Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

Teatro da ACE questiona qualidade da democracia | 02 e 03 de maio | Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão

Casa das Artes de Famalicão acolhe peça com cerca de 3.000 anos

IMG 2.jpg

 

A qualidade da vivência democrática em Portugal é questionada, esta quinta e sexta-feira, 2 e 3 de maio, na Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão através de “Insensatos”, a revisitação à Antígona de Sófocles, uma peça de teatro já com cerca de 3.000 anos e que é levada a cena com encenação e dramaturgia de João Castro e elenco da ACE - Escola de Artes.

A coprodução Casa das Artes/ACE sobe a palco, em ambos os dias, às 21h30, no Grande Auditório deste teatro municipal. Bilhetes a 4€ e a 2€ para estudantes e Cartão Quadrilátero.

“Os alunos da ACE vão questionar as noções de democracia, entre a justiça democrática e a justiça moral”, refere o encenador. Aliás, João Castro recorda que “as leis e a moralidade são um tema que está na ordem do dia presentemente”.

Poucos dias depois de em Portugal se ter celebrado 45 anos desde a revolução do 25 de abril de 1974, João Castro sustenta que “esta abordagem é muito oportuna”.

O responsável pela encenação e dramaturgia explica que “Insensatos” é uma peça que viaja sempre entre “aquilo que é legal e o que é moral e faz o ponto e situação no que é que as pessoas optam por ficar: se do lado da legalidade e da burocracia, ou se do lado da moralidade e do que está certo do ponto de vista humano”.

Tal como na Antígona de Sófocles, a peça “Insensatos” fala sobre “duas irmãs que perdem dois irmãos, em campo de batalha, a lutarem um contra o outro. Um dos irmãos pode ser sepultado e o outro condenado a não ter sepultura. Mas uma das irmãs decide dar sepultura ao seu irmão mesmo contra as ordens da Cidade (a figura mítica de Creonte)”, refere o mesmo responsável.

João Castro indica que os 23 alunos do 1º ano do Curso Profissional de Artes do Espetáculo-Interpretação da ACE vão dividir-se por dois elencos. Um atuará no dia 2 e outro no dia 3. Inclusive, a figura do Creonte, que João Castro quer ver assumida como Cidade, num dia é masculina e no dia seguinte é “marcadamente feminina”. Esta é a grande novidade nesta versão da Antígona. Num dia, Creonte é masculino e no outro feminino e a dramaturgia vai no sentido de Creonte ser uma governante.

 

Insensatos a partir de Antígona de Sófocles

Tradução: Marta Várzeas

Dramaturgia e Encenação: João Castro

Cenografia: Alunos de Mestrado de Design de Interiores da ESAD

Orientação de Cenografia: Ana Gormicho

Figurinos: João Castro

Execução de Figurinos: Maria da Glória Costa

Apoio Figurinos: Lola Sousa

Desenho de Luz: José Diogo Cunha

Direção Musical: Sofia Faria Fernandes

Vídeo: João Faustino

Assistência de Encenação: Rafaela Sá

Fotografia de Cena: Pedro Figueiredo

Fotografia de Cartaz: Helena Machado

Apoio a Cabelos: José Resende

Agradecimentos: Maria Milano e João Gomes (ESAD)

Direção de Produção: Glória Cheio

Produção: João Faustino

Direção Executiva: Liliana Moreira

com:

Alunos do 1º ano do Curso Profissional de Artes do Espetáculo-Interpretação da ACE Escola de Artes – Famalicão: Ana Peixoto, Rita Silva, Andreia Pereira, António Barata, Bárbara Oliveira, Beatriz Pinho, Beatriz Costa, Bruno Monteiro, César Reguengo, Gabriela Ferreira, Gonçalo Mendes, Inês Ferreira, Inês Sousa, João Silva, Juliana Couto, Lúcia Barbosa, Márcia Azevedo, Margarida Sampaio, Rute Sousa, Sérgio Ferreira, Silvana Correia, Sofia Silva, Diana Santos.