore e demais manifestações etnográficas. Depois da sessão em torno das Danças Celtas (Novembro), para a sessão de Dezembro convidámos o Núcleo de Etnografia e Folclore da Universidade do Porto para uma sessão de trabalho que vai explorar as danças folclóricas mais importantes da etnografia do Norte de Portugal: viras, malhões e contradanças.
Sobre os formadores:
O NEFUP é uma associação de extensão cultural da Universidade do Porto. Foi fundado em 1982 por um grupo de estudantes e licenciados da Universidade do Porto com o objetivo de recolher, estudar e divulgar a etnografia e o folclore portugueses. Nos seus 37 anos de existência, o NEFUP recolheu um vasto e rico repertório relativo às diferentes regiões etnográficas do nosso país, do Minho à Madeira e aos Açores. Este repertório inclui a música, as canções, as danças e múltiplas tradições. Além das atuações por todo o país, o NEFUP divulgou também a cultura popular portuguesa no estrangeiro (Grécia, Espanha, Brasil, Macau, Reino Unido, Bélgica, Holanda e Turquia), tendo, por duas vezes, obtido o primeiro lugar em dança tradicional no famoso Llangollen International Festival, no País de Gales. Dedica-se ainda à divulgação etnográfica, através da dinamização de e participação em projetos, oficinas e outras atividades de índole cultural e recreativa. Neste âmbito, tem vindo a dinamizar oficinas, encontros e bailes em diferentes contextos e para os mais diversos públicos, nacionais e estrangeiros, e de todas as idades, em que as danças tradicionais portuguesas são partilhadas de forma informal e divertida. No corrente ano, a associação está ainda a desenvolver um projeto de recolha e divulgação de contradanças e quadrilhas durienses, cujos resultados serão apresentados a 14 de dezembro.
Uma Dança por Mês…Europa Endlos é um programa de formação organizado pelo Ballet Contemporâneo do Norte e destinado ao público de Santa Maria da Feira. Como complemento à programação da companhia, onde o público tem a possibilidade de ver dançar, aqui o espetador é convidado a experimentar a dança, as suas estratégias e os seus modos de usar.
DESTINATÁRIOS
Pessoas dos 13 aos 65 anos, com ou sem experiência no campo das artes performativas.
Próximo Ciclo:
GRAU ZERO DA COMPANHIA (2020)
25 Jan. | Técnicas de Dança Contemporânea com Susana Otero
29 Fev. | Composição e Criação em Dança Joclécio Azevedo
28 Mar. | Dramaturgia e Coreografia com Rogério Nuno Costa
Direção Artística Artistic Director: Susana Otero Documentação e Artista Associado Documentation and Associated Artist: Rogério Nuno Costa Produção Executiva Executive Producer: BCN Designer Jani Nummela
12 de Outubro 15:00-17:00 Cineteatro António Lamoso Santa Maria da Feira Entrada Livre
A quarta de 5 conversas do ciclo CAFÉ CENTRAL trará ao Cineteatro António Lamoso as investigadoras Andreia Coutinho, Laura Sequeira Falé e Maribel Mendes Sobreira, do Coletivo FACA. Partindo de "Curatorial Activism", de Maura Riley, e do ciclo de conversas realizado no Museu Coleção Berardo em Maio e Junho deste ano, o Colectivo irá problematizar feminismos, colonialismos e questões queer dentro das instituições museológicas. O que fazer quanto à higienização discursiva dos museus de arte moderna e contemporânea portugueses que expõem obras e artistas que trabalham sobre estes temas? Como pensar nos museus de arte antiga ou etnologia que têm uma ferida social maior, especialmente em países colonizadores? Que informação se pode acrescentar ao discurso museológico de forma a que estas instituições se tornem centros de reflexão comunitária? A conversa pretende-se dinâmica e com formato de think tank participativo.
CAFÉ CENTRAL é o título do segmento conferencial do programa €UROTRA$H, organizado pelo Ballet Contemporâneo do Norte e com curadoria de Rogério Nuno Costa. Como afirma George Steiner em 'The Idea of Europe' (2004): "Europe is the place where Goethe’s garden almost borders on Buchenwald, where the house of Corneille abuts on the market-place in which Joan of Arc was hideously done to death.” O programa constrói-se em torno da urgência de uma reflexão sobre estas contradições e tensões culturais, sociais, políticas, económicas e religiosas que afetam a Europa de hoje, impulsionada pela designada “crise dos refugiados” e o crescimento exponencial de movimentos nacionalistas. Investigadores das áreas dos estudos feministas, pós-colonialistas, anti-racistas e queer encontrar-se-ão com o público num ambiente informal, propondo conversas abertas e imprevisíveis para uma história não-normativa da Europa. O CAFÉ CENTRAL enquanto espaço de debate intelectual e conspiração política, habitado por flâneurs, poetas, metafísicos e escritores, micro-unidade de sentido que atravessa todas as latitudes europeias.
Venha tomar café connosco!
Sobre o Colectivo FACA: Formado em Março de 2019, o Colectivo FACA é um projecto de cidadania activa constituído por Andreia Coutinho, Laura Sequeira Falé e Maribel Mendes Sobreira. O projeto parte da ideia de corte: depois da incisão, há elementos que se dão a ver, formando-se novos centros e novas margens. O Colectivo FACA pensa as temáticas do feminismo, colonialismo, racismo, LGBTQI+ e não-normatividade em geral. Todas estas questões têm a mesma raiz, um preconceito em relação àquilo que não é igual a nós, fazendo-nos sentir ameaçados, ramificando-se em temas considerados marginais. É urgente recontar a História porque a narrativa predominante não coincide com as narrativas individuais e colectivas, que sempre foram desconsideradas. O Colectivo FACA é um projecto de curadoria que questiona as narrativas da cultura visual, um trabalho de proximidade com vários públicos que amplia a perspectiva acerca do outro e a História, propondo discussões, tertúlias, think tanks, exposições e visitas guiadas a espaços expositivos, aproveitando a sua constituição enquanto espaço comunitário. Tendo em conta que estas ideias estão a ser desenvolvidas internacionalmente, trazemos as discussões para o debate cultural português contando com público especializado e não especializado. Não apagando a História, cruzamos as diversas narrativas, puxando as margens para o centro do debate. Acreditamos que é preciso reajustar as margens e relocalizar os centros.
PRÓXIMA CONVERSA: INMUNE - Instituto da Mulher Negra em Portugal com Joacine Katar Moreira 19 de Outubro 15h00 - 17h00
Uma Dança por Mês…EUROPA Endlos Moçambique - Marrabenta com Catarina Panguana
19 de Outubro | 10h00-12h30 Sala de ensaio do Cineteatro António Lamoso Sessão gratuita até ao limite de 30 participantes Não é necessáriaexperiênciaem dança Inscrições obrigatórias em bcnproducao@gmail.com
Depois de ter ocupado o primeiro trimestre do ano com três sessões dedicadas ao Ballet, o programa Uma Dança Por Mês... EUROPA ENDLOS iniciou, em Abril, um novo ciclo de três sessões, desta vez em torno da "ideia" de Contemporâneo. Vamos expandir ainda mais os limites geo-histórico-culturais do mapa "europeu", abordando paradigmas coreográficos oriundos de outros continentes, e cujas manifestações coreográficas e musicais têm inspirado, nas duas últimas décadas, a cultura pop/hip hop e a street dance mundiais. Do funk brasileiro (sessão realizada em Abril) ao Kuduro/Afro-House angolano, passando pela marrabenta de Moçambique, o programa pretende propor uma deslocação do olhar (a Sul), em estreita colaboração com profissionais oriundos de países de língua oficial Portuguesa atualmente a residir e a trabalhar em Portugal.
€UROTRA$H é um programa curatorial organizado pelo Ballet Contemporâneo do Norte com várias ações (espetáculos, conferências, workshops) a ter lugar em vários espaços de Santa Maria da Feira ao longo do ano de 2019. O programa contrói-se em torno da urgência de uma reflexão sobre as contradições e tensões culturais, sociais, políticas, económicas e religiosas que afetam a Europa de hoje, impulsionada pela designada “crise dos refugiados” e o crescimento exponencial de movimentos nacionalistas. Coreógrafos, encenadores e Investigadores convidados explorarão as áreas dos estudos feministas, pós-colonialistas, anti-racistas e queer, propondo leituras transdisciplinares para uma história não-normativa da Europa. No dia 19 de Outubro, teremos uma aula de Marrabenta com a bailarina e formadora Moçambicana Catarina Panguana para o segmento EUROPA ENDLOS...UMA DANÇA POR MÊS, na Sala de Ensaio do Cineteatro António Lamoso, entre as 10h00 e as 12h30.
26 JANEIRO Danças de Caráter I (Grande Rússia e Bessarábia, Cáucaso e Ucrânia) com Aleksander Vorontsov 10h00 - 12h30 Cineteatro António Lamoso Santa Maria da Feira
Público alvo: 12 aos 65 anos Entrada livre mediante inscrição Inscrição através do email: bcnproducao@gmail.com Limitado a 30 participantes
Uma Dança por Mês… Europa Endlos é um programa de formação organizado pelo Ballet Contemporâneo do Norte e destinado ao público de Santa Maria da Feira. Como complemento à programação da companhia, onde o público tem a possibilidade de ver dançar, aqui o espetador é convidado a experimentar a dança, as suas estratégias e os seus modos de usar. Este ano, o ciclo apresentará um conjunto de 8 sessões temáticas em diálogo com o programa €UROTRA$H, com curadoria de Rogério Nuno Costa. Europa Endlos (“Europa Interminável”), subtítulo confiscado a ao álbum “Trans Europa Express” dos Kraftwerk, dará o mote a um conjunto de encontros à volta de narrativas coreográficas trans-europeias, danças mais ou menos vizinhas, mais ou menos longínquas, migradas ou imigradas, asiladas ou refugiadas, pedidas emprestadas, apropriadas. A Europa enquanto conceito e interrogação híbrida, que se expande para lá das suas fronteiras históricas, geográficas e culturais.
As três primeiras sessões (Janeiro, Fevereiro e Março) serão coordenadas pelo professor russo Aleksander Vorontsov, e trarão a Santa Maria da Feira um olhar menos conhecido do Ballet. Fruto das tradições folclóricas húngara, ucraniana, russa e cigana, as designadas danças de caráter foram sendo esculpidas nas academias de bailado clássico, tornando-se numa disciplina própria, com uma técnica rigorosa que rapidamente se popularizou entre os mestres russos. As grandes obras do coreógrafo francês Marius Petipa, sobretudo as gizadas em cima das emblemáticas partituras de Tchaikovski, contêm diversas danças de caráter. O terceiro ato do emblemático “O Lago dos Cisnes”, por exemplo, é basicamente uma longa série de danças étnicas estilizadas. Entre os anos 20 e 60 do século XX, a dança de caráter foi uma das mais populares em França, mas foi sendo relegada para um plano secundário, havendo atualmente cada vez menos estabelecimentos de ensino artístico a propô-la como matéria obrigatória.
Sobre Aleksander Vorontsov Aleksander Vorontsov é professor bailarino, professor e coreógrafo, trabalhando com Dança Clássica, Moderna e Folclore. Diplomado pelo Instituto Superior da Cultura de Moscovo (1989) como bailarino, onde também deu aulas e atuou integrado no grupo do Instituto, com apresentações na Eslovénia, Hungria, Checoslováquia e França. Em 1987, frequentou um estágio de formação com o então bailarino principal do Teatro Bolshoi, Vladimir Vassiliev. De 1989 a 1990, deu aulas de dança clássica e moderna na Casa da Cultura de Moscovo, onde foi responsável por um grupo de bailarinos, como professor e coreógrafo. Em 1991, integrou a Companhia de Dança Moderna e Clássica “Ritmos do Planeta” de Boris Sankin, com digressões pela Holanda e Bélgica. De 1992 a 2001, trabalhou como bailarino na emblemática companhia “Ballet Russo” de Serguei Denissov, com digressões pela Áustria, Eslovénia, Espanha e Portugal. Exerce a sua atividade pedagógica em Portugal desde 1997, nas disciplinas de Ballet Clássico, Dança Moderna e de Caráter. Em 2013, integra o corpo de docentes da escola Backstage como professor de Ballet Clássico, método Vaganova.
10 anos depois, Bruno Nogueira está de volta ao Stand Up.
Depois do Medo é o nome do espectáculo original que assinala o seu regresso aos palcos neste formato. A estreia tem lugar no próximo dia 29 de Novembro, no Teatro das Figuras em Faro.
SINOPSE Depois do Medo marca o regresso de Bruno Nogueira ao stand up e, juntamente com isso, o regresso à escrita de sinopses na terceira pessoa do singular. Neste seu novo espectáculo, Bruno Nogueira aborda questões que só incomodam pessoas que têm demasiado tempo livre. Entre os temas interessantíssimos poderão encontrar a intrigante problemática das pessoas que, sem terem nada na boca, mastigam quando estão a olhar para alguém a comer. Um encantador processo mental. Como podem ver, o mundo, tal como o conhecem, vai ficar exactamente igual. Mas o Bruno, tal como o conhecem, vai ficar muito mais aliviado de ter semeado os problemas dele na vossa cabeça.
DEPOIS DO MEDO | DIGRESSÃO | DATAS (Mais datas a anunciar brevemente.)
29 Novembro Teatro das Figuras, Faro
1ESGOTADOe 2 Dezembro Teatro Aveirense, Aveiro
7 Dezembro CAE São Mamede, Guimarães
5 Janeiro Teatro Ribeiro Conceição, Lamego
11 Janeiro Auditório do Ramo Grande, Praia da Vitória, Ilha Terceira
12 Janeiro Teatro Micaelense, Ponta Delgada, Ilha de São Miguel
18 Janeiro TAGV, Coimbra
19 Janeiro Cine Teatro Torres Vedras
24 Janeiro Teatro José Lúcio da Silva, Leiria
25 Janeiro Cine Teatro Garret, Póvoa Varzim
26 Janeiro CAE Portalegre
1 Fevereiro Auditório do Complexo Paroquial, Mangualde
2 Fevereiro Casa da Cultura, Seia
21 Fevereiro Teatro Garcia de Resende, Évora
23 Fevereiro Teatro Municipal Constantino Nery, Matosinhos
1 Março Centro Cultural, Lagos
2 Março Teatro Sá da Bandeira, Santarém
8 Março Auditório Municipal Augusto Cabrita, Barreiro
9 Março Cine Teatro António Lamoso, Stª Maria da Feira
15 Março Teatro Municipal, Vila Real
16 Março CAE Figueira da Foz
22 e 23 Março Porto, local a anunciar em breve
28Março Theatro Circo, Braga
30 Março Teatro Viriato, Viseu 1 Abril Lisboa, local a anunciar em breve.
30 SETEMBRO Danças Antigas com Catarina Costa e Silva 10h00 - 12h30 Sala de ensaio do Cineteatro António Lamoso Santa Maria da Feira
Público alvo: 12 aos 65 anos Entrada livre mediante inscrição Inscrição através do email: bcnproducao@gmail.com Limitado a 30 participantes
“Uma Dança por Mês” é um ciclo de encontros de experimentação de uma determinada técnica de movimento ou prática da dança. Este ciclo visa promover a construção de um lugar comunitário para a experimentação e entendimento do movimento. A próxima sessão será com Catarina Costa e Silva (Ensemble Portingaloise).
Numa viagem à cultura cortesã emergente do século XIII serão abordados elementos da poesia, da música e da iconografia da dança da época medieval, no contexto galaico-português, propondo uma vivência dos seus elementos em espaço e tempo actuais.
Esta sessão está inserida na programação EM.COM.TRADIÇÕES.
Fotografia da Sessão de “O Círculo da Voz”, no Omega, Nova Iorque
20 OUTUBRO O Circulo da Voz com Manuel Linhares 10h00 - 12h30 Sala de ensaio do Cineteatro António Lamoso Santa Maria da Feira
Público alvo: 12 aos 65 anos Entrada livre mediante inscrição Inscrição através do email: bcnproducao@gmail.com Limitado a 30 participantes
Nesta sessão o cantor Manuel Linhares pretende aprofundar técnicas de improvisação e criatividade vocal, procurando entender a voz enquanto possibilidade de expressão artística e individual, mas também enquanto manifestação e construção de um espaço comum, através de circlesingings e outros exercícios de improvisação em grupo.
O que se propõe é a procura de uma forma de expressão vocal espontânea que promova o desenvolvimento musical e a improvisação, ao mesmo tempo que se cria um forte sentido comunitário e de partilha. Pretende-se que a individualidade possa ser superada pelo grupo que utiliza a sua voz de uma forma exploratória e livre, criando os mais improváveis cenários musicais. Explorando-se ritmo, timbre, movimento, harmonia, melodia, palavra, corpo, expressividade e, sobretudo, criatividade.
Para além da abordagem vocal pretende-se igualmente incluir a relação da voz com o corpo através do movimento ou (e) também através da inclusão da percussão corporal. Aproximando assim este trabalho às artes performativas e cruzando os universos da música com a dança, o teatro e a performance.
Manuel Linhares Manuel Linhares é um cantor de Jazz sediado no Porto que se tem dedicado à performance, à composição, à improvisação e também ao ensino. Para além da licenciatura em jazz pela ESMAE estudou na “Tallers de Muzics”- Barcelona e no Jazz Institute of Berlin. Trabalhou e estudou com grandes músicos internacionais dos quais se salientam: Bobby Mcferrin, Theo Bleckmann, Judy Niemack, John Hollenbeck, David Linx, Rhiannon, Rebecca Martin, Becca Stevens, Gretchen Parlato e ainda a extraordinária Meredith Monk. Teve ainda a oportunidade de trabalhar com José Mário Branco, Rui Veloso, Sofia Ribeiro, Pedro Moreira e Claus Nymark.
Still Video, “TSUNAMISMO” de Elisabete Francisca
27 OUTUBRO Workshop para profissionais com Elisabete Francisca 14h30 - 17h30 ICC- Imaginarius Centro de Criação Santa Maria da Feira
Público alvo: M/18 anos Entrada livre mediante inscrição Inscrição através do email: bcnproducao@gmail.com Limitado a 30 participantes
Este ano, e numa lógica de extensão do programa curatorial do Ballet Contemporâneo do Norte da Mariana Tengner Barros para 2018, voltaremos a investir na formação direcionada a bailarinos, performers e profissionais da área das artes performativas. Este é o primeiro de dois workshops onde o foco será a partilha de práticas de dança dos criadores envolvidos.
Elizabete Francisca nasce em Joanesburgo, África do Sul. Inicia os seus estudos em artes visuais e em 2007 completa a licenciatura em Design Industrial (ESADCR) com estágio profissional no atelier de design Caldesign. No seus trabalhos ligados à concepção de objetos encontra o corpo a sua inscrição relacional (formal e afectiva) como o principal motor de reflexão, o que a leva a aprofundar os seus estudos na área da dança contemporânea e na performance. Frequenta o Bacharelato em Dança na Escola Superior de Dança de Lisboa e em 2010 termina o Programa de Pesquisa e Criação Coreográfica (PEPCC) do Fórum Dança, onde estuda com Meg Stuart, Deborah Hay, Loïc Touzé, Vera Mantero, Mark Tompkins, Miguel Pereira, Francisco Camacho, Julyen Hamilton, Lisa Nelson, João Fiadeiro, João Tabarra, João Queiróz e Patrícia Portela entre outros. Do seu trabalho na área do design e das artes plásticas destaca os projetos “3º ANDAR Bruce Willis”, com os designers Nicolaas Leach, Paula Frazão, Bruno Carvalho e o coreógrafo Miguel Pereira; o projecto “Experimenta o Campo”, desenvolvido em parceria com o CENTA, ESAD CR e CEARTE; e “Castaside the Law” com Patrícia Silva. Em 2005 é distinguida com Menção Honrosa no concurso OutOfLine promovido pela Associação Portuguesa de Design (APD) e a Staples Office Center. Desde 2009 o seu trabalho tem-se centrado na interpretação e criação na área das artes performativas, tendo participado em diversos projetos como colaboradora artística, bailarina, performer e atriz. Como intérprete e/ou como colaboradora artística destaca o trabalho com Ana Borralho & João Galante (em “Sexy MF”, “I Put a Spell on You”, “Untitled Still Life”, “Amigos Coloridos”, “Purgatório” e “Aqui Estamos Nós”); com Vera Mantero (em “Bons Sentimentos, Maus Sentimentos”, “Corpo Clandestino Sub Reptício”, “ Oferecem-se Sombras”, “Mais Pra Menos Que Pra Mais”); Rita Natálio ( “Não entendo e tenho medo de entender, o mundo assustame com os seus planetas e baratas”); Loïc Touzé (“Ô Môntagne”); Tânia Carvalho (“Icosahedron”); Mariana T. Barros ( “Peça do Coração”) e Mark Tompkins (“Improvisações e Colaborações: Improvisação a partir de IN C de Terry Riley” ). Trabalhou ainda como assistente de ensaio para Francisco Camacho na peça “R.I.P.” e como colaboradora artística e assistente de ensaio de Mariana T. Barros em “Après le Bain” e “And So?...The End”. Faz parte da rede de artistas que concebe o projecto “Around The Table”, de Loïc Touzé e Anne Kerzerho,iniciado no âmbito do Artists' Exchange Programme plataforma IstanbulEurope Express. Colaborou com vários artistas em diferentes projectos salientando Antonio Mv, André Guedes, Antonia Buresi, Rafael Alvarez, Rui Dâmaso, Vânia Rovisco, Antonio Tagliarini, Miguel Pereira, Gérard Kurdian, Caroline Massine, Jen Bonn, João Bento, Lígia Soares, Andresa Soares e Joclécio Azevedo. Do seu próprio trabalho destaca os duetos criados em colaboração com Teresa Silva "Leva a mão que eu levo o braço" e "Um Espanto Não Se Espera", ambos vencedores do concurso Jovens Criadores. Em 2013 cria o solo "TSUNAMISMO, recital para duas cordas em M" com estreia na Culturgest, Lisboa. O seu trabalho como criadora e intérprete tem sido apresentado em diversos festivais internacionais entre França, Portugal, Espanha, Bélgica e Áustria. Foi artista associada da estrutura Materiais Diversos dirigida por Tiago Guedes entre 2011- 2013. É apoiada pela estrutura de produção O Rumo do Fumo, de Vera Mantero.
[Reposição]
EURODANCE, de Rogério Nuno Costa
25 Outubro pelas 21h30 Festival ContraDança Covilhã | PT 26 Outubro pelas 21h30 Teatro Chão de Oliva, Sintra
“Europe was created by History (then Art). America was created by Philosophy (then Art). Economy (now Art) is creating the Rest of the World.”
in No Limit [21stCentury], a song by Too Limited™
EURODANCE é uma hecatombe geopolítica e tecno-emocional, um counting down a 190 beats-per-minute em direção ao Fim do Mundo, uma bad trip a bordo de um rave’ião Hamburgo/Ibiza com escala elíptica no Pará e aterragem de emergência para combustível em Luanda, uma droga psicotrópica também conhecida por Azeitegeist™. EURODANCE é um documentário pós-apocalíptico produzido pelo Departamento de Escatologia Vintage do Centro de Estudos Pré-Humanos do Novo Mundo e estuda a última década do Antigo Regime, quando o Mundo ainda se escrevia com letra grande, não existia qualquer diferença epistemológica entre Arte e Desporto, e os artistas eram todos backup dancers de uma banda cósmica universal. EURODANCE dança em Europeu™, mas traz legendas em Novilíngua™. Rouba lyrics às profecias xamânicas de Slavoj Žižek e à filosofia alter-dogmática de Dr. Phil, os primeiros cyborgs da História; rouba beats à ética pré-apocalíptica do movimento mashup e à moral anti-social do tecnobrega; e rouba artworks à estética proto-post-pop dos Jogos sem Fronteiras e à ética re-re-realista da cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim. EURODANCE é tecnotrónico, é clubístico, é pastilhado, é megalo-colonialista, é etno-musical, é bubblegum pop, é happy hardcore, é chipmunk, é autotune, é playback, é rave’ioli em lata, é vengaboys, é bota gel, é pisang ambon, é electropimba, é technochunga, é carrinhos de choque-em-cadeia, é aeróbica trance-génica, é fitness progressivo, é body pump-up the jam, é macarena, é di-rirá-rá-rá, é contemporary rococó. EURODANCE regressa a todos os pesadelos fin-de-siècle, porque ambiciona uma correção retroativa da Realidade: o Mundo acabou MESMO na noite de 31 de Dezembro de 1999, quando os computadores deixaram de reconhecer a linguagem binária e o mundo (em letra pequena) colapsou. EURODANCE é por isso uma festa meteórica, em homenagem a todos os que (ainda) não morreram. Uma viagem de volta aos anos 90; uma viagem de volta ao Presente™.
EURODANCE é um estudo coreográfico para o espetáculo de teatro musical €TRASH, de Rogério Nuno Costa, com estreia prevista para 2018. Cinco bailarinos são o grupo de “backup dancers” de uma banda techno invisível, trazendo para a linha da frente aquilo que por norma é apenas decorativo, paisagístico, subsidiário. O corpo de baile é agora o protagonista. Ou sobre a tensão/confusão dialética entre Arte e Desporto.
Direção, Coreografia, Texto, Vídeo: Rogério Nuno Costa | Bailarinos: André Santos, Luís André Sá, Mariana Tengner Barros, Rogério Nuno Costa, Susana Otero | Assistência de Direção: Joclécio Azevedo | Light Design | Daniel Oliveira | Artwork: Diogo Mendes | Figurinos: Jordann Santos | Remix & Cover: Belamix feat. Too Limited™ (Mariana Tengner Barros & Rogério Nuno Costa) | Fotografia Promocional & de Cena: Miguel Refresco | Assistência de Figurinos: Cristiana Fonseca | Produção Executiva: BCN.
Agradecimentos: A Bela Associação, Luiz Antunes, Xana Novais, Teatro Municipal do Porto – Rivoli, Sonoscopia, Álvaro Campo, Miguel Loff Barreto, ESMAE, TeCA, Ana Carvalho, Pedro Barreiro.
Acolhimentos: mala voadora (Porto), Armazém 22 (Vila Nova de Gaia), Teatro Sá da Bandeira (Santarém).
Um espetáculo Ballet Contemporâneo do Norte originalmente criado para o programa “Outros Formatos” (2014).
CONVOCATÓRIA!
CONVITE A PARTICIPAÇÃO DA POPULAÇÃO LOCAL RESIDENTE EM SANTA MARIA DA FEIRA - ROMARIZ
[Criação Nova]
DESLACE, de Mariana Tengner Barros com Jonny Kadaver, João Robalo, Susana Otero, Bdjoy, Rogério Nuno Costa, Pedro Antunes, Nuno Miguel, Daniel Oliveira, Ricardo Cavaco
ESTREIA 22, 23 e 24 novembro Oficina de Percussão com Bdjoy 30 de outubro a 2 novembro - 19h30 às 21h30 3 e 4 novembro - 14h00 às 18h00 Oficina de Música com Pan.demi.CK(Jonny Kadaver) 6 a 9 de novembro - 19h30 às 21h30 10 e 11 novembro - 14h00 às 18h00 Oficina de Expressão Corporal/ Teatro e Dança Contemporânea com Mariana Tengner Barros 13 a 16 novembro - 19h30 às 21h30 17 e 18 novembro - 14h00 às 18h00 20, 21 novembro - 19h30 às 21h30 Centro Paroquial de Romariz, Santa Maria da Feira Participação livre em qualquer oficina mediante inscrição para bcnproducao@gmail.com Público Geral
DESLACE Em busca da magia recalcada pelo contemporâneo™
Este projeto visa conciliar a minha pesquisa artística pessoal, com uma atividade que pretende a integração de ideias e práticas performativas em contextos sociais e culturais de cariz folclórico.
Interessa-me levar a performance ao lugar onde esta pertence verdadeiramente: aos espaços, às pessoas fora do “campo” institucional das artes e onde estas possam realmente participar, ativamente. Interessa-me criar um objeto artístico que seja construído através de um processo relacional entre todos os agentes, em que o lugar/conceito de “espetador” seja anulado.
Interessa-me aprofundar conhecimentos e práticas ligadas a manifestações religiosas e culturais de matriz pagã. Muitas foram hibridizadas e incluídas dentro de repertórios e práticas, rituais, e manifestações culturais da zona norte de Portugal. O projeto será ancorado numa pesquisa etnográfica de histórias de vida, mitos/estereótipos e/ou no domínio do folclore regional. Procurar-se-á co-produzir uma re-criação artística partindo de uma reflexão conjunta sobre os materiais pesquisados. O objectivo é a criação de uma performance relacional que problematize questões socioculturais encriptadas nessas formas rituais (ex: género; parentesco; des/crença) que simultaneamente potencie as formas de sentir e/ou emoções coletivas e individuais da performance ritual. O trabalho final terá a forma de romaria-performativa em conjunto com as comunidades locais.
Direção Artística Mariana Tengner Barros Co-criação e Interpretação Susana Otero, Jonny Kadaver, Mariana Tengner Barros, João Robalo, Bdjoy + participantes da comunidade local Assistência à Criação e Gastronomia Conceptual Rogério Nuno Costa Direção Musical Pan.Demi.CK Apoio Dramatúrgico Pedro Antunes Consultoria e textos Nuno Miguel Direção Técnica Daniel Oliveira Documentário e Registo Fotográfico/Vídeo Ricardo Cavaco Produção Ballet Contemporâneo do Norte Coprodução Cineteatro António Lamoso,A Bela Associação Colaboração Associação Voltado a Poente
ESTREIA 22, 23 e 24 novembro - Centro de Romariz, Santa Maria da Feira
“O QUE O NOME REALMENTE DIZ”: OFICINAS DE CRIAÇÃO
Todos os criadores convidados para este projeto trabalharão em cima de uma base de investigação comum que servirá para estruturar de uma forma interdisciplinar as ações particulares de cada um, partilhando uns com os outros materiais e sinergias diversas.
Este trabalho será apresentado sob a forma de ritual, onde o público se reúne num local ao ar livre, num centro comunitário, ou até dentro de um teatro com a liberdade de circulação, como nas romarias.
Será acompanhado por um trabalho de pesquisa e workhops em residência nos locais de apresentação, onde os participantes serão integrados na peça, nos diferentes papéis das personagens integrantes da romaria.
Os participantes que, integrando as nossas oficinas de criação, irão desenvolver ações para a romaria, irão tornar os papéis adequados à sua faixa etária e condição física.
Os participantes das oficinas, ajudarão também a equipa artística a definir o percurso da romaria. Sendo habitantes de cada local, saberão quais os “trilhos” mais importantes e atribui-se a importância associada à vivência quotidiana dos locais, pelas pessoas que os vivem, de verdade.
Oficina de Percussão com Bdjoy 30 de outubro a 2 novembro - 19h30 às 21h30 3 e 4 novembro - 14h00 às 18h00
Esta oficina visa a construção de instrumentos de percussão feitos a partir de materiais reciclados, e introdução às técnicas de percussão africana. Ir-se-ão explorar também ritmos e possibilidades de utilização de voz e corpo.
Bdjoy Jorge Gomes mais conhecido por Bdjoy nasceu a 15 de Agosto de 1982 em Miraflores. Desde muito cedo começou a ter contacto com uma grande diversidade musical. As suas influências vão de Cabo Verde à Jamaica, do Hip-Hop ao Reggae, e foram essenciais para as suas bases e trajecto enquanto músico. Em 1996 mudou-se para Almada (Margem Sul) e foi aqui que começou o seu percurso musical. Primeiro através do improviso “Freestyle” e da sua paixão pela sonoridade das batidas de hip-hop, e depois através do grupo Batoto Yetu. No grupo Batoto Yetu iniciou-se como bailarino e mais tarde como percussionista, desenvolveu técnicas no djambé e nas congas, ao lado de grandes cantores e mestres de percursão tais como Gueladjo Sane. Actuou em vários palcos, nomeadamente o Apollo Theatre (NYC) e o Bravo Bravíssimo (Itália). Em 1998 inicia-se na arte da representação e integra o elenco do filme ''Zona J'' uma longa-metragem de ficção realizada por Leonel Vieira. O filme foi premiado em 1999 com dois Globos de Ouro, prémio da SIC, que o exibiu como telefilme. Ainda em 1998 forma o grupo "Seringuetti Drummers", o primeiro a representar o afrobeat live percussion na noite lisboeta. A sua energia aliada ao seu talento, fez com que Bdjoy fosse convidado para ser o host em vários festivais e eventos de hip-hop, juntamente com alguns dos melhores Djs de Portugal (Nel Assassin, Cruzfader, Ride, Kwan e Enigma). Em 2007 foi convidado a integrar o projeto Makongo (SP&Wilson e Petty) o que o levou a percorrer inúmeros palcos nacionais (Queima das Fitas, festivais de Verão) e internacionais (World music Festival em Cabo Verde, Mass Babalou em Londres, Festival de Kuduro e Discoteca Miami em Angola). Para além de ter participado nos albúns de Sanryse, Sagaz e Makongo, trabalhou ainda com os músicos Agir e Daniel Nascimento. Em 2014 lançou o seu álbum a solo "Rec.onhecimento” com uma sonoridade que vai do hip hop ao reggae, do português ao crioulo e que revela sem dúvida o crescimento e versatilidade do artista Bdjoy. No inicio de 2015 forma um novo projecto “Bdjoy & The Zimbora Band” que promete dar que falar no panorama nacional e internacional. A banda conta com cinco elementos e pretende criar um espetáculo de world music com percussionistas e bailarinos onde os estilos africanos e latinos têm lugar de destaque. A sua indumentária é uma fusão entre o urbano português e o tradicional cabo verdiano e a mensagem transmitida é sem dúvida de positividade e energia.
Oficina de Música com Pan.Demi.CK (Jonny Kadaver) 6 a 9 de novembro - 19h30 às 21h30 10 e 11 novembro - 14h00 às 18h00
Esta oficina visa explorar a musicalidade inerente ao ser humano, nas suas múltiplas vertentes, através de exercícios de composição e improvisação. Utilizar-se-ão objectos do quotidiano para construir e inventar instrumentos, assim como instrumentos tradicionais do folclore e instrumentos electrónicos, com o intuito de criar uma fusão de estilos e formas de interpretação. Não é necessário ter experiência em música, qualquer pessoa pode participar.
Jonny Kadaver Nascido a 1 de Abril de 1979. Músico e Compositor. Frequentou aulas de orgão clássico dos 6 aos 9 anos na Gepur Miratejo. Aos 11 começou a tocar guitarra e frequentou as aulas do Clube Recreativo Miratejo Rouxinol, dos 12 aos 14 anos. Prestou provas para o Conservatório e Academia de Amadores de Música de Lisboa. Aos 15 entrou para a Escola Profissional de Música de Almada, não concluindo o curso. A sua aprendizagem foi baseada nos Blues e no Flamenco. Compôs o seu primeiro original e tocou ao vivo pela primeira vez aos 12 anos, tendo desde então construído uma carreira na música alternativa, abrangendo desde o metal ao hip-hop, do techno ao rockabilly. Integrou as bandas Utupia, Devil, Act of Anger, Hattemachin*, The Living Dead Act, Crab Slackers, Droga, Techno Widow, The Last Ravers on Earth, Them Strange Sick Blues e JESUS K & the sicksicksicks. Entre 1997 e 2000 trabalhou como assistente e, posteriormente, como produtor, no estúdio de som Margem Sul, em Almada. Entre 2002 e 2008 viveu em Londres, onde desenvolveu alguns dos seus projetos e colaborou com músicos e produtores da cena internacional. Produziu e compôs música para outros projetos de outros artistas e, a partir de 2013, ano em que se cria A BELA ASSOCIAÇÃO, com a coreógrafa Mariana Tengner Barros, começou a fazer a sonoplastia e as bandas sonoras originais para dança e performance. Recentemente iniciou o projecto a solo PandemiCK e as bandas Mojo Power e Kundalini Xs.
Oficina de Expressão Corporal/ Teatro e Dança Contemporânea com Mariana Tengner Barros 13 a 16 novembro - 19h30 às 21h30 17 e 18 novembro - 14h00 às 18h00
Esta oficina será um laboratório de experimentação criativa, que indaga as possibilidades da dança, do movimento e da performance como prática política de activação do corpo. Serão investigados modos de atenção e estados de consciência que permitam a reconfiguração dos filtros que usamos para entender a “realidade”. Através da pesquisa de movimento com base na percepção e sensação, conexão corpo-mente e expansão dos sentidos, preparar-se-á outro corpo, articulado, que exprime a linguagem não linear e complexa oriunda da tópica emocional, sensorial e imaginativa, permitindo que a forma apareça através da sensação e da atenção. A prática de liberdade, sem as diversas “programações” a que estamos sujeitos enquanto seres humanos, ao desconstruir e reconstruir as múltiplas imagens que temos de nós próprios, e do mundo, enquanto dançamos. A noção de dança será constantemente posta em causa através da reconfiguração dos padrões de comportamento e identidade. Abarcar-se-á o jogo, o jogar a sério, que é brincar, porque brincar é essencial para a percepção lúcida da realidade, desligada da auto-censura e em sintonia com a curiosidade.
Mariana Tegner Barros É coreógrafa e performer e tem a sua base em Almada/Cacilhas. O seu trabalho tem sido apresentado em diversos países na Europa e América do Sul. Criou e apresentou And So?…The End ( 2010), Après Le Bain (2011) The Trap (2011 vencedor do Prémio do Público Jardin D’Europe- Austria), Peça do Coração: For Him (2012), A Power Ballad (2013), dueto com o coreógrafo Mark Tompkins, e THE WEATHER™ (2016). Em 2013 inicia uma colaboração com o músico Jonny Kadaver criando performances de diferentes formatos com música ao vivo. A sua colaboração mais recente: Instructions for the gods- i4gods estreou no âmbito da BoCA- Bienal de Artes Performativas no Museu do Chiado, uma performance de 5 horas sem intervalo. Colaboram regularmente com o Ballet Contemporâneo do Norte tendo criado a peça de grupo End of Transmission (2014), o solo MACHA (2015) e a peça infantil O NOME DA HISTÓRIA (2014). Também criaram Dance Against The Machine e Riders on the stage (2014/15) para a companhia Londrina Edge-The Place, trabalhos com base na improvisação e criados num curto espaço de tempo sendo apresentados no Parque da Devesa, Casa das Artes, Famalicão. Integrou ainda o projeto Solo Performance Commissioning Project (SPCP) em 2009, dirigida pela coreógrafa Deborah Hay (Findhorn, Escócia), tendo estreado a sua adaptação da coreografia no âmbito de Nome Eira#3, em Lisboa (2011). Colaborou com vários artistas em diferentes projectos, salientando: Agnieszka Dmochowska/ Fat Sun, Said Dakash & The Resistance Movement, Pedro Bandeira, António Mv, Nuno Miguel, Rogério Nuno Costa, Vânia Rovisco, Nuno Ferreira, Filipe Lopes, João Costa Espinho, João Ferro Martins, João Pedro Vale e Nuno Alexandre Ferreira, Abraham Hurtado, Acerina Amador, Mark Tompkins, Davis Freeman e Meg Stuart. Como intérprete destaca o trabalho com os criadores Filip van Huffell, Rui Horta, Né Barros, Francisco Camacho, Jerôme Bel, Carlota Lagido, Tiago Cadete, Rafael Alvarez, John Romão, Rogério Nuno Costa, Dinis Machado e Meg Stuart. Licenciada em dança pela Northern School of Contemporary Dance-NSCD (Inglaterra 2003). Estagiou no Ballet Theatre Munich, sob a direção artística de Philip Taylor (Alemanha 2004). Completou o Programa de Estudo e Criação Coreográfica-PEPCC (Portugal 2009). Entre 2004 e 2005 foi artista associada da Northern School of Contemporary Dance-NSCD, onde coreografou Best Imitation of Myself para a companhia VERVE05 e cofundou o coletivo artístico The Resistance Movement com Said Dakash, em Leeds/Inglaterra. Desde 2013 é artista associada à EIRA, tendo sido artista residente desde entre 2010 e 2012. É diretora artística da associação cultural A BELA.
[Acolhimento]
As Mil e Uma Noites Pela Comp. Fio de Azeite - Chão de Oliva
30 outubro - 2 sessões 11h00 - 15h00 Auditório da Junta de Freguesia do Souto Santa Maria da Feira M/3 Entrada Livre Reservas para bcnproducao@gmail.com
Espectáculo de marionetas de sombras em ambiente de uma tribo nómada árabe, que queremos proporcionar a um público que tem esta cultura tão próxima, mas ao mesmo tempo tão distante do seu dia-a-dia.
Contam-se as aventuras de dois heróis - o Aladino e o Sindbad – vindas desse contexto dramático das mil e uma noites. O nosso herói Aladino é um rapaz que será recompensado por ter um bom coração. O nosso outro herói – Sindbad -, é um aventureiro por natureza, que pelos mares vai aprendendo e crescendo e onde a sua astúcia, e alguma sorte, o faz desenvencilhar-se de males maiores. Ambas as aventuras, como quase todas as estórias de todos os tempos, acabam bem para os nossos heróis.
Adaptação e Encenação: Nuno Correia Pinto | Marionetas: Claúdia Frois | Manipulação: Inês Carvalho e Nuno Correia Pinto | Grafismos e Desenho de Luz: Marco Lopes| Montagem: Luiz Quaresma e Filipe Palhais | Operação de Luz e Som: Marco Lopes | Secretária de Direcção e Produção: Cristina Costa | Produção Executiva: Regina Gaspar | Bilheteira: Paula Malhado | Frente de Sala: Filipe Palhais | Direcção Artística: Nuno Correia Pinto
O Fio d’Azeite – grupo de marionetas Chão de Oliva, caracteriza-se por partir de técnicas ancestrais, estudá-las, aprender com elas e apresentá-las com novas opções. Neste caso, queremos apresentar um espectáculo intimista recorrendo às técnicas de sombras, continuando o caminho da nossa procura do saber e experimentar.
BALLET CONTEMPORÂNEO DO NORTE Direção Artística Artistic Director: Susana Otero Documentação e Artista Associado Documentation and Associated Artist: Rogério Nuno Costa