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Cultura de Borla

A Cultura que não tem preço.

teatromosca | novo projeto + Literaturinha no Cacém e +++

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O teatromosca está já a preparar a estreia do seu novo projeto, «Modos de Ver : Sintra», um audiowalk concebido para celebrar os 20 anos da elevação de Sintra a Património Mundial. O projeto, que estreará em julho, consiste de visitas em grupo a alguns dos mais emblemáticos sítios de Sintra, guiadas por uma banda sonora original concebida pela equipa do teatromosca, numa forma inovadora e invulgar de explorar os caminhos secretos da Capital do Romantismo, em que cada espetador assume o papel de um flâneur contemporâneo.

Entretanto, o teatromosca continua a apresentar o espetáculo «Fahrenheit 451», a partir do romance de Ray Bradbury. Desta vez, será apresentado em Oeiras, no âmbito das comemorações do Dia Mundial do Livro e dos 20 Anos da Biblioteca Municipal de Oeiras.Será no dia 22 de abril, às 21.30h...

Em Sintra, o teatromosca continua a sua programação regular no Auditório António Silva, no Cacém, onde continua a apresentar o ciclo de leituras encenadas para crianças «Literaturinha». Nos dias 7 e 8 de maio, será apresentada a leitura de «A Espada do Rei Artur», a partir do mito medieval.

Depois do enorme sucesso do acolhimento em Portugal do espetáculo «Variations Sur Hiroshima Mon Amour», o teatromosca e o Théâtre de la Tête Noire preparam já uma segunda temporada para o projeto de cooperação internacional «Ferry-Book». Muito em breve teremos mais novidades.
 

teatromosca is preparing a new project that will première in Sintra in July 2016, an audiowalk about Sintra that later will be adapted to other european cities. The company is still performing 'Fahrenheit 451' in Oeiras. And in Auditório António Silva (Cacém), the company will continue to present 'Literaturinha', a cycle of enacted readings for children. After the presentation of 'Variations Sur Hiroshima Mon Amour', based on the text by Marguerite Duras, in Braga and Cacém, teatromosca is now preparing a new artistic colaboration with the french theatre company Théâtre de la Tête Noire. 
+ info

 

MODOS DE VER : SINTRA
Audiowalk concebido para os caminhos secretos da Capital do Romantismo
Criação coletiva e produção teatromosca

ESTREIA EM JULHO

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O projeto consiste de visitas realizadas em grupo a alguns dos mais emblemáticos sítios de Sintra, guiadas por uma banda sonora original concebida pela equipa do teatromosca, a decorrer durante os meses de julho e agosto de 2016, numa forma inovadora e invulgar de explorar os caminhos secretos da Capital do Romantismo, em que cada espetador assume o papel de um flâneur contemporâneo. Será o espetador a transportar a performance pelos trilhos da Serra de Sintra ou pelas ruas da Vila Património da Humanidade, guiado pela voz de um narrador e por uma paisagem sonora original que escutará nos headphones que levará consigo.

No nosso tempo, a flânerie, tal como ela foi definida na modernidade, parece não ter futuro. Na verdade, temos como referência, para esta nossa proposta, o trabalho do antropólogo francês Marc Augé, que define o “lugar”, enquanto espaço antropológico, como um espaço identitário, relacional e histórico; e o “não-lugar” como um lugar que não é relacional, não é identitário e é não-histórico. Este autor distingue mesmo a “estrada” (não-lugar) em oposição ao “caminho” (lugar), descrevendo a primeira (estrada) como “uma simples linha ligando um ponto ao outro” e afirmando que “o caminho é uma homenagem ao espaço [e c]ada trecho do caminho é em si próprio dotado de um sentido e convida-nos a uma pausa”. Nesse sentido, a grande maioria dos turistas parece transportar para a visita a sítios históricos a experiência da sobremodernidade tal como é defendida por Augé. No fundo, o turista sobremoderno é um colecionador de fotos, que acaba por fazer a visita em casa, ao ver as fotos que tirou.
 
Propomo-nos assim recuperar essa emblemática figura do deambulador, que caminha sem compromisso, que percorre as ruas sem objetivo aparente, secretamente atento à história dos lugares por onde passa e à possibilidade de novas aventuras estéticas, potenciadas pela dinâmica da performance e dos meios disponibilizados.