Shairart e Fundação Bienal de Cerveira apresentam exposição de Ricardo de Campos | “Apropriação, Acumulação e Anulação” inaugura no sábado
“Apropriação, Acumulação e Anulação” inaugura no próximo sábado
SHAIRART E FUNDAÇÃO BIENAL DE CERVEIRA
APRESENTAM EXPOSIÇÃO DE RICARDO DE CAMPOS
“Apropriação, Acumulação e Anulação” é a exposição de Ricardo de Campos que inaugura já no próximo sábado, dia 11 de novembro, pelas 16 horas, no Fórum Cultural de Cerveira. A iniciativa artística, com curadoria de Helena Mendes Pereira, curadora da shairart, nasce de uma parceria entre a galeria shairart e a Fundação Bienal de Cerveira, que se unem para expôr o trabalho de pintura e escultura de um dos artistas plásticos mais promissores da nova geração.
Até dia 30 de dezembro, é possível conhecer e descobrir o trabalho de Ricardo de Campos, que reúne na Sala Principal do espaço emblemático da Vila das Artes mais de cem obras de arte, entre as quais algumas desenvolvidas em parceria com outros artistas. A grande exposição do artista, que completou este ano quarenta anos, assinala o final de uma importante fase do seu percurso académico, após a conclusão do Mestrado de Arte Contemporánea. Creación e Investigación, pela Faculdade de Belas Artes de Pontevedra.
Para Helena Mendes Pereira, que volta a cruzar-se com o artista pela terceira vez este ano, é evidente a “evolução plástica de Ricardo de Campos”, cuja mostra espelha “a destruição literal do ícone, do símbolo imagético de Cristo, numa metáfora clara à destruição do seu exemplo, numa análise de fé ou, simplesmente, histórica e geográfica”. A curadora da shairart, para quem esta exposição é mais uma prova de que o artista “não parará de nos surpreender”, afirma ainda que o artista se libertou “do seu espaço interior, da sua zona de conforto, da sua geografia doméstica, aventurando-se num caminho em que somou ao desvirtuamento do suporte tradicional da obra de arte à reutilização de objetos materiais do quotidiano, a afirmação dos seus grandes formatos e a adoção de um figurativo de contorno, de vanguarda e de mensagem mais corrosiva.”
Natural de Monção, Ricardo de Campos conta já com múltiplas exposições individuais e coletivas em espaços públicos e privados. Para além da Bienal de Vila Nova da Cerveira, das galerias Art de Pontevedra, Arte do Tempo, em Viana do Castelo, Lucília, em Guimaraes, e IPSA, em Roma, o artista apresentou o seu trabalho em vários mosteiros, como o de Silos de Burgos, de Oseira de Ourense, de Samos de Lugo, assim como na Igreja de S. Denys, em Paris, entre outros espaços. Das suas exposições coletivas, destaque para Dallas Award 2012 do Museum of the Americas (Dallas, EUA), Art Shanghai 2011, Hispanic Heritage in America do Museum of the Americas em Miami (EUA), Concurso Internacional C. Antonio Gualda, em Espanha, e VII Bienal Eixo Atlântico, entre outras.
Além de “Apropriação, Acumulação e Anulação”, de Ricardo de Campos, a Fundação Bienal de Arte de Cerveira inaugura também, no dia 11 de novembro, uma exposição individual do artista William Ramirez. Trata-se de uma iniciativa que vai ao encontro da missão da Fundação Bienal de Arte de Cerveira, que procura dar continuidade ao lugar cativo de jovens artistas em início de carreira. No sábado, haverá ainda lugar para a exibição do filme Pina, do realizador Wim Winders, no âmbito do Prémio Lux de Cinema Europeu, que será exibido no Fórum Cultural de Cerveira.